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REIS I e II
REIS I e II

I REIS 1


1 Sendo o rei Davi já velho e entrado em dias, envolviam-no com roupas, porém não se aquecia.
2 Então, lhe disseram os seus servos: Procure-se para o rei, nosso senhor, uma jovem donzela, que esteja perante o rei, e tenha cuidado dele, e durma nos seus braços, para que o rei, nosso senhor, se aqueça.
3 Procuraram, pois, por todos os limites de Israel uma jovem formosa; acharam Abisague, sunamita, e a trouxeram ao rei.
4 A jovem era sobremaneira formosa; cuidava do rei e o servia, porém o rei não a possuiu.
5 Então, Adonias, filho de Hagite, se exaltou e disse: Eu reinarei. Providenciou carros, e cavaleiros, e cinqüenta homens que corressem adiante dele.
6 Jamais seu pai o contrariou, dizendo: Por que procedes assim? Além disso, era ele de aparência mui formosa e nascera depois de Absalão.
7 Entendia-se ele com Joabe, filho de Zeruia, e com Abiatar, o sacerdote, que, seguindo-o, o ajudavam.
8 Porém Zadoque, o sacerdote, e Benaia, filho de Joiada, e Natã, o profeta, e Simei, e Reí, e os valentes que Davi tinha não apoiavam Adonias.
9 Imolou Adonias ovelhas, e bois, e animais cevados, junto à pedra de Zoelete, que está perto da fonte de Rogel, e convidou todos os seus irmãos, os filhos do rei, e todos os homens de Judá, servos do rei,
10 porém a Natã, profeta, e a Benaia, e os valentes, e a Salomão, seu irmão, não convidou.
11 Então, disse Natã a Bate-Seba, mãe de Salomão: Não ouviste que Adonias, filho de Hagite, reina e que nosso senhor, Davi, não o sabe?
12 Vem, pois, e permite que eu te dê um conselho, para que salves a tua vida e a de Salomão, teu filho.
13 Vai, apresenta-te ao rei Davi e dize-lhe: Não juraste, ó rei, senhor meu, à tua serva, dizendo: Teu filho Salomão reinará depois de mim e se assentará no meu trono? Por que, pois, reina Adonias?
14 Eis que, estando tu ainda a falar com o rei, eu também entrarei depois de ti e confirmarei as tuas palavras.
15 Apresentou-se, pois, Bate-Seba ao rei na recâmara; era já o rei mui velho, e Abisague, a sunamita, o servia.
16 Bate-Seba inclinou a cabeça e prostrou-se perante o rei, que perguntou: Que desejas?
17 Respondeu-lhe ela: Senhor meu, juraste à tua serva pelo SENHOR, teu Deus, dizendo: Salomão, teu filho, reinará depois de mim e ele se assentará no meu trono.
18 Agora, eis que Adonias reina, e tu, ó rei, meu senhor, não o sabes.
19 Imolou bois, e animais cevados, e ovelhas em abundância. Convidou todos os filhos do rei, a Abiatar, o sacerdote, e a Joabe, comandante do exército, mas a teu servo Salomão não convidou.
20 Porém, ó rei, meu senhor, todo o Israel tem os olhos em ti, para que lhe declares quem será o teu sucessor que se assentará no teu trono.
21 Do contrário, sucederá que, quando o rei, meu senhor, jazer com seus pais, eu e Salomão, meu filho, seremos tidos por culpados.
22 Estando ela ainda a falar com o rei, eis que entra o profeta Natã.
23 E o fizeram saber ao rei, dizendo: Aí está o profeta Natã. Apresentou-se ele ao rei, prostrou-se com o rosto em terra perante ele
24 e disse: Ó rei, meu senhor, acaso disseste: Adonias reinará depois de mim e ele é quem se assentará no meu trono?
25 Porque, hoje, desceu, imolou bois, e animais cevados, e ovelhas em abundância e convidou todos os filhos do rei, e os chefes do exército, e a Abiatar, o sacerdote, e eis que estão comendo e bebendo perante ele; e dizem: Viva o rei Adonias!
26 Porém a mim, sendo eu teu servo, e a Zadoque, o sacerdote, e a Benaia, filho de Joiada, e a Salomão, teu servo, não convidou.
27 Foi isto feito da parte do rei, meu senhor? E não fizeste saber a teu servo quem se assentaria no teu trono, depois de ti?
28 Respondeu o rei Davi e disse: Chamai-me a Bate-Seba. Ela se apresentou ao rei e se pôs diante dele.
29 Então, jurou o rei e disse: Tão certo como vive o SENHOR, que remiu a minha alma de toda a angústia,
30 farei no dia de hoje, como te jurei pelo SENHOR, Deus de Israel, dizendo: Teu filho Salomão reinará depois de mim e se assentará no meu trono, em meu lugar.
31 Então, Bate-Seba se inclinou, e se prostrou com o rosto em terra diante do rei, e disse: Viva o rei Davi, meu senhor, para sempre!
32 Disse o rei Davi: Chamai-me Zadoque, o sacerdote, e Natã, o profeta, e Benaia, filho de Joiada. E eles se apresentaram ao rei.
33 Disse-lhes o rei: Tomai convosco os servos de vosso senhor, e fazei montar meu filho Salomão na minha mula, e levai-o a Giom.
34 Zadoque, o sacerdote, com Natã, o profeta, ali o ungirão rei sobre Israel; então, tocareis a trombeta e direis: Viva o rei Salomão!
35 Subireis após ele, e virá e se assentará no meu trono, pois é ele quem reinará em meu lugar; porque ordenei seja ele príncipe sobre Israel e sobre Judá.
36 Então, Benaia, filho de Joiada, respondeu ao rei e disse: Amém! Assim o diga o SENHOR, Deus do rei, meu senhor.
37 Como o SENHOR foi com o rei, meu senhor, assim seja com Salomão e faça que o trono deste seja maior do que o trono do rei Davi, meu senhor.
38 Então, desceu Zadoque, o sacerdote, e Natã, o profeta, e Benaia, filho de Joiada, e a guarda real, fizeram montar Salomão a mula que era do rei Davi e o levaram a Giom.
39 Zadoque, o sacerdote, tomou do tabernáculo o chifre do azeite e ungiu a Salomão; tocaram a trombeta, e todo o povo exclamou: Viva o rei Salomão!
40 Após ele, subiu todo o povo, tocando gaitas e alegrando-se com grande alegria, de maneira que, com o seu clamor, parecia fender-se a terra.
41 Adonias e todos os convidados que com ele estavam o ouviram, quando acabavam de comer; também Joabe ouviu o sonido das trombetas e disse: Que significa esse ruído de cidade alvoroçada?
42 Estando ele ainda a falar, eis que vem Jônatas, filho de Abiatar, o sacerdote; disse Adonias: Entra, porque és homem valente e trazes boas-novas.
43 Respondeu Jônatas e disse a Adonias: Pelo contrário, nosso senhor, o rei Davi, constituiu rei a Salomão.
44 E Davi enviou com ele a Zadoque, o sacerdote, e a Natã, o profeta, e a Benaia, filho de Joiada, e aos da guarda real; e o fizeram montar a mula que era do rei.
45 Zadoque, o sacerdote, e Natã, o profeta, o ungiram rei em Giom e dali subiram alegres, e a cidade se alvoroçou; esse é o clamor que ouviste.
46 Também Salomão já está assentado no trono do reino.
47 Ademais, os oficiais do rei Davi vieram congratular-se com ele e disseram: Faça teu Deus que o nome de Salomão seja mais célebre do que o teu nome; e faça que o seu trono seja maior do que o teu trono. E o rei se inclinou sobre o leito.
48 Também disse o rei assim: Bendito o SENHOR, Deus de Israel, que deu, hoje, quem se assente no meu trono, vendo-o os meus próprios olhos.
49 Então, estremeceram e se levantaram todos os convidados que estavam com Adonias, e todos se foram, tomando cada um seu caminho.
50 Porém Adonias, temendo a Salomão, levantou-se, foi e pegou nas pontas do altar.
51 Foi dito a Salomão: Eis que Adonias tem medo de ti, porque pega nas pontas do altar, dizendo: Jure-me, hoje, o rei Salomão que não matará a seu servo à espada.
52 Respondeu Salomão: Se for homem de bem, nem um de seus cabelos cairá em terra; porém, se se achar nele maldade, morrerá.
53 Enviou o rei Salomão mensageiros, e o fizeram descer do altar; então, veio ele e se prostrou perante o rei Salomão, e este lhe disse: Vai para tua casa.


I REIS 2


1 Aproximando-se os dias da morte de Davi, deu ele ordens a Salomão, seu filho, dizendo:
2 Eu vou pelo caminho de todos os mortais. Coragem, pois, e sê homem!
3 Guarda os preceitos do SENHOR, teu Deus, para andares nos seus caminhos, para guardares os seus estatutos, e os seus mandamentos, e os seus juízos, e os seus testemunhos, como está escrito na Lei de Moisés, para que prosperes em tudo quanto fizeres e por onde quer que fores;
4 para que o SENHOR confirme a palavra que falou de mim, dizendo: Se teus filhos guardarem o seu caminho, para andarem perante a minha face fielmente, de todo o seu coração e de toda a sua alma, nunca te faltará sucessor ao trono de Israel.
5 Também tu sabes o que me fez Joabe, filho de Zeruia, e o que fez aos dois comandantes do exército de Israel, a Abner, filho de Ner, e a Amasa, filho de Jéter, os quais matou, e, em tempo de paz, vingou o sangue derramado em guerra, manchando com ele o cinto que trazia nos lombos e as sandálias nos pés.
6 Faze, pois, segundo a tua sabedoria e não permitas que suas cãs desçam à sepultura em paz.
7 Porém, com os filhos de Barzilai, o gileadita, usarás de benevolência, e estarão entre os que comem à tua mesa, porque assim se houveram comigo, quando eu fugia por causa de teu irmão Absalão.
8 Eis que também contigo está Simei, filho de Gera, filho de Benjamim, de Baurim, que me maldisse com dura maldição, no dia em que ia a Maanaim; porém ele saiu a encontrar-se comigo junto ao Jordão, e eu, pelo SENHOR, lhe jurei, dizendo que o não mataria à espada.
9 Mas, agora, não o tenhas por inculpável, pois és homem prudente e bem saberás o que lhe hás de fazer para que as suas cãs desçam à sepultura com sangue.
10 Davi descansou com seus pais e foi sepultado na Cidade de Davi.
11 Foi o tempo que Davi reinou sobre Israel quarenta anos: sete anos em Hebrom e em Jerusalém trinta e três.
12 Salomão assentou-se no trono de Davi, seu pai, e o seu reino se fortificou sobremaneira.
13 Então, veio Adonias, filho de Hagite, a Bate-Seba, mãe de Salomão; disse ela: É de paz a tua vinda? Respondeu ele: É de paz.
14 E acrescentou: Uma palavra tenho que dizer-te. Ela disse: Fala.
15 Disse, pois, ele: Bem sabes que o reino era meu, e todo o Israel esperava que eu reinasse, ainda que o reino se transferiu e veio a ser de meu irmão, porque do SENHOR ele o recebeu.
16 Agora, um só pedido te faço; não mo rejeites. Ela lhe disse: Fala.
17 Ele disse: Peço-te que fales ao rei Salomão (pois não to recusará) que me dê por mulher a Abisague, sunamita.
18 Respondeu Bate-Seba: Bem, eu falarei por ti ao rei.
19 Foi, pois, Bate-Seba ter com o rei Salomão, para falar-lhe por Adonias. O rei se levantou a encontrar-se com ela e se inclinou diante dela; então, se assentou no seu trono e mandou pôr uma cadeira para sua mãe, e ela se assentou à sua mão direita.
20 Então, disse ela: Só um pequeno pedido te faço; não mo rejeites. E o rei lhe disse: Pede, minha mãe, porque to não recusarei.
21 Disse ela: Dê-se Abisague, a sunamita, a Adonias, teu irmão, por mulher.
22 Então, respondeu o rei Salomão e disse a sua mãe: Por que pedes Abisague, a sunamita, para Adonias? Pede também para ele o reino (porque é meu irmão maior), para ele, digo, e também para Abiatar, o sacerdote, e para Joabe, filho de Zeruia.
23 E jurou o rei Salomão pelo SENHOR, dizendo: Deus me faça o que lhe aprouver, se não falou Adonias esta palavra contra a sua vida.
24 Agora, pois, tão certo como vive o SENHOR, que me estabeleceu e me fez assentar no trono de Davi, meu pai, e me edificou casa, como tinha dito, hoje, morrerá Adonias.
25 Enviou o rei Salomão a Benaia, filho de Joiada, o qual arremeteu contra ele, de sorte que morreu.
26 E a Abiatar, o sacerdote, disse o rei: Vai para Anatote, para teus campos, porque és homem digno de morte; porém não te matarei hoje, porquanto levaste a arca do SENHOR Deus diante de Davi, meu pai, e porque te afligiste com todas as aflições de meu pai.
27 Expulsou, pois, Salomão a Abiatar, para que não mais fosse sacerdote do SENHOR, cumprindo, assim, a palavra que o SENHOR dissera sobre a casa de Eli, em Siló.
28 Chegando esta notícia a Joabe (porque Joabe se tinha desviado seguindo a Adonias, ainda que se não desviara seguindo a Absalão), fugiu ele para o tabernáculo do SENHOR e pegou nas pontas do altar.
29 Foi dito ao rei Salomão que Joabe havia fugido para o tabernáculo do SENHOR; e eis que está junto ao altar. Enviou, pois, Salomão a Benaia, filho de Joiada, dizendo: Vai, arremete contra ele.
30 Foi Benaia ao tabernáculo do SENHOR e disse a Joabe: Assim diz o rei: Sai daí. Ele respondeu: Não, morrerei aqui. Benaia tornou com a resposta ao rei, dizendo: Assim falou Joabe e assim me respondeu.
31 Disse-lhe o rei: Faze como ele te disse; arremete contra ele e sepulta-o, para que tires de mim e da casa de meu pai a culpa do sangue que Joabe sem causa derramou.
32 Assim, o SENHOR fará recair a culpa de sangue de Joabe sobre a sua cabeça, porque arremeteu contra dois homens mais justos e melhores do que ele e os matou à espada, sem que Davi, meu pai, o soubesse; isto é: a Abner, filho de Ner, comandante do exército de Israel, e a Amasa, filho de Jéter, comandante do exército de Judá.
33 Assim, recairá o sangue destes sobre a cabeça de Joabe e sobre a cabeça da sua descendência para sempre; mas a Davi, e à sua descendência, e à sua casa, e ao seu trono, dará o SENHOR paz para todo o sempre.
34 Subiu Benaia, filho de Joiada, arremeteu contra ele e o matou; e foi sepultado em sua casa, no deserto.
35 Em lugar de Joabe constituiu o rei por comandante do exército a Benaia, filho de Joiada, e, em lugar de Abiatar, a Zadoque por sacerdote.
36 Depois, mandou o rei chamar a Simei e lhe disse: Edifica-te uma casa em Jerusalém, e habita aí, e daí não saias, nem para uma parte nem para outra.
37 Porque há de ser que, no dia em que saíres e passares o ribeiro de Cedrom, fica sabendo que serás morto; o teu sangue cairá, então, sobre a tua cabeça.
38 Simei disse ao rei: Boa é essa palavra; como disse o rei, meu senhor, assim fará o teu servo. E Simei habitou em Jerusalém muitos dias.
39 Ao cabo de três anos, porém, dois escravos de Simei fugiram para Aquis, filho de Maaca, rei de Gate; e deram parte a Simei, dizendo: Eis que teus servos estão em Gate.
40 Então, Simei se dispôs, albardou o seu jumento e foi a Gate ter com Aquis em busca dos seus escravos; e trouxe de Gate os seus escravos.
41 Foi Salomão avisado de que Simei de Jerusalém fora a Gate e já havia voltado.
42 Então, mandou o rei chamar a Simei e lhe disse: Não te fiz eu jurar pelo SENHOR e não te protestei, dizendo: No dia em que saíres para uma ou outra parte, fica sabendo que serás morto? E tu me disseste: Boa é essa palavra que ouvi.
43 Por que, pois, não guardaste o juramento do SENHOR, nem a ordem que te dei?
44 Disse mais o rei a Simei: Bem sabes toda a maldade que o teu coração reconhece que fizeste a Davi, meu pai; pelo que o SENHOR te fez recair sobre a cabeça a tua maldade.
45 Mas o rei Salomão será abençoado, e o trono de Davi, mantido perante o SENHOR, para sempre.
46 O rei deu ordem a Benaia, filho de Joiada, o qual saiu e arremeteu contra ele, de sorte que morreu; assim se firmou o reino sob o domínio de Salomão.


I REIS [3]


1 Salomão aparentou-se com Faraó, rei do Egito, pois tomou por mulher a filha de Faraó e a trouxe à Cidade de Davi, até que acabasse de edificar a sua casa, e a Casa do SENHOR, e a muralha à roda de Jerusalém.
2 Entretanto, o povo oferecia sacrifícios sobre os altos, porque até àqueles dias ainda não se tinha edificado casa ao nome do SENHOR.
3 Salomão amava ao SENHOR, andando nos preceitos de Davi, seu pai; porém sacrificava ainda nos altos e queimava incenso.
4 Foi o rei a Gibeão para lá sacrificar, porque era o alto maior; ofereceu mil holocaustos Salomão naquele altar.
5 Em Gibeão, apareceu o SENHOR a Salomão, de noite, em sonhos. Disse-lhe Deus: Pede-me o que queres que eu te dê.
6 Respondeu Salomão: De grande benevolência usaste para com teu servo Davi, meu pai, porque ele andou contigo em fidelidade, e em justiça, e em retidão de coração, perante a tua face; mantiveste-lhe esta grande benevolência e lhe deste um filho que se assentasse no seu trono, como hoje se vê.
7 Agora, pois, ó SENHOR, meu Deus, tu fizeste reinar teu servo em lugar de Davi, meu pai; não passo de uma criança, não sei como conduzir-me.
8 Teu servo está no meio do teu povo que elegeste, povo grande, tão numeroso, que se não pode contar.
9 Dá, pois, ao teu servo coração compreensivo para julgar a teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal; pois quem poderia julgar a este grande povo?
10 Estas palavras agradaram ao Senhor, por haver Salomão pedido tal coisa.
11 Disse-lhe Deus: Já que pediste esta coisa e não pediste longevidade, nem riquezas, nem a morte de teus inimigos; mas pediste entendimento, para discernires o que é justo;
12 eis que faço segundo as tuas palavras: dou-te coração sábio e inteligente, de maneira que antes de ti não houve teu igual, nem depois de ti o haverá.
13 Também até o que me não pediste eu te dou, tanto riquezas como glória; que não haja teu igual entre os reis, por todos os teus dias.
14 Se andares nos meus caminhos e guardares os meus estatutos e os meus mandamentos, como andou Davi, teu pai, prolongarei os teus dias.
15 Despertou Salomão; e eis que era sonho. Veio a Jerusalém, pôs-se perante a arca da Aliança do SENHOR, ofereceu holocaustos, apresentou ofertas pacíficas e deu um banquete a todos os seus oficiais.
16 Então, vieram duas prostitutas ao rei e se puseram perante ele.
17 Disse-lhe uma das mulheres: Ah! Senhor meu, eu e esta mulher moramos na mesma casa, onde dei à luz um filho.
18 No terceiro dia, depois do meu parto, também esta mulher teve um filho. Estávamos juntas; nenhuma outra pessoa se achava conosco na casa; somente nós ambas estávamos ali.
19 De noite, morreu o filho desta mulher, porquanto se deitara sobre ele.
20 Levantou-se à meia-noite, e, enquanto dormia a tua serva, tirou-me a meu filho do meu lado, e o deitou nos seus braços; e a seu filho morto deitou-o nos meus.
21 Levantando-me de madrugada para dar de mamar a meu filho, eis que estava morto; mas, reparando nele pela manhã, eis que não era o filho que eu dera à luz.
22 Então, disse a outra mulher: Não, mas o vivo é meu filho; o teu é o morto. Porém esta disse: Não, o morto é teu filho; o meu é o vivo. Assim falaram perante o rei.
23 Então, disse o rei: Esta diz: Este que vive é meu filho, e teu filho é o morto; e esta outra diz: Não, o morto é teu filho, e o meu filho é o vivo.
24 Disse mais o rei: Trazei-me uma espada. Trouxeram uma espada diante do rei.
25 Disse o rei: Dividi em duas partes o menino vivo e dai metade a uma e metade a outra.
26 Então, a mulher cujo filho era o vivo falou ao rei (porque o amor materno se aguçou por seu filho) e disse: Ah! Senhor meu, dai-lhe o menino vivo e por modo nenhum o mateis. Porém a outra dizia: Nem meu nem teu; seja dividido.
27 Então, respondeu o rei: Dai à primeira o menino vivo; não o mateis, porque esta é sua mãe.
28 Todo o Israel ouviu a sentença que o rei havia proferido; e todos tiveram profundo respeito ao rei, porque viram que havia nele a sabedoria de Deus, para fazer justiça.


I REIS 4


1 O rei Salomão reinou sobre todo o Israel.
2 Eram estes os seus homens principais: Azarias, filho de Zadoque, o principal.
3 Eliorefe e Aías, filhos de Sisa, eram secretários; Josafá, filho de Ailude, era o cronista;
4 Benaia, filho de Joiada, era comandante do exército; Zadoque e Abiatar eram sacerdotes;
5 Azarias, filho de Natã, era intendente-chefe; Zabude, filho de Natã, ministro, amigo do rei;
6 Aisar, mordomo; Adonirão, filho de Abda, superintendente dos que trabalhavam forçados.
7 Tinha Salomão doze intendentes sobre todo o Israel, que forneciam mantimento ao rei e à sua casa; cada um tinha de fornecer durante um mês do ano.
8 São estes os seus nomes: Ben-Hur, nas montanhas de Efraim;
9 Ben-Dequer, em Macaz, Saalabim, Bete-Semes, Elom e Bete-Hanã;
10 Ben-Hesede, em Arubote; a este pertencia também Socó e toda a terra de Héfer;
11 Ben-Abinadabe tinha toda a cordilheira de Dor; Tafate, filha de Salomão, era sua mulher.
12 Baaná, filho de Ailude, tinha a Taanaque, e a Megido, e a toda a Bete-Seã, que está junto a Zaretã, abaixo de Jezreel, desde Bete-Seã até Abel-Meolá, até além de Jocmeão.
13 Ben-Geber, em Ramote-Gileade; tinha este as aldeias de Jair, filho de Manassés, as quais estão em Gileade; também tinha a região de Argobe, a qual está em Basã, sessenta grandes cidades com muros e ferrolhos de bronze.
14 Ainadabe, filho de Ido, em Maanaim;
15 Aimaás, em Naftali; também este tomou filha de Salomão por mulher, a saber, Basemate.
16 Baaná, filho de Husai, em Aser e Bealote;
17 Josafá, filho de Parua, em Issacar;
18 Simei, filho de Elá, em Benjamim;
19 Geber, filho de Uri, na terra de Gileade, a terra de Seom, rei dos amorreus, e de Ogue, rei de Basã; e havia só um intendente nesta terra.
20 Eram, pois, os de Judá e Israel muitos, numerosos como a areia que está ao pé do mar; comiam, bebiam e se alegravam.
21 Dominava Salomão sobre todos os reinos desde o Eufrates até à terra dos filisteus e até à fronteira do Egito; os quais pagavam tributo e serviram a Salomão todos os dias da sua vida.
22 Era, pois, o provimento diário de Salomão trinta coros de flor de farinha e sessenta coros de farinha;
23 dez bois cevados, vinte bois de pasto e cem carneiros, afora os veados, as gazelas, os corços e aves cevadas.
24 Porque dominava sobre toda a região e sobre todos os reis aquém do Eufrates, desde Tifsa até Gaza, e tinha paz por todo o derredor.
25 Judá e Israel habitavam confiados, cada um debaixo da sua videira e debaixo da sua figueira, desde Dã até Berseba, todos os dias de Salomão.
26 Tinha também Salomão quarenta mil cavalos em estrebarias, para os seus carros, e doze mil cavaleiros.
27 Forneciam, pois, os intendentes provisões, cada um no seu mês, ao rei Salomão e a todos quantos lhe chegavam à mesa; coisa nenhuma deixavam faltar.
28 Também levavam a cevada e a palha para os cavalos e os ginetes, para o lugar onde estivesse o rei, segundo lhes fora prescrito.
29 Deu também Deus a Salomão sabedoria, grandíssimo entendimento e larga inteligência como a areia que está na praia do mar.
30 Era a sabedoria de Salomão maior do que a de todos os do Oriente e do que toda a sabedoria dos egípcios.
31 Era mais sábio do que todos os homens, mais sábio do que Etã, ezraíta, e do que Hemã, Calcol e Darda, filhos de Maol; e correu a sua fama por todas as nações em redor.
32 Compôs três mil provérbios, e foram os seus cânticos mil e cinco.
33 Discorreu sobre todas as plantas, desde o cedro que está no Líbano até ao hissopo que brota do muro; também falou dos animais e das aves, dos répteis e dos peixes.
34 De todos os povos vinha gente a ouvir a sabedoria de Salomão, e também enviados de todos os reis da terra que tinham ouvido da sua sabedoria.


I REIS 5


1 Enviou também Hirão, rei de Tiro, os seus servos a Salomão (porque ouvira que ungiram a Salomão rei em lugar de seu pai), pois Hirão sempre fora amigo de Davi.
2 Então, Salomão enviou mensageiros a Hirão, dizendo:
3 Bem sabes que Davi, meu pai, não pôde edificar uma casa ao nome do SENHOR, seu Deus, por causa das guerras com que o envolveram os seus inimigos, até que o SENHOR lhos pôs debaixo dos pés.
4 Porém a mim o SENHOR, meu Deus, me tem dado descanso de todos os lados; não há nem inimigo, nem adversidade alguma.
5 Pelo que intento edificar uma casa ao nome do SENHOR, meu Deus, como falou o SENHOR a Davi, meu pai, dizendo: Teu filho, que porei em teu lugar no teu trono, esse edificará uma casa ao meu nome.
6 Dá ordem, pois, que do Líbano me cortem cedros; os meus servos estarão com os teus servos, e eu te pagarei o salário destes segundo determinares; porque bem sabes que entre o meu povo não há quem saiba cortar a madeira como os sidônios.
7 Ouvindo Hirão as palavras de Salomão, muito se alegrou e disse: Bendito seja, hoje, o SENHOR, que deu a Davi um filho sábio sobre este grande povo.
8 Enviou Hirão mensageiros a Salomão, dizendo: Ouvi o que mandaste dizer. Farei toda a tua vontade acerca das madeiras de cedro e de cipreste.
9 Os meus servos as levarão desde o Líbano até ao mar, e eu as farei conduzir em jangadas pelo mar até ao lugar que me designares e ali as desamarrarei; e tu as receberás. Tu também farás a minha vontade, dando provisões à minha casa.
10 Assim, deu Hirão a Salomão madeira de cedro e madeira de cipreste, segundo este queria.
11 Salomão deu a Hirão vinte mil coros de trigo, para sustento da sua casa, e vinte coros de azeite batido; e o fazia de ano em ano.
12 Deu o SENHOR sabedoria a Salomão, como lhe havia prometido. Havia paz entre Hirão e Salomão; e fizeram ambos entre si aliança.
13 Formou o rei Salomão uma leva de trabalhadores dentre todo o Israel, e se compunha de trinta mil homens.
14 E os enviava ao Líbano alternadamente, dez mil por mês; um mês estavam no Líbano, e dois meses, cada um em sua casa; e Adonirão dirigia a leva.
15 Tinha também Salomão setenta mil que levavam as cargas e oitenta mil que talhavam pedra nas montanhas,
16 afora os chefes-oficiais de Salomão, em número de três mil e trezentos, que dirigiam a obra e davam ordens ao povo que a executava.
17 Mandou o rei que trouxessem pedras grandes, e pedras preciosas, e pedras lavradas para fundarem a casa.
18 Lavravam-nas os edificadores de Salomão, e os de Hirão, e os giblitas; e preparavam a madeira e as pedras para se edificar a casa.


I REIS 6


1 No ano quatrocentos e oitenta, depois de saírem os filhos de Israel do Egito, Salomão, no ano quarto do seu reinado sobre Israel, no mês de zive (este é o mês segundo), começou a edificar a Casa do SENHOR.
2 A casa que o rei Salomão edificou ao SENHOR era de sessenta côvados de comprimento, vinte de largura e trinta de altura.
3 O pórtico diante do templo da casa media vinte côvados no sentido da largura do Lugar Santo, contra dez de fundo.
4 Para a casa, fez janelas de fasquias fixas superpostas.
5 Contra a parede da casa, tanto do santuário como do Santo dos Santos, edificou andares ao redor e fez câmaras laterais ao redor.
6 O andar de baixo tinha cinco côvados de largura, o do meio, seis, e o terceiro, sete; porque, pela parte de fora da casa em redor, fizera reentrâncias para que as vigas não fossem introduzidas nas paredes.
7 Edificava-se a casa com pedras já preparadas nas pedreiras, de maneira que nem martelo, nem machado, nem instrumento algum de ferro se ouviu na casa quando a edificavam.
8 A porta da câmara do meio do andar térreo estava ao lado sul da casa, e por caracóis se subia ao segundo e, deste, ao terceiro.
9 Assim, edificou a casa e a rematou, cobrindo-a com um tabuado de cedro.
10 Os andares que edificou contra a casa toda eram de cinco côvados de altura, e os ligou com a casa com madeira de cedro.
11 Então, veio a palavra do SENHOR a Salomão, dizendo:
12 Quanto a esta casa que tu edificas, se andares nos meus estatutos, e executares os meus juízos, e guardares todos os meus mandamentos, andando neles, cumprirei para contigo a minha palavra, a qual falei a Davi, teu pai.
13 E habitarei no meio dos filhos de Israel e não desampararei o meu povo.
14 Assim, edificou Salomão a casa e a rematou.
15 Também revestiu as paredes da casa por dentro com tábuas de cedro; desde o soalho da casa até ao teto, cobriu com madeira por dentro; e cobriu o piso da casa com tábuas de cipreste.
16 Da mesma sorte, revestiu também os vinte côvados dos fundos da casa com tábuas de cedro, desde o soalho até ao teto; e esse interior ele constituiu em santuário, a saber, o Santo dos Santos.
17 Era, pois, o Santo Lugar do templo de quarenta côvados.
18 O cedro da casa por dentro era lavrado de colocíntidas e flores abertas; tudo era cedro, pedra nenhuma se via.
19 No mais interior da casa, preparou o Santo dos Santos para nele colocar a arca da Aliança do SENHOR.
20 Era o Santo dos Santos de vinte côvados de comprimento, vinte de largura e vinte de altura; cobriu-o de ouro puro. Cobriu também de ouro o altar de cedro.
21 Por dentro, Salomão revestiu a casa de ouro puro; e fez passar cadeias de ouro por dentro do Santo dos Santos, que também cobrira de ouro.
22 Assim, cobriu de ouro toda a casa, inteiramente, e também todo o altar que estava diante do Santo dos Santos.
23 No Santo dos Santos, fez dois querubins de madeira de oliveira, cada um da altura de dez côvados.
24 Cada asa de um querubim era de cinco côvados; dez côvados havia, pois, de uma a outra extremidade de suas asas.
25 Assim, também era de dez côvados o outro querubim; ambos mediam o mesmo e eram da mesma forma.
26 A altura de um querubim era de dez côvados; e assim a do outro.
27 Pôs os querubins no mais interior da casa; os querubins estavam de asas estendidas, de maneira que a asa de um tocava numa parede, e a asa do outro tocava na outra parede; e as suas asas no meio da casa tocavam uma na outra.
28 E cobriu de ouro os querubins.
29 Nas paredes todas, tanto no mais interior da casa como no seu exterior, lavrou, ao redor, entalhes de querubins, palmeiras e flores abertas.
30 Também cobriu de ouro o soalho, tanto no mais interior da casa como no seu exterior.
31 Para entrada do Santo dos Santos, fez folhas de madeira de oliveira; a verga com as ombreiras formavam uma porta pentagonal.
32 Assim, fabricou de madeira de oliveira duas folhas e lavrou nelas entalhes de querubins, de palmeiras e de flores abertas; a estas, como as palmeiras e os querubins, cobriu de ouro.
33 Fez, para entrada do Santo Lugar, ombreiras de madeira de oliveira; entrada quadrilateral,
34 cujas duas folhas eram de madeira de cipreste; e as duas tábuas de cada folha eram dobradiças.
35 E as lavrou de querubins, de palmeiras e de flores abertas e as cobriu de ouro acomodado ao lavor.
36 Também edificou o átrio interior de três ordens de pedras cortadas e de uma ordem de vigas de cedro.
37 No ano quarto, se pôs o fundamento da Casa do SENHOR, no mês de zive.
38 E, no ano undécimo, no mês de bul, que é o oitavo, se acabou esta casa com todas as suas dependências, tal como devia ser. Levou Salomão sete anos para edificá-la.


I REIS 7


1 Edificou Salomão os seus palácios, levando treze anos para os concluir.
2 Edificou a Casa do Bosque do Líbano, de cem côvados de comprimento, cinqüenta de largura e trinta de altura, sobre quatro ordens de colunas de cedro e vigas de cedro sobre as colunas.
3 A cobertura era de cedro, abrangendo as câmaras laterais em número de quarenta e cinco, quinze em cada andar, as quais repousavam sobre colunas.
4 Havia janelas em três ordens e janela oposta a janela em três fileiras.
5 Todas as portas e janelas eram quadradas; e janela oposta a janela em três fileiras.
6 Depois, fez o Salão das Colunas, de cinqüenta côvados de comprimento e trinta de largura; e havia um pórtico de colunas defronte dele, um baldaquino.
7 Também fez a Sala do Trono, onde julgava, a saber, a Sala do Julgamento, coberta de cedro desde o soalho até ao teto.
8 A sua casa, em que moraria, fê-la noutro pátio atrás da Sala do Trono, de obra semelhante a esta; também para a filha de Faraó, que tomara por mulher, fez Salomão uma casa semelhante à Sala do Trono.
9 Todas estas construções eram de pedras de valor, cortadas à medida, serradas para o lado de dentro e para o de fora; e isto desde o fundamento até às beiras do teto, e por fora até ao átrio maior.
10 O fundamento era de pedras de valor, pedras grandes; pedras de dez côvados e pedras de oito côvados;
11 por cima delas, pedras de valor, cortadas segundo as medidas, e cedros.
12 Ao redor do grande átrio, havia três ordens de pedras cortadas e uma ordem de vigas de cedro; assim era também o átrio interior da Casa do SENHOR e o pórtico daquela casa.
13 Enviou o rei Salomão mensageiros que de Tiro trouxessem Hirão.
14 Era este filho de uma mulher viúva, da tribo de Naftali, e fora seu pai um homem de Tiro que trabalhava em bronze; Hirão era cheio de sabedoria, e de entendimento, e de ciência para fazer toda obra de bronze. Veio ter com o rei Salomão e fez toda a sua obra.
15 Formou duas colunas de bronze; a altura de cada uma era de dezoito côvados, e um fio de doze côvados era a medida de sua circunferência.
16 Também fez dois capitéis de fundição de bronze para pôr sobre o alto das colunas; de cinco côvados era a altura de cada um deles.
17 Havia obra de rede e ornamentos torcidos em forma de cadeia, para os capitéis que estavam sobre o alto das colunas; sete para um capitel e sete para o outro.
18 Fez também romãs em duas fileiras por cima de uma das obras de rede, para cobrir o capitel no alto da coluna; o mesmo fez com o outro capitel.
19 Os capitéis que estavam no alto das colunas eram de obra de lírios, como na Sala do Trono, e de quatro côvados.
20 Perto do bojo, próximo à obra de rede, os capitéis que estavam no alto das duas colunas tinham duzentas romãs, dispostas em fileiras em redor, sobre um e outro capitel.
21 Depois, levantou as colunas no pórtico do templo; tendo levantado a coluna direita, chamou-lhe Jaquim; e, tendo levantado a coluna esquerda, chamou-lhe Boaz.
22 No alto das colunas, estava a obra de lírios. E, assim, se acabou a obra das colunas.
23 Fez também o mar de fundição, redondo, de dez côvados de uma borda até à outra borda, e de cinco de altura; e um fio de trinta côvados era a medida de sua circunferência.
24 Por baixo da sua borda em redor, havia colocíntidas, dez em cada côvado; estavam em duas fileiras, fundidas quando se fundiu o mar.
25 Assentava-se o mar sobre doze bois; três olhavam para o norte, três, para o ocidente, três, para o sul, e três, para o oriente; o mar apoiava-se sobre eles, cujas partes posteriores convergiam para dentro.
26 A grossura dele era de quatro dedos, e a sua borda, como borda de copo, como flor de lírios; comportava dois mil batos.
27 Fez também de bronze dez suportes; cada um media quatro côvados de comprimento, quatro de largura e três de altura;
28 e eram do seguinte modo: tinham painéis, que estavam entre molduras,
29 nos quais havia leões, bois e querubins; nas molduras de cima e de baixo dos leões e dos bois, havia festões pendentes.
30 Tinha cada suporte quatro rodas de bronze e eixos de bronze; os seus quatro pés tinham apoios debaixo da pia, apoios fundidos, e ao lado de cada um havia festões.
31 A boca dos suportes estava dentro de uma guarnição que media um côvado de altura; a boca era redonda como a obra de um pedestal e tinha o diâmetro de um côvado e meio. Também nela havia entalhes, e os seus painéis eram quadrados, não redondos.
32 As quatro rodas estavam debaixo dos painéis, e os eixos das rodas formavam uma peça com o suporte; cada roda era de um côvado e meio de altura.
33 As rodas eram como as de um carro: seus eixos, suas cambas, seus raios e seus cubos, todos eram fundidos.
34 Havia quatro apoios aos quatro cantos de cada suporte, que com este formavam uma peça.
35 No alto de cada suporte, havia um cilindro de meio côvado de altura; também, no alto de cada suporte, os apoios e painéis formavam uma peça só com ele.
36 Na superfície dos seus apoios e dos seus painéis, gravou querubins, leões e palmeiras, segundo o espaço de cada um, com festões ao redor.
37 Deste modo, fez os dez suportes; todos tinham a mesma fundição, o mesmo tamanho e o mesmo entalhe.
38 Também fez dez pias de bronze; em cada uma cabiam quarenta batos, e cada uma era de quatro côvados; sobre cada um dos dez suportes estava uma pia.
39 Pôs cinco suportes à direita da casa e cinco, à esquerda; porém o mar pôs ao lado direito da casa, para o lado sudeste.
40 Depois, fez Hirão os caldeirões, e as pás, e as bacias. Assim, terminou ele de fazer toda a obra para o rei Salomão, para a Casa do SENHOR:
41 as duas colunas, os dois globos dos capitéis que estavam no alto das duas colunas; as duas redes, para cobrir os dois globos dos capitéis que estavam ao alto das colunas;
42 as quatrocentas romãs para as duas redes, isto é, duas fileiras de romãs para cada rede, para cobrirem os dois globos dos capitéis que estavam no alto das colunas;
43 os dez suportes e as dez pias sobre eles;
44 o mar com os doze bois por baixo;
45 os caldeirões, as pás, as bacias e todos estes utensílios que fez Hirão para o rei Salomão, para a Casa do SENHOR, todos eram de bronze polido.
46 Na planície do Jordão, o rei os fez fundir em terra barrenta, entre Sucote e Zaretã.
47 Deixou Salomão de pesar todos os utensílios pelo seu excessivo número, não se verificando, pois, o peso do seu bronze.
48 Também fez Salomão todos os utensílios do Santo Lugar do SENHOR: o altar de ouro e a mesa de ouro, sobre a qual estavam os pães da proposição;
49 os castiçais de ouro finíssimo, cinco à direita e cinco à esquerda, diante do Santo dos Santos; as flores, as lâmpadas e as espevitadeiras, também de ouro;
50 também as taças, as espevitadeiras, as bacias, os recipientes para incenso e os braseiros, de ouro finíssimo; as dobradiças para as portas da casa interior para o Santo dos Santos e as das portas do Santo Lugar do templo, também de ouro.
51 Assim, se acabou toda a obra que fez o rei Salomão para a Casa do SENHOR; então, trouxe Salomão as coisas que Davi, seu pai, havia dedicado; a prata, o ouro e os utensílios, ele os pôs entre os tesouros da Casa do SENHOR.


I REIS 8


1 Congregou Salomão os anciãos de Israel, todos os cabeças das tribos, os príncipes das famílias dos israelitas, diante de si em Jerusalém, para fazerem subir a arca da Aliança do SENHOR da Cidade de Davi, que é Sião, para o templo.
2 Todos os homens de Israel se congregaram junto ao rei Salomão na ocasião da festa, no mês de etanim, que é o sétimo.
3 Vieram todos os anciãos de Israel, e os sacerdotes tomaram a arca do SENHOR
4 e a levaram para cima, com a tenda da congregação, e também os utensílios sagrados que nela havia; os sacerdotes e levitas é que os fizeram subir.
5 O rei Salomão e toda a congregação de Israel, que se reunira a ele, estavam todos diante da arca, sacrificando ovelhas e bois, que, de tão numerosos, não se podiam contar.
6 Puseram os sacerdotes a arca da Aliança do SENHOR no seu lugar, no santuário mais interior do templo, no Santo dos Santos, debaixo das asas dos querubins.
7 Pois os querubins estendiam as asas sobre o lugar da arca e, do alto, cobriam a arca e os varais.
8 Os varais sobressaíam tanto, que suas pontas eram vistas do Santo Lugar, defronte do Santo dos Santos, porém de fora não se viam. Ali, estão até ao dia de hoje.
9 Nada havia na arca senão as duas tábuas de pedra, que Moisés ali pusera junto a Horebe, quando o SENHOR fez aliança com os filhos de Israel, ao saírem da terra do Egito.
10 Tendo os sacerdotes saído do santuário, uma nuvem encheu a Casa do SENHOR,
11 de tal sorte que os sacerdotes não puderam permanecer ali, para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do SENHOR enchera a Casa do SENHOR.
12 Então, disse Salomão: O SENHOR declarou que habitaria em trevas espessas.
13 Na verdade, edifiquei uma casa para tua morada, lugar para a tua eterna habitação.
14 Voltou, então, o rei o rosto e abençoou a toda a congregação de Israel, enquanto se mantinha toda em pé;
15 e disse: Bendito seja o SENHOR, o Deus de Israel, que falou pessoalmente a Davi, meu pai, e pelo seu poder o cumpriu, dizendo:
16 Desde o dia em que tirei Israel, o meu povo, do Egito, não escolhi cidade alguma de todas as tribos de Israel, para edificar uma casa a fim de ali estabelecer o meu nome; porém escolhi a Davi para chefe do meu povo de Israel.
17 Também Davi, meu pai, propusera em seu coração o edificar uma casa ao nome do SENHOR, o Deus de Israel.
18 Porém o SENHOR disse a Davi, meu pai: Já que desejaste edificar uma casa ao meu nome, bem fizeste em o resolver em teu coração.
19 Todavia, tu não edificarás a casa, porém teu filho, que descenderá de ti, ele a edificará ao meu nome.
20 Assim, cumpriu o SENHOR a sua palavra que tinha dito, pois me levantei em lugar de Davi, meu pai, e me assentei no trono de Israel, como prometera o SENHOR; e edifiquei a casa ao nome do SENHOR, o Deus de Israel.
21 E nela constituí um lugar para a arca, em que estão as tábuas da aliança que o SENHOR fez com nossos pais, quando os tirou da terra do Egito.
22 Pôs-se Salomão diante do altar do SENHOR, na presença de toda a congregação de Israel; e estendeu as mãos para os céus
23 e disse: Ó SENHOR, Deus de Israel, não há Deus como tu, em cima nos céus nem embaixo na terra, como tu que guardas a aliança e a misericórdia a teus servos que de todo o coração andam diante de ti;
24 que cumpriste para com teu servo Davi, meu pai, o que lhe prometeste; pessoalmente o disseste e pelo teu poder o cumpriste, como hoje se vê.
25 Agora, pois, ó SENHOR, Deus de Israel, faze a teu servo Davi, meu pai, o que lhe declaraste, dizendo: Não te faltará sucessor diante de mim, que se assente no trono de Israel, contanto que teus filhos guardem o seu caminho, para andarem diante de mim como tu andaste.
26 Agora também, ó Deus de Israel, cumpra-se a tua palavra que disseste a teu servo Davi, meu pai.
27 Mas, de fato, habitaria Deus na terra? Eis que os céus e até o céu dos céus não te podem conter, quanto menos esta casa que eu edifiquei.
28 Atenta, pois, para a oração de teu servo e para a sua súplica, ó SENHOR, meu Deus, para ouvires o clamor e a oração que faz, hoje, o teu servo diante de ti.
29 Para que os teus olhos estejam abertos noite e dia sobre esta casa, sobre este lugar, do qual disseste: O meu nome estará ali; para ouvires a oração que o teu servo fizer neste lugar.
30 Ouve, pois, a súplica do teu servo e do teu povo de Israel, quando orarem neste lugar; ouve no céu, lugar da tua habitação; ouve e perdoa.
31 Se alguém pecar contra o seu próximo, e lhe for exigido que jure, e ele vier a jurar diante do teu altar, nesta casa,
32 ouve tu nos céus, e age, e julga teus servos, condenando o perverso, fazendo recair o seu proceder sobre a sua cabeça e justificando ao justo, para lhe retribuíres segundo a sua justiça.
33 Quando o teu povo de Israel, por ter pecado contra ti, for ferido diante do inimigo, e se converter a ti, e confessar o teu nome, e orar, e suplicar a ti, nesta casa,
34 ouve tu nos céus, e perdoa o pecado do teu povo de Israel, e faze-o voltar à terra que deste a seus pais.
35 Quando os céus se cerrarem, e não houver chuva, por ter o povo pecado contra ti, e orar neste lugar, e confessar o teu nome, e se converter dos seus pecados, havendo-o tu afligido,
36 ouve tu nos céus, perdoa o pecado de teus servos e do teu povo de Israel, ensinando-lhes o bom caminho em que andem, e dá chuva na tua terra, que deste em herança ao teu povo.
37 Quando houver fome na terra ou peste, quando houver crestamento ou ferrugem, gafanhotos e larvas, quando o seu inimigo o cercar em qualquer das suas cidades ou houver alguma praga ou doença,
38 toda oração e súplica que qualquer homem ou todo o teu povo de Israel fizer, conhecendo cada um a chaga do seu coração e estendendo as mãos para o rumo desta casa,
39 ouve tu nos céus, lugar da tua habitação, perdoa, age e dá a cada um segundo todos os seus caminhos, já que lhe conheces o coração, porque tu, só tu, és conhecedor do coração de todos os filhos dos homens;
40 para que te temam todos os dias que viverem na terra que deste a nossos pais.
41 Também ao estrangeiro, que não for do teu povo de Israel, porém vier de terras remotas, por amor do teu nome
42 (porque ouvirão do teu grande nome, e da tua mão poderosa, e do teu braço estendido), e orar, voltado para esta casa,
43 ouve tu nos céus, lugar da tua habitação, e faze tudo o que o estrangeiro te pedir, a fim de que todos os povos da terra conheçam o teu nome, para te temerem como o teu povo de Israel e para saberem que esta casa, que eu edifiquei, é chamada pelo teu nome.
44 Quando o teu povo sair à guerra contra o seu inimigo, pelo caminho por que o enviares, e orar ao SENHOR, voltado para esta cidade, que tu escolheste, e para a casa, que edifiquei ao teu nome,
45 ouve tu nos céus a sua oração e a sua súplica e faze-lhe justiça.
46 Quando pecarem contra ti (pois não há homem que não peque), e tu te indignares contra eles, e os entregares às mãos do inimigo, a fim de que os leve cativos à terra inimiga, longe ou perto esteja;
47 e, na terra aonde forem levados cativos, caírem em si, e se converterem, e, na terra do seu cativeiro, te suplicarem, dizendo: Pecamos, e perversamente procedemos, e cometemos iniqüidade;
48 e se converterem a ti de todo o seu coração e de toda a sua alma, na terra de seus inimigos que os levarem cativos, e orarem a ti, voltados para a sua terra, que deste a seus pais, para esta cidade que escolheste e para a casa que edifiquei ao teu nome;
49 ouve tu nos céus, lugar da tua habitação, a sua prece e a sua súplica e faze-lhes justiça,
50 perdoa o teu povo, que houver pecado contra ti, todas as suas transgressões que houverem cometido contra ti; e move tu à compaixão os que os levaram cativos para que se compadeçam deles.
51 Porque é o teu povo e a tua herança, que tiraste da terra do Egito, do meio do forno de ferro;
52 para que teus olhos estejam abertos à súplica do teu servo e à súplica do teu povo de Israel, a fim de os ouvires em tudo quanto clamarem a ti.
53 Pois tu, ó SENHOR Deus, os separaste dentre todos os povos da terra para tua herança, como falaste por intermédio do teu servo Moisés, quando tiraste do Egito a nossos pais.
54 Tendo Salomão acabado de fazer ao SENHOR toda esta oração e súplica, estando de joelhos e com as mãos estendidas para os céus, se levantou de diante do altar do SENHOR,
55 pôs-se em pé e abençoou a toda a congregação de Israel em alta voz, dizendo:
56 Bendito seja o SENHOR, que deu repouso ao seu povo de Israel, segundo tudo o que prometera; nem uma só palavra falhou de todas as suas boas promessas, feitas por intermédio de Moisés, seu servo.
57 O SENHOR, nosso Deus, seja conosco, assim como foi com nossos pais; não nos desampare e não nos deixe;
58 a fim de que a si incline o nosso coração, para andarmos em todos os seus caminhos e guardarmos os seus mandamentos, e os seus estatutos, e os seus juízos, que ordenou a nossos pais.
59 Que estas minhas palavras, com que supliquei perante o SENHOR, estejam presentes, diante do SENHOR, nosso Deus, de dia e de noite, para que faça ele justiça ao seu servo e ao seu povo de Israel, segundo cada dia o exigir,
60 para que todos os povos da terra saibam que o SENHOR é Deus e que não há outro.
61 Seja perfeito o vosso coração para com o SENHOR, nosso Deus, para andardes nos seus estatutos e guardardes os seus mandamentos, como hoje o fazeis.
62 E o rei e todo o Israel com ele ofereceram sacrifícios diante do SENHOR.
63 Ofereceu Salomão em sacrifício pacífico o que apresentou ao SENHOR, vinte e dois mil bois e cento e vinte mil ovelhas. Assim, o rei e todos os filhos de Israel consagraram a Casa do SENHOR.
64 No mesmo dia, consagrou o rei o meio do átrio que estava diante da Casa do SENHOR; porquanto ali preparara os holocaustos e as ofertas com a gordura dos sacrifícios pacíficos; porque o altar de bronze que estava diante do SENHOR era muito pequeno para nele caberem os holocaustos, as ofertas de manjares e a gordura dos sacrifícios pacíficos.
65 No mesmo tempo, celebrou Salomão também a Festa dos Tabernáculos e todo o Israel com ele, uma grande congregação, desde a entrada de Hamate até ao rio do Egito, perante o SENHOR, nosso Deus; por sete dias além dos primeiros sete, a saber, catorze dias.
66 No oitavo dia desta festa, despediu o povo, e eles abençoaram o rei; então, se foram às suas tendas, alegres e de coração contente por causa de todo o bem que o SENHOR fizera a Davi, seu servo, e a Israel, seu povo.


I REIS 9


1 Sucedeu, pois, que, tendo acabado Salomão de edificar a Casa do SENHOR, e a casa do rei, e tudo o que tinha desejado e designara fazer,
2 o SENHOR tornou a aparecer-lhe, como lhe tinha aparecido em Gibeão,
3 e o SENHOR lhe disse: Ouvi a tua oração e a tua súplica que fizeste perante mim; santifiquei a casa que edificaste, a fim de pôr ali o meu nome para sempre; os meus olhos e o meu coração estarão ali todos os dias.
4 Se andares perante mim como andou Davi, teu pai, com integridade de coração e com sinceridade, para fazeres segundo tudo o que te mandei e guardares os meus estatutos e os meus juízos,
5 então, confirmarei o trono de teu reino sobre Israel para sempre, como falei acerca de Davi, teu pai, dizendo: Não te faltará sucessor sobre o trono de Israel.
6 Porém, se vós e vossos filhos, de qualquer maneira, vos apartardes de mim e não guardardes os meus mandamentos e os meus estatutos, que vos prescrevi, mas fordes, e servirdes a outros deuses, e os adorardes,
7 então, eliminarei Israel da terra que lhe dei, e a esta casa, que santifiquei a meu nome, lançarei longe da minha presença; e Israel virá a ser provérbio e motejo entre todos os povos.
8 E desta casa, agora tão exaltada, todo aquele que por ela passar pasmará, e assobiará, e dirá: Por que procedeu o SENHOR assim para com esta terra e esta casa?
9 Responder-se-lhe-á: Porque deixaram o SENHOR, seu Deus, que tirou da terra do Egito os seus pais, e se apegaram a outros deuses, e os adoraram, e os serviram. Por isso, trouxe o SENHOR sobre eles todo este mal.
10 Ao fim de vinte anos, terminara Salomão as duas casas, a Casa do SENHOR e a casa do rei.
11 Ora, como Hirão, rei de Tiro, trouxera a Salomão madeira de cedro e de cipreste e ouro, segundo todo o seu desejo, este lhe deu vinte cidades na terra da Galiléia.
12 Saiu Hirão de Tiro a ver as cidades que Salomão lhe dera, porém não lhe agradaram.
13 Pelo que disse: Que cidades são estas que me deste, irmão meu? E lhes chamaram Terra de Cabul, até hoje.
14 Hirão tinha enviado ao rei cento e vinte talentos de ouro.
15 A razão por que Salomão impôs o trabalho forçado é esta: edificar a Casa do SENHOR, e a sua própria casa, e Milo, e o muro de Jerusalém, como também Hazor, e Megido, e Gezer;
16 porque Faraó, rei do Egito, subira, e tomara a Gezer, e a queimara, e matara os cananeus que moravam nela, e com ela dotara a sua filha, mulher de Salomão.
17 Assim, edificou Salomão Gezer, Bete-Horom, a baixa,
18 Baalate, Tadmor, no deserto daquela terra,
19 todas as cidades-armazéns que Salomão tinha, as cidades para os carros, as cidades para os cavaleiros e o que desejou enfim edificar em Jerusalém, no Líbano e em toda a terra do seu domínio.
20 Quanto a todo o povo que restou dos amorreus, heteus, ferezeus, heveus e jebuseus, e que não eram dos filhos de Israel,
21 a seus filhos, que restaram depois deles na terra, os quais os filhos de Israel não puderam destruir totalmente, a esses fez Salomão trabalhadores forçados, até hoje.
22 Porém dos filhos de Israel não fez Salomão escravo algum; eram homens de guerra, e seus oficiais, e seus príncipes, e seus capitães, e chefes dos seus carros e dos seus cavalarianos.
23 Os principais oficiais que estavam sobre a obra de Salomão eram quinhentos e cinqüenta; tinham estes a seu cargo o povo que trabalhava na obra.
24 Subiu, porém, a filha de Faraó da Cidade de Davi à sua casa, que Salomão lhe edificara; então, edificou a Milo.
25 Oferecia Salomão, três vezes por ano, holocaustos e sacrifícios pacíficos sobre o altar que edificara ao SENHOR e queimava incenso sobre o altar perante o SENHOR. Assim, acabou ele a casa.
26 Fez o rei Salomão também naus em Eziom-Geber, que está junto a Elate, na praia do mar Vermelho, na terra de Edom.
27 Mandou Hirão, com aquelas naus, os seus servos, marinheiros, conhecedores do mar, com os servos de Salomão.
28 Chegaram a Ofir e tomaram de lá quatrocentos e vinte talentos de ouro, que trouxeram ao rei Salomão.


I REIS 10


1 Tendo a rainha de Sabá ouvido a fama de Salomão, com respeito ao nome do SENHOR, veio prová-lo com perguntas difíceis.
2 Chegou a Jerusalém com mui grande comitiva; com camelos carregados de especiarias, e muitíssimo ouro, e pedras preciosas; compareceu perante Salomão e lhe expôs tudo quanto trazia em sua mente.
3 Salomão lhe deu resposta a todas as perguntas, e nada lhe houve profundo demais que não pudesse explicar.
4 Vendo, pois, a rainha de Sabá toda a sabedoria de Salomão, e a casa que edificara,
5 e a comida da sua mesa, e o lugar dos seus oficiais, e o serviço dos seus criados, e os trajes deles, e seus copeiros, e o holocausto que oferecia na Casa do SENHOR, ficou como fora de si
6 e disse ao rei: Foi verdade a palavra que a teu respeito ouvi na minha terra e a respeito da tua sabedoria.
7 Eu, contudo, não cria naquelas palavras, até que vim e vi com os meus próprios olhos. Eis que não me contaram a metade: sobrepujas em sabedoria e prosperidade a fama que ouvi.
8 Felizes os teus homens, felizes estes teus servos, que estão sempre diante de ti e que ouvem a tua sabedoria!
9 Bendito seja o SENHOR, teu Deus, que se agradou de ti para te colocar no trono de Israel; é porque o SENHOR ama a Israel para sempre, que te constituiu rei, para executares juízo e justiça.
10 Deu ela ao rei cento e vinte talentos de ouro, e muitíssimas especiarias, e pedras preciosas; nunca mais veio especiaria em tanta abundância, como a que a rainha de Sabá ofereceu ao rei Salomão.
11 Também as naus de Hirão, que de Ofir transportavam ouro, traziam de lá grande quantidade de madeira de sândalo e pedras preciosas.
12 Desta madeira de sândalo, fez o rei balaústres para a Casa do SENHOR e para a casa real, como também harpas e alaúdes para os cantores; tal madeira nunca se havia trazido para ali, nem se viu mais semelhante madeira até ao dia de hoje.
13 O rei Salomão deu à rainha de Sabá tudo quanto ela desejou e pediu, afora tudo o que lhe deu por sua generosidade real. Assim, voltou e se foi para a sua terra, com os seus servos.
14 O peso do ouro que se trazia a Salomão cada ano era de seiscentos e sessenta e seis talentos de ouro,
15 além do que entrava dos vendedores, e do tráfico dos negociantes, e de todos os reis da Arábia, e dos governadores da terra.
16 Fez o rei Salomão duzentos paveses de ouro batido; seiscentos siclos de ouro mandou pesar para cada pavês;
17 fez também trezentos escudos de ouro batido; três arráteis de ouro mandou pesar para cada escudo. E o rei os pôs na Casa do Bosque do Líbano.
18 Fez mais o rei um grande trono de marfim e o cobriu de ouro puríssimo.
19 O trono tinha seis degraus; o espaldar do trono, ao alto, era redondo; de ambos os lados tinha braços junto ao assento e dois leões junto aos braços.
20 Também doze leões estavam ali sobre os seis degraus, um em cada extremo destes. Nunca se fizera obra semelhante em nenhum dos reinos.
21 Todas as taças de que se servia o rei Salomão para beber eram de ouro, e também de ouro puro todas as da Casa do Bosque do Líbano; não havia nelas prata, porque nos dias de Salomão não se dava a ela estimação nenhuma.
22 Porque o rei tinha no mar uma frota de Társis, com as naus de Hirão; de três em três anos, voltava a frota de Társis, trazendo ouro, prata, marfim, bugios e pavões.
23 Assim, o rei Salomão excedeu a todos os reis do mundo, tanto em riqueza como em sabedoria.
24 Todo o mundo procurava ir ter com ele para ouvir a sabedoria que Deus lhe pusera no coração.
25 Cada um trazia o seu presente: objetos de prata e de ouro, roupas, armaduras, especiarias, cavalos e mulas; assim, ano após ano.
26 Também ajuntou Salomão carros e cavaleiros, tinha mil e quatrocentos carros e doze mil cavalarianos, que distribuiu às cidades para os carros e junto ao rei, em Jerusalém.
27 Fez o rei que, em Jerusalém, houvesse prata como pedras e cedros em abundância como os sicômoros que estão nas planícies.
28 Os cavalos de Salomão vinham do Egito e da Cilícia; e comerciantes do rei os recebiam da Cilícia por certo preço.
29 Importava-se, do Egito, um carro por seiscentos siclos de prata e um cavalo por cento e cinqüenta; nas mesmas condições, as caravanas os traziam e os exportavam para todos os reis dos heteus e para os reis da Síria.


I REIS 11


1 Ora, além da filha de Faraó, amou Salomão muitas mulheres estrangeiras: moabitas, amonitas, edomitas, sidônias e hetéias,
2 mulheres das nações de que havia o SENHOR dito aos filhos de Israel: Não caseis com elas, nem casem elas convosco, pois vos perverteriam o coração, para seguirdes os seus deuses. A estas se apegou Salomão pelo amor.
3 Tinha setecentas mulheres, princesas e trezentas concubinas; e suas mulheres lhe perverteram o coração.
4 Sendo já velho, suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses; e o seu coração não era de todo fiel para com o SENHOR, seu Deus, como fora o de Davi, seu pai.
5 Salomão seguiu a Astarote, deusa dos sidônios, e a Milcom, abominação dos amonitas.
6 Assim, fez Salomão o que era mau perante o SENHOR e não perseverou em seguir ao SENHOR, como Davi, seu pai.
7 Nesse tempo, edificou Salomão um santuário a Quemos, abominação de Moabe, sobre o monte fronteiro a Jerusalém, e a Moloque, abominação dos filhos de Amom.
8 Assim fez para com todas as suas mulheres estrangeiras, as quais queimavam incenso e sacrificavam a seus deuses.
9 Pelo que o SENHOR se indignou contra Salomão, pois desviara o seu coração do SENHOR, Deus de Israel, que duas vezes lhe aparecera.
10 E acerca disso lhe tinha ordenado que não seguisse a outros deuses. Ele, porém, não guardou o que o SENHOR lhe ordenara.
11 Por isso, disse o SENHOR a Salomão: Visto que assim procedeste e não guardaste a minha aliança, nem os meus estatutos que te mandei, tirarei de ti este reino e o darei a teu servo.
12 Contudo, não o farei nos teus dias, por amor de Davi, teu pai; da mão de teu filho o tirarei.
13 Todavia, não tirarei o reino todo; darei uma tribo a teu filho, por amor de Davi, meu servo, e por amor de Jerusalém, que escolhi.
14 Levantou o SENHOR contra Salomão um adversário, Hadade, o edomita; este era da linhagem real de Edom.
15 Porque, estando Davi em Edom e tendo subido Joabe, comandante do exército, a sepultar os mortos, feriu todos os varões em Edom.
16 (Porque Joabe ficou ali seis meses com todo o Israel, até que eliminou todos os varões em Edom.)
17 Hadade, porém, fugiu, e, com ele, alguns homens edomitas, dos servos de seu pai, para ir ao Egito; era Hadade ainda muito jovem.
18 Partiram de Midiã e seguiram a Parã, de onde tomaram consigo homens e chegaram ao Egito, a Faraó, rei do Egito, o qual deu a Hadade uma casa, e lhe prometeu sustento, e lhe deu terras.
19 Achou Hadade grande mercê por parte de Faraó, tanta que este lhe deu por mulher a irmã de sua própria mulher,
20 a irmã de Tafnes, a rainha. A irmã de Tafnes deu-lhe à luz seu filho Genubate, o qual Tafnes criou na casa de Faraó, onde Genubate ficou entre os filhos de Faraó.
21 Tendo, pois, Hadade ouvido no Egito que Davi descansara com seus pais e que Joabe, comandante do exército, era morto, disse a Faraó: Deixa-me voltar para a minha terra.
22 Então, Faraó lhe disse: Pois que te falta comigo, que procuras partir para a tua terra? Respondeu ele: Nada; porém deixa-me ir.
23 Também Deus levantou a Salomão outro adversário, Rezom, filho de Eliada, que havia fugido de seu senhor Hadadezer, rei de Zobá.
24 Ele ajuntou homens e se fez capitão de um bando; depois do morticínio feito por Davi, eles se foram para Damasco, onde habitaram e onde constituíram rei a Rezom.
25 Este foi adversário de Israel por todos os dias de Salomão, fez-lhe mal como Hadade, detestava a Israel e reinava sobre a Síria.
26 Jeroboão, filho de Nebate, efraimita de Zereda, servo de Salomão, e cuja mãe era mulher viúva, por nome Zerua, levantou a mão contra o rei.
27 Esta foi a causa por que levantou a mão contra o rei: Salomão estava edificando a Milo e terraplenando depressões da Cidade de Davi, seu pai.
28 Ora, vendo Salomão que Jeroboão era homem valente e capaz, moço laborioso, ele o pôs sobre todo o trabalho forçado da casa de José.
29 Sucedeu, nesse tempo, que, saindo Jeroboão de Jerusalém, o encontrou o profeta Aías, o silonita, no caminho; este se tinha vestido de uma capa nova, e estavam sós os dois no campo.
30 Aías pegou na capa nova que tinha sobre si, rasgou-a em doze pedaços
31 e disse a Jeroboão: Toma dez pedaços, porque assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Eis que rasgarei o reino da mão de Salomão, e a ti darei dez tribos.
32 Porém ele terá uma tribo, por amor de Davi, meu servo, e por amor de Jerusalém, a cidade que escolhi de todas as tribos de Israel.
33 Porque Salomão me deixou e se encurvou a Astarote, deusa dos sidônios, a Quemos, deus de Moabe, e a Milcom, deus dos filhos de Amom; e não andou nos meus caminhos para fazer o que é reto perante mim, a saber, os meus estatutos e os meus juízos, como fez Davi, seu pai.
34 Porém não tomarei da sua mão o reino todo; pelo contrário, fá-lo-ei príncipe todos os dias da sua vida, por amor de Davi, meu servo, a quem elegi, porque guardou os meus mandamentos e os meus estatutos.
35 Mas da mão de seu filho tomarei o reino, a saber, as dez tribos, e tas darei a ti.
36 E a seu filho darei uma tribo; para que Davi, meu servo, tenha sempre uma lâmpada diante de mim em Jerusalém, a cidade que escolhi para pôr ali o meu nome.
37 Tomar-te-ei, e reinarás sobre tudo o que desejar a tua alma; e serás rei sobre Israel.
38 Se ouvires tudo o que eu te ordenar, e andares nos meus caminhos, e fizeres o que é reto perante mim, guardando os meus estatutos e os meus mandamentos, como fez Davi, meu servo, eu serei contigo, e te edificarei uma casa estável, como edifiquei a Davi, e te darei Israel.
39 Por isso, afligirei a descendência de Davi; todavia, não para sempre.
40 Pelo que Salomão procurou matar a Jeroboão; este, porém, se dispôs e fugiu para o Egito, a ter com Sisaque, rei do Egito; e ali permaneceu até à morte de Salomão.
41 Quanto aos mais atos de Salomão, a tudo quanto fez, e à sua sabedoria, porventura, não estão escritos no Livro da História de Salomão?
42 Foi de quarenta anos o tempo que reinou Salomão em Jerusalém sobre todo o Israel.
43 Descansou com seus pais e foi sepultado na Cidade de Davi, seu pai; e Roboão, seu filho, reinou em seu lugar.


I REIS 12


1 Foi Roboão a Siquém, porque todo o Israel se reuniu lá, para o fazer rei.
2 Tendo Jeroboão, filho de Nebate, ouvido isso (pois estava ainda no Egito, para onde fugira da presença do rei Salomão, onde habitava
3 e donde o mandaram chamar), veio com toda a congregação de Israel a Roboão, e lhe falaram:
4 Teu pai fez pesado o nosso jugo; agora, pois, alivia tu a dura servidão de teu pai e o seu pesado jugo que nos impôs, e nós te serviremos.
5 Ele lhes respondeu: Ide-vos e, após três dias, voltai a mim. E o povo se foi.
6 Tomou o rei Roboão conselho com os homens idosos que estiveram na presença de Salomão, seu pai, quando este ainda vivia, dizendo: Como aconselhais que se responda a este povo?
7 Eles lhe disseram: Se, hoje, te tornares servo deste povo, e o servires, e, atendendo, falares boas palavras, eles se farão teus servos para sempre.
8 Porém ele desprezou o conselho que os anciãos lhe tinham dado e tomou conselho com os jovens que haviam crescido com ele e o serviam.
9 E disse-lhes: Que aconselhais vós que respondamos a este povo que me falou, dizendo: Alivia o jugo que teu pai nos impôs?
10 E os jovens que haviam crescido com ele lhe disseram: Assim falarás a este povo que disse: Teu pai fez pesado o nosso jugo, mas tu alivia-o de sobre nós; assim lhe falarás: Meu dedo mínimo é mais grosso do que os lombos de meu pai.
11 Assim que, se meu pai vos impôs jugo pesado, eu ainda vo-lo aumentarei; meu pai vos castigou com açoites, porém eu vos castigarei com escorpiões.
12 Veio, pois, Jeroboão e todo o povo, ao terceiro dia, a Roboão, como o rei lhes ordenara, dizendo: Voltai a mim ao terceiro dia.
13 Dura resposta deu o rei ao povo, porque desprezara o conselho que os anciãos lhe haviam dado;
14 e lhe falou segundo o conselho dos jovens, dizendo: Meu pai fez pesado o vosso jugo, porém eu ainda o agravarei; meu pai vos castigou com açoites; eu, porém, vos castigarei com escorpiões.
15 O rei, pois, não deu ouvidos ao povo; porque este acontecimento vinha do SENHOR, para confirmar a palavra que o SENHOR tinha dito por intermédio de Aías, o silonita, a Jeroboão, filho de Nebate.
16 Vendo, pois, todo o Israel que o rei não lhe dava ouvidos, reagiu, dizendo: Que parte temos nós com Davi? Não há para nós herança no filho de Jessé! Às vossas tendas, ó Israel! Cuida, agora, da tua casa, ó Davi! Então, Israel se foi às suas tendas.
17 Quanto aos filhos de Israel, porém, que habitavam nas cidades de Judá, sobre eles reinou Roboão.
18 Então, o rei Roboão enviou a Adorão, superintendente dos que trabalhavam forçados; porém todo o Israel o apedrejou, e morreu. Mas o rei Roboão conseguiu tomar o seu carro e fugir para Jerusalém.
19 Assim, Israel se mantém rebelado contra a casa de Davi, até ao dia de hoje.
20 Tendo ouvido todo o Israel que Jeroboão tinha voltado, mandaram chamá-lo para a congregação e o fizeram rei sobre todo o Israel; ninguém seguiu a casa de Davi, senão somente a tribo de Judá.
21 Vindo, pois, Roboão a Jerusalém, reuniu toda a casa de Judá e a tribo de Benjamim, cento e oitenta mil escolhidos, destros para a guerra, para pelejar contra a casa de Israel, a fim de restituir o reino a Roboão, filho de Salomão.
22 Porém veio a palavra de Deus a Semaías, homem de Deus, dizendo:
23 Fala a Roboão, filho de Salomão, rei de Judá, e a toda a casa de Judá, e a Benjamim, e ao resto do povo, dizendo:
24 Assim diz o SENHOR: Não subireis, nem pelejareis contra vossos irmãos, os filhos de Israel; cada um volte para a sua casa, porque eu é que fiz isto. E, obedecendo eles à palavra do SENHOR, voltaram como este lhes ordenara.
25 Jeroboão edificou Siquém, na região montanhosa de Efraim, e passou a residir ali; dali edificou Penuel.
26 Disse Jeroboão consigo: Agora, tornará o reino para a casa de Davi.
27 Se este povo subir para fazer sacrifícios na Casa do SENHOR, em Jerusalém, o coração dele se tornará a seu senhor, a Roboão, rei de Judá; e me matarão e tornarão a ele, ao rei de Judá.
28 Pelo que o rei, tendo tomado conselhos, fez dois bezerros de ouro; e disse ao povo: Basta de subirdes a Jerusalém; vês aqui teus deuses, ó Israel, que te fizeram subir da terra do Egito!
29 Pôs um em Betel e o outro, em Dã.
30 E isso se tornou em pecado, pois que o povo ia até Dã, cada um para adorar o bezerro.
31 Jeroboão fez também santuários nos altos e, dentre o povo, constituiu sacerdotes que não eram dos filhos de Levi.
32 Fez uma festa no oitavo mês, no dia décimo quinto do mês, igual à festa que se fazia em Judá, e sacrificou no altar; semelhantemente fez em Betel e ofereceu sacrifícios aos bezerros que fizera; também em Betel estabeleceu sacerdotes dos altos que levantara.
33 No décimo quinto dia do oitavo mês, escolhido a seu bel-prazer, subiu ele ao altar que fizera em Betel e ordenou uma festa para os filhos de Israel; subiu para queimar incenso.


I REIS 13


1 Eis que, por ordem do SENHOR, veio de Judá a Betel um homem de Deus; e Jeroboão estava junto ao altar, para queimar incenso.
2 Clamou o profeta contra o altar, por ordem do SENHOR, e disse: Altar, altar! Assim diz o SENHOR: Eis que um filho nascerá à casa de Davi, cujo nome será Josias, o qual sacrificará sobre ti os sacerdotes dos altos que queimam sobre ti incenso, e ossos humanos se queimarão sobre ti.
3 Deu, naquele mesmo dia, um sinal, dizendo: Este é o sinal de que o SENHOR falou: Eis que o altar se fenderá, e se derramará a cinza que há sobre ele.
4 Tendo o rei ouvido as palavras do homem de Deus, que clamara contra o altar de Betel, Jeroboão estendeu a mão de sobre o altar, dizendo: Prendei-o! Mas a mão que estendera contra o homem de Deus secou, e não a podia recolher.
5 O altar se fendeu, e a cinza se derramou do altar, segundo o sinal que o homem de Deus apontara por ordem do SENHOR.
6 Então, disse o rei ao homem de Deus: Implora o favor do SENHOR, teu Deus, e ora por mim, para que eu possa recolher a mão. Então, o homem de Deus implorou o favor do SENHOR, e a mão do rei se lhe recolheu e ficou como dantes.
7 Disse o rei ao homem de Deus: Vem comigo a casa e fortalece-te; e eu te recompensarei.
8 Porém o homem de Deus disse ao rei: Ainda que me desses metade da tua casa, não iria contigo, nem comeria pão, nem beberia água neste lugar.
9 Porque assim me ordenou o SENHOR pela sua palavra, dizendo: Não comerás pão, nem beberás água; e não voltarás pelo caminho por onde foste.
10 E se foi por outro caminho; e não voltou pelo caminho por onde viera a Betel.
11 Morava em Betel um profeta velho; vieram seus filhos e lhe contaram tudo o que o homem de Deus fizera aquele dia em Betel; as palavras que dissera ao rei, contaram-nas a seu pai.
12 Perguntou-lhes o pai: Por que caminho se foi? Mostraram seus filhos o caminho por onde fora o homem de Deus que viera de Judá.
13 Então, disse a seus filhos: Albardai-me um jumento. Albardaram-lhe o jumento, e ele montou.
14 E foi após o homem de Deus e, achando-o sentado debaixo de um carvalho, lhe disse: És tu o homem de Deus que vieste de Judá? Ele respondeu: Eu mesmo.
15 Então, lhe disse: Vem comigo a casa e come pão.
16 Porém ele disse: Não posso voltar contigo, nem entrarei contigo; não comerei pão, nem beberei água contigo neste lugar.
17 Porque me foi dito pela palavra do SENHOR: Ali, não comerás pão, nem beberás água, nem voltarás pelo caminho por que foste.
18 Tornou-lhe ele: Também eu sou profeta como tu, e um anjo me falou por ordem do SENHOR, dizendo: Faze-o voltar contigo a tua casa, para que coma pão e beba água. (Porém mentiu-lhe.)
19 Então, voltou ele, e comeu pão em sua casa, e bebeu água.
20 Estando eles à mesa, veio a palavra do SENHOR ao profeta que o tinha feito voltar;
21 e clamou ao homem de Deus, que viera de Judá, dizendo: Assim diz o SENHOR: Porquanto foste rebelde à palavra do SENHOR e não guardaste o mandamento que o SENHOR, teu Deus, te mandara,
22 antes, voltaste, e comeste pão, e bebeste água no lugar de que te dissera: Não comerás pão, nem beberás água, o teu cadáver não entrará no sepulcro de teus pais.
23 Depois de o profeta a quem fizera voltar haver comido pão e bebido água, albardou para ele o jumento.
24 Foi-se, pois, e um leão o encontrou no caminho e o matou; o seu cadáver estava atirado no caminho, e o jumento e o leão, parados junto ao cadáver.
25 Eis que os homens passaram e viram o corpo lançado no caminho, como também o leão parado junto ao corpo; e vieram e o disseram na cidade onde o profeta velho habitava.
26 Ouvindo-o o profeta que o fizera voltar do caminho, disse: É o homem de Deus, que foi rebelde à palavra do SENHOR; por isso, o SENHOR o entregou ao leão, que o despedaçou e matou, segundo a palavra que o SENHOR lhe tinha dito.
27 Então, disse a seus filhos: Albardai-me o jumento. Eles o albardaram.
28 Ele se foi e achou o cadáver atirado no caminho e o jumento e o leão, parados junto ao cadáver; o leão não tinha devorado o corpo, nem despedaçado o jumento.
29 Então, o profeta levantou o cadáver do homem de Deus, e o pôs sobre o jumento, e o tornou a levar; assim, veio o profeta velho à cidade, para o chorar e enterrar.
30 Depositou o cadáver no seu próprio sepulcro; e o prantearam, dizendo: Ah! Irmão meu!
31 Depois de o haver sepultado, disse a seus filhos: Quando eu morrer, enterrai-me no sepulcro em que o homem de Deus está sepultado; ponde os meus ossos junto aos ossos dele.
32 Porque certamente se cumprirá o que por ordem do SENHOR clamou contra o altar que está em Betel e contra todas as casas dos altos que estão nas cidades de Samaria.
33 Depois destas coisas, Jeroboão ainda não deixou o seu mau caminho; antes, de entre o povo tornou a constituir sacerdotes para lugares altos; a quem queria, consagrava para sacerdote dos lugares altos.
34 Isso se tornou em pecado à casa de Jeroboão, para destruí-la e extingui-la da terra.

 

I REIS 14


1 Naquele tempo, adoeceu Abias, filho de Jeroboão.
2 Disse este a sua mulher: Dispõe-te, agora, e disfarça-te, para que não conheçam que és mulher de Jeroboão; e vai a Siló. Eis que lá está o profeta Aías, o qual a meu respeito disse que eu seria rei sobre este povo.
3 Leva contigo dez pães, bolos e uma botija de mel e vai ter com ele; ele te dirá o que há de suceder a este menino.
4 A mulher de Jeroboão assim o fez; levantou-se, foi a Siló e entrou na casa de Aías; Aías já não podia ver, porque os seus olhos já se tinham escurecido, por causa da sua velhice.
5 Porém o SENHOR disse a Aías: Eis que a mulher de Jeroboão vem consultar-te sobre seu filho, que está doente. Assim e assim lhe falarás, porque, ao entrar, fingirá ser outra.
6 Ouvindo Aías o ruído de seus pés, quando ela entrava pela porta, disse: Entra, mulher de Jeroboão; por que finges assim? Pois estou encarregado de te dizer duras novas.
7 Vai e dize a Jeroboão: Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Porquanto te levantei do meio do povo, e te fiz príncipe sobre o meu povo de Israel,
8 e tirei o reino da casa de Davi, e to entreguei, e tu não foste como Davi, meu servo, que guardou os meus mandamentos e andou após mim de todo o seu coração, para fazer somente o que parecia reto aos meus olhos;
9 antes, fizeste o mal, pior do que todos os que foram antes de ti, e fizeste outros deuses e imagens de fundição, para provocar-me à ira, e me viraste as costas;
10 portanto, eis que trarei o mal sobre a casa de Jeroboão, e eliminarei de Jeroboão todo e qualquer do sexo masculino, tanto o escravo como o livre, e lançarei fora os descendentes da casa de Jeroboão, como se lança fora o esterco, até que, de todo, ela se acabe.
11 Quem morrer a Jeroboão na cidade, os cães o comerão, e o que morrer no campo aberto, as aves do céu o comerão, porque o SENHOR o disse.
12 Tu, pois, dispõe-te e vai para tua casa; quando puseres os pés na cidade, o menino morrerá.
13 Todo o Israel o pranteará e o sepultará; porque de Jeroboão só este dará entrada em sepultura, porquanto se achou nele coisa boa para com o SENHOR, Deus de Israel, em casa de Jeroboão.
14 O SENHOR, porém, suscitará para si um rei sobre Israel, que eliminará, no seu dia, a casa de Jeroboão. Que digo eu? Há de ser já.
15 Também o SENHOR ferirá a Israel para que se agite como a cana se agita nas águas; arrancará a Israel desta boa terra que dera a seus pais e o espalhará para além do Eufrates, porquanto fez os seus postes-ídolos, provocando o SENHOR à ira.
16 Abandonará a Israel por causa dos pecados que Jeroboão cometeu e pelos que fez Israel cometer.
17 Então, a mulher de Jeroboão se levantou, foi e chegou a Tirza; chegando ela ao limiar da casa, morreu o menino.
18 Sepultaram-no, e todo o Israel o pranteou, segundo a palavra do SENHOR, por intermédio do profeta Aías, seu servo.
19 Quanto aos mais atos de Jeroboão, como guerreou e como reinou, eis que estão escritos no Livro da História dos Reis de Israel.
20 Foi de vinte e dois anos o tempo que reinou Jeroboão; e descansou com seus pais; e Nadabe, seu filho, reinou em seu lugar.
21 Roboão, filho de Salomão, reinou em Judá; de quarenta e um anos de idade era Roboão quando começou a reinar e reinou dezessete anos em Jerusalém, na cidade que o SENHOR escolhera de todas as tribos de Israel, para estabelecer ali o seu nome. Naamá era o nome de sua mãe, amonita.
22 Fez Judá o que era mau perante o SENHOR; e, com os pecados que cometeu, o provocou a zelo, mais do que fizeram os seus pais.
23 Porque também os de Judá edificaram altos, estátuas, colunas e postes-ídolos no alto de todos os elevados outeiros e debaixo de todas as árvores verdes.
24 Havia também na terra prostitutos-cultuais; fizeram segundo todas as coisas abomináveis das nações que o SENHOR expulsara de diante dos filhos de Israel.
25 No quinto ano do rei Roboão, Sisaque, rei do Egito, subiu contra Jerusalém
26 e tomou os tesouros da Casa do SENHOR e os tesouros da casa do rei; tomou tudo. Também levou todos os escudos de ouro que Salomão tinha feito.
27 Em lugar destes, fez o rei Roboão escudos de bronze e os entregou nas mãos dos capitães da guarda, que guardavam a porta da casa do rei.
28 Toda vez que o rei entrava na Casa do SENHOR, os da guarda usavam os escudos e tornavam a trazê-los para a câmara da guarda.
29 Quanto aos mais dos atos de Roboão e a tudo quanto fez, porventura, não estão escritos no Livro da História dos Reis de Judá?
30 Houve guerra entre Roboão e Jeroboão todos os seus dias.
31 Roboão descansou com seus pais e com eles foi sepultado na Cidade de Davi. Naamá era o nome de sua mãe, amonita; e Abias, filho de Roboão, reinou em seu lugar.


I REIS 15


1 No décimo oitavo ano do rei Jeroboão, filho de Nebate, Abias começou a reinar sobre Judá.
2 Três anos reinou em Jerusalém. Era o nome de sua mãe Maaca, filha de Absalão.
3 Andou em todos os pecados que seu pai havia cometido antes dele; e seu coração não foi perfeito para com o SENHOR, seu Deus, como o coração de Davi, seu pai.
4 Mas, por amor de Davi, o SENHOR, seu Deus, lhe deu uma lâmpada em Jerusalém, levantando a seu filho depois dele e dando estabilidade a Jerusalém.
5 Porquanto Davi fez o que era reto perante o SENHOR e não se desviou de tudo quanto lhe ordenara, em todos os dias da sua vida, senão no caso de Urias, o heteu.
6 Houve guerra entre Roboão e Jeroboão todos os dias da sua vida.
7 Quanto aos mais atos de Abias e a tudo quanto fez, porventura, não estão escritos no Livro da História dos Reis de Judá? Também houve guerra entre Abias e Jeroboão.
8 Abias descansou com seus pais, e o sepultaram na Cidade de Davi; e Asa, seu filho, reinou em seu lugar.
9 No vigésimo ano de Jeroboão, rei de Israel, começou Asa a reinar sobre Judá.
10 Quarenta e um anos reinou em Jerusalém. Era o nome de sua mãe Maaca, filha de Absalão.
11 Asa fez o que era reto perante o SENHOR, como Davi, seu pai.
12 Porque tirou da terra os prostitutos-cultuais e removeu todos os ídolos que seus pais fizeram;
13 e até a Maaca, sua mãe, depôs da dignidade de rainha-mãe, porquanto ela havia feito ao poste-ídolo uma abominável imagem; pois Asa destruiu essa imagem e a queimou no vale de Cedrom;
14 os altos, porém, não foram tirados; todavia, o coração de Asa foi, todos os seus dias, totalmente do SENHOR.
15 Trouxe à Casa do SENHOR as coisas consagradas por seu pai e as coisas que ele mesmo consagrara: prata, ouro e objetos de utilidade.
16 Houve guerra entre Asa e Baasa, rei de Israel, todos os seus dias.
17 Porque Baasa, rei de Israel, subiu contra Judá e edificou a Ramá, para que a ninguém fosse permitido sair de junto de Asa, rei de Judá, nem chegar a ele.
18 Então, Asa tomou toda a prata e ouro restantes nos tesouros da Casa do SENHOR e os tesouros da casa do rei e os entregou nas mãos de seus servos; e o rei Asa os enviou a Ben-Hadade, filho de Tabrimom, filho de Heziom, rei da Síria, e que habitava em Damasco, dizendo:
19 Haja aliança entre mim e ti, como houve entre meu pai e teu pai. Eis que te mando um presente, prata e ouro; vai e anula a tua aliança com Baasa, rei de Israel, para que se retire de mim.
20 Ben-Hadade deu ouvidos ao rei Asa e enviou os capitães dos seus exércitos contra as cidades de Israel; e feriu a Ijom, a Dã, a Abel-Bete-Maaca e todo o distrito de Quinerete, com toda a terra de Naftali.
21 Ouvindo isso, Baasa deixou de edificar a Ramá e ficou em Tirza.
22 Então, o rei Asa fez apregoar por toda a região de Judá que todos, sem exceção, trouxessem as pedras de Ramá e a sua madeira, com que Baasa a edificara; com elas edificou o rei Asa a Geba de Benjamim e a Mispa.
23 Quanto aos mais atos de Asa, e a todo o seu poder, e a tudo quanto fez, e às cidades que edificou, porventura, não estão escritos no Livro da História dos Reis de Judá? Porém, no tempo da sua velhice, padeceu dos pés.
24 Descansou Asa com seus pais e com eles foi sepultado na Cidade de Davi, seu pai; e Josafá, seu filho, reinou em seu lugar.
25 Nadabe, filho de Jeroboão, começou a reinar sobre Israel no ano segundo de Asa, rei de Judá; e reinou sobre Israel dois anos.
26 Fez o que era mau perante o SENHOR e andou nos caminhos de seu pai e no pecado com que seu pai fizera pecar a Israel.
27 Conspirou contra ele Baasa, filho de Aías, da casa de Issacar, e o feriu em Gibetom, que era dos filisteus, quando Nadabe e todo o Israel cercavam Gibetom.
28 Baasa, no ano terceiro de Asa, rei de Judá, matou a Nadabe e passou a reinar em seu lugar.
29 Logo que começou a reinar, matou toda a descendência de Jeroboão; não lhe deixou ninguém com vida, a todos exterminou, segundo a palavra do SENHOR, por intermédio do seu servo Aías, o silonita,
30 por causa dos pecados que Jeroboão cometera e pelos que fizera Israel cometer, por causa da provocação com que irritara ao SENHOR, Deus de Israel.
31 Quanto aos mais atos de Nadabe e a tudo quanto fez, porventura, não estão escritos no Livro da História dos Reis de Israel?
32 Houve guerra entre Asa e Baasa, rei de Israel, todos os seus dias.
33 No ano terceiro de Asa, rei de Judá, Baasa, filho de Aías, começou a reinar sobre todo o Israel, em Tirza, e reinou vinte e quatro anos.
34 Fez o que era mau perante o SENHOR e andou no caminho de Jeroboão e no seu pecado, o qual fizera Israel cometer.


I REIS 16


1 Então, veio a palavra do SENHOR a Jeú, filho de Hanani, contra Baasa, dizendo:
2 Porquanto te levantei do pó e te constituí príncipe sobre o meu povo de Israel, e tens andado no caminho de Jeroboão e tens feito pecar a meu povo de Israel, irritando-me com os seus pecados,
3 eis que te exterminarei a ti, Baasa, e os teus descendentes e farei à tua casa como à casa de Jeroboão, filho de Nebate.
4 Quem morrer a Baasa na cidade, os cães o comerão, e o que dele morrer no campo aberto, as aves do céu o comerão.
5 Quanto aos mais atos de Baasa, e ao que fez, e ao seu poder, porventura, não estão escritos no Livro da História dos Reis de Israel?
6 Baasa descansou com seus pais e foi sepultado em Tirza; e Elá, seu filho, reinou em seu lugar.
7 Assim, veio a palavra do SENHOR, por intermédio do profeta Jeú, filho de Hanani, contra Baasa e contra a sua descendência; e isso por todo o mal que fizera perante o SENHOR, irritando-o com as suas obras, para ser como a casa de Jeroboão, e também porque matara a casa de Jeroboão.
8 No vigésimo sexto ano de Asa, rei de Judá, Elá, filho de Baasa, começou a reinar em Tirza sobre Israel; e reinou dois anos.
9 Zinri, seu servo, comandante da metade dos carros, conspirou contra ele. Achava-se Elá em Tirza, bebendo e embriagando-se em casa de Arsa, seu mordomo em Tirza.
10 Entrou Zinri, e o feriu, e o matou, no ano vigésimo sétimo de Asa, rei de Judá; e reinou em seu lugar.
11 Logo que começou a reinar e se assentou no trono, feriu todos os descendentes de Baasa; não lhe deixou nenhum do sexo masculino, nem dos parentes, nem dos seus amigos.
12 Assim, exterminou Zinri todos os descendentes de Baasa, segundo a palavra do SENHOR, por intermédio do profeta Jeú, contra Baasa,
13 por todos os pecados de Baasa, e os pecados de Elá, seu filho, que cometeram, e pelos que fizeram Israel cometer, irritando ao SENHOR, Deus de Israel, com os seus ídolos.
14 Quanto aos mais atos de Elá e a tudo quanto fez, porventura, não estão escritos no Livro da História dos Reis de Israel?
15 No ano vigésimo sétimo de Asa, rei de Judá, reinou Zinri sete dias em Tirza; e o povo estava acampado contra Gibetom, que era dos filisteus.
16 O povo que estava acampado ouviu dizer: Zinri conspirou contra o rei e o matou. Pelo que todo o Israel, no mesmo dia, no arraial, constituiu rei sobre Israel a Onri, comandante do exército.
17 Subiu Onri de Gibetom, e todo o Israel, com ele, e sitiaram Tirza.
18 Vendo Zinri que a cidade era tomada, foi-se ao castelo da casa do rei, e o queimou sobre si, e morreu,
19 por causa dos pecados que cometera, fazendo o que era mau perante o SENHOR, andando no caminho de Jeroboão e no pecado que cometera, fazendo pecar a Israel.
20 Quanto aos mais atos de Zinri e à conspiração que fez, porventura, não estão escritos no Livro da História dos Reis de Israel?
21 Então, o povo de Israel se dividiu em dois partidos: metade do povo seguia a Tibni, filho de Ginate, para o fazer rei, e a outra metade seguia a Onri.
22 Mas o povo que seguia a Onri prevaleceu contra o que seguia a Tibni, filho de Ginate. Tibni morreu, e passou a reinar Onri.
23 No trigésimo primeiro ano de Asa, rei de Judá, Onri começou a reinar sobre Israel e reinou doze anos. Em Tirza, reinou seis anos.
24 De Semer comprou ele o monte de Samaria por dois talentos de prata e o fortificou; à cidade que edificou sobre o monte, chamou-lhe Samaria, nome oriundo de Semer, dono do monte.
25 Fez Onri o que era mau perante o SENHOR; fez pior do que todos quantos foram antes dele.
26 Andou em todos os caminhos de Jeroboão, filho de Nebate, como também nos pecados com que este fizera pecar a Israel, irritando ao SENHOR, Deus de Israel, com os seus ídolos.
27 Quanto aos mais atos de Onri, ao que fez e ao poder que manifestou, porventura, não estão escritos no Livro da História dos Reis de Israel?
28 Onri descansou com seus pais e foi sepultado em Samaria; e Acabe, seu filho, reinou em seu lugar.
29 Acabe, filho de Onri, começou a reinar sobre Israel no ano trigésimo oitavo de Asa, rei de Judá; e reinou Acabe, filho de Onri, sobre Israel, em Samaria, vinte e dois anos.
30 Fez Acabe, filho de Onri, o que era mau perante o SENHOR, mais do que todos os que foram antes dele.
31 Como se fora coisa de somenos andar ele nos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, tomou por mulher a Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios; e foi, e serviu a Baal, e o adorou.
32 Levantou um altar a Baal, na casa de Baal que edificara em Samaria.
33 Também Acabe fez um poste-ídolo, de maneira que cometeu mais abominações para irritar ao SENHOR, Deus de Israel, do que todos os reis de Israel que foram antes dele.
34 Em seus dias, Hiel, o betelita, edificou a Jericó; quando lhe lançou os fundamentos, morreu-lhe Abirão, seu primogênito; quando lhe pôs as portas, morreu Segube, seu último, segundo a palavra do SENHOR, que falara por intermédio de Josué, filho de Num.


I REIS 17


1 Então, Elias, o tesbita, dos moradores de Gileade, disse a Acabe: Tão certo como vive o SENHOR, Deus de Israel, perante cuja face estou, nem orvalho nem chuva haverá nestes anos, segundo a minha palavra.
2 Veio-lhe a palavra do SENHOR, dizendo:
3 Retira-te daqui, vai para o lado oriental e esconde-te junto à torrente de Querite, fronteira ao Jordão.
4 Beberás da torrente; e ordenei aos corvos que ali mesmo te sustentem.
5 Foi, pois, e fez segundo a palavra do SENHOR; retirou-se e habitou junto à torrente de Querite, fronteira ao Jordão.
6 Os corvos lhe traziam pela manhã pão e carne, como também pão e carne ao anoitecer; e bebia da torrente.
7 Mas, passados dias, a torrente secou, porque não chovia sobre a terra.
8 Então, lhe veio a palavra do SENHOR, dizendo:
9 Dispõe-te, e vai a Sarepta, que pertence a Sidom, e demora-te ali, onde ordenei a uma mulher viúva que te dê comida.
10 Então, ele se levantou e se foi a Sarepta; chegando à porta da cidade, estava ali uma mulher viúva apanhando lenha; ele a chamou e lhe disse: Traze-me, peço-te, uma vasilha de água para eu beber.
11 Indo ela a buscá-la, ele a chamou e lhe disse: Traze-me também um bocado de pão na tua mão.
12 Porém ela respondeu: Tão certo como vive o SENHOR, teu Deus, nada tenho cozido; há somente um punhado de farinha numa panela e um pouco de azeite numa botija; e, vês aqui, apanhei dois cavacos e vou preparar esse resto de comida para mim e para o meu filho; comê-lo-emos e morreremos.
13 Elias lhe disse: Não temas; vai e faze o que disseste; mas primeiro faze dele para mim um bolo pequeno e traze-mo aqui fora; depois, farás para ti mesma e para teu filho.
14 Porque assim diz o SENHOR, Deus de Israel: A farinha da tua panela não se acabará, e o azeite da tua botija não faltará, até ao dia em que o SENHOR fizer chover sobre a terra.
15 Foi ela e fez segundo a palavra de Elias; assim, comeram ele, ela e a sua casa muitos dias.
16 Da panela a farinha não se acabou, e da botija o azeite não faltou, segundo a palavra do SENHOR, por intermédio de Elias.
17 Depois disto, adoeceu o filho da mulher, da dona da casa, e a sua doença se agravou tanto, que ele morreu.
18 Então, disse ela a Elias: Que fiz eu, ó homem de Deus? Vieste a mim para trazeres à memória a minha iniqüidade e matares o meu filho?
19 Ele lhe disse: Dá-me o teu filho; tomou-o dos braços dela, e o levou para cima, ao quarto, onde ele mesmo se hospedava, e o deitou em sua cama;
20 então, clamou ao SENHOR e disse: Ó SENHOR, meu Deus, também até a esta viúva, com quem me hospedo, afligiste, matando-lhe o filho?
21 E, estendendo-se três vezes sobre o menino, clamou ao SENHOR e disse: Ó SENHOR, meu Deus, rogo-te que faças a alma deste menino tornar a entrar nele.
22 O SENHOR atendeu à voz de Elias; e a alma do menino tornou a entrar nele, e reviveu.
23 Elias tomou o menino, e o trouxe do quarto à casa, e o deu a sua mãe, e lhe disse: Vê, teu filho vive.
24 Então, a mulher disse a Elias: Nisto conheço agora que tu és homem de Deus e que a palavra do SENHOR na tua boca é verdade.


I REIS 18


1 Muito tempo depois, veio a palavra do SENHOR a Elias, no terceiro ano, dizendo: Vai, apresenta-te a Acabe, porque darei chuva sobre a terra.
2 Partiu, pois, Elias a apresentar-se a Acabe; e a fome era extrema em Samaria.
3 Acabe chamou a Obadias, o mordomo. (Obadias temia muito ao SENHOR,
4 porque, quando Jezabel exterminava os profetas do SENHOR, Obadias tomou cem profetas, e de cinqüenta em cinqüenta os escondeu numa cova, e os sustentou com pão e água.)
5 Disse Acabe a Obadias: Vai pela terra a todas as fontes de água e a todos os vales; pode ser que achemos erva, para que salvemos a vida aos cavalos e mulos e não percamos todos os animais.
6 Repartiram entre si a terra, para a percorrerem; Acabe foi à parte por um caminho, e Obadias foi sozinho por outro.
7 Estando Obadias já de caminho, eis que Elias se encontrou com ele. Obadias, reconhecendo-o, prostrou-se com o rosto em terra e disse: És tu meu senhor Elias?
8 Respondeu-lhe ele: Sou eu; vai e dize a teu senhor: Eis que aí está Elias.
9 Porém ele disse: Em que pequei, para que entregues teu servo na mão de Acabe, e ele me mate?
10 Tão certo como vive o SENHOR, teu Deus, não houve nação nem reino aonde o meu senhor não mandasse homens à tua procura; e, dizendo eles: Aqui não está; fazia jurar aquele reino e aquela nação que te não haviam achado.
11 Agora, tu dizes: Vai, dize a teu senhor: Eis que aí está Elias.
12 Poderá ser que, apartando-me eu de ti, o Espírito do SENHOR te leve não sei para onde, e, vindo eu a dar as novas a Acabe, e não te achando ele, me matará; eu, contudo, teu servo, temo ao SENHOR desde a minha mocidade.
13 Acaso, não disseram a meu senhor o que fiz, quando Jezabel matava os profetas do SENHOR, como escondi cem homens dos profetas do SENHOR, de cinqüenta em cinqüenta, numas covas, e os sustentei com pão e água?
14 E, agora, tu dizes: Vai, dize a teu senhor: Eis que aí está Elias. Ele me matará.
15 Disse Elias: Tão certo como vive o SENHOR dos Exércitos, perante cuja face estou, deveras, hoje, me apresentarei a ele.
16 Então, foi Obadias encontrar-se com Acabe e lho anunciou; e foi Acabe ter com Elias.
17 Vendo-o, disse-lhe: És tu, ó perturbador de Israel?
18 Respondeu Elias: Eu não tenho perturbado a Israel, mas tu e a casa de teu pai, porque deixastes os mandamentos do SENHOR e seguistes os baalins.
19 Agora, pois, manda ajuntar a mim todo o Israel no monte Carmelo, como também os quatrocentos e cinqüenta profetas de Baal e os quatrocentos profetas do poste-ídolo que comem da mesa de Jezabel.
20 Então, enviou Acabe mensageiros a todos os filhos de Israel e ajuntou os profetas no monte Carmelo.
21 Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o SENHOR é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu.
22 Então, disse Elias ao povo: Só eu fiquei dos profetas do SENHOR, e os profetas de Baal são quatrocentos e cinqüenta homens.
23 Dêem-se-nos, pois, dois novilhos; escolham eles para si um dos novilhos e, dividindo-o em pedaços, o ponham sobre a lenha, porém não lhe metam fogo; eu prepararei o outro novilho, e o porei sobre a lenha, e não lhe meterei fogo.
24 Então, invocai o nome de vosso deus, e eu invocarei o nome do SENHOR; e há de ser que o deus que responder por fogo esse é que é Deus. E todo o povo respondeu e disse: É boa esta palavra.
25 Disse Elias aos profetas de Baal: Escolhei para vós outros um dos novilhos, e preparai-o primeiro, porque sois muitos, e invocai o nome de vosso deus; e não lhe metais fogo.
26 Tomaram o novilho que lhes fora dado, prepararam-no e invocaram o nome de Baal, desde a manhã até ao meio-dia, dizendo: Ah! Baal, responde-nos! Porém não havia uma voz que respondesse; e, manquejando, se movimentavam ao redor do altar que tinham feito.
27 Ao meio-dia, Elias zombava deles, dizendo: Clamai em altas vozes, porque ele é deus; pode ser que esteja meditando, ou atendendo a necessidades, ou de viagem, ou a dormir e despertará.
28 E eles clamavam em altas vozes e se retalhavam com facas e com lancetas, segundo o seu costume, até derramarem sangue.
29 Passado o meio-dia, profetizaram eles, até que a oferta de manjares se oferecesse; porém não houve voz, nem resposta, nem atenção alguma.
30 Então, Elias disse a todo o povo: Chegai-vos a mim. E todo o povo se chegou a ele; Elias restaurou o altar do SENHOR, que estava em ruínas.
31 Tomou doze pedras, segundo o número das tribos dos filhos de Jacó, ao qual viera a palavra do SENHOR, dizendo: Israel será o teu nome.
32 Com aquelas pedras edificou o altar em nome do SENHOR; depois, fez um rego em redor do altar tão grande como para semear duas medidas de sementes.
33 Então, armou a lenha, dividiu o novilho em pedaços, pô-lo sobre a lenha
34 e disse: Enchei de água quatro cântaros e derramai-a sobre o holocausto e sobre a lenha. Disse ainda: Fazei-o segunda vez; e o fizeram. Disse mais: Fazei-o terceira vez; e o fizeram terceira vez.
35 De maneira que a água corria ao redor do altar; ele encheu também de água o rego.
36 No devido tempo, para se apresentar a oferta de manjares, aproximou-se o profeta Elias e disse: Ó SENHOR, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, fique, hoje, sabido que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo e que, segundo a tua palavra, fiz todas estas coisas.
37 Responde-me, SENHOR, responde-me, para que este povo saiba que tu, SENHOR, és Deus e que a ti fizeste retroceder o coração deles.
38 Então, caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e a terra, e ainda lambeu a água que estava no rego.
39 O que vendo todo o povo, caiu de rosto em terra e disse: O SENHOR é Deus! O SENHOR é Deus!
40 Disse-lhes Elias: Lançai mão dos profetas de Baal, que nem um deles escape. Lançaram mão deles; e Elias os fez descer ao ribeiro de Quisom e ali os matou.
41 Então, disse Elias a Acabe: Sobe, come e bebe, porque já se ouve ruído de abundante chuva.
42 Subiu Acabe a comer e a beber; Elias, porém, subiu ao cimo do Carmelo, e, encurvado para a terra, meteu o rosto entre os joelhos,
43 e disse ao seu moço: Sobe e olha para o lado do mar. Ele subiu, olhou e disse: Não há nada. Então, lhe disse Elias: Volta. E assim por sete vezes.
44 À sétima vez disse: Eis que se levanta do mar uma nuvem pequena como a palma da mão do homem. Então, disse ele: Sobe e dize a Acabe: Aparelha o teu carro e desce, para que a chuva não te detenha.
45 Dentro em pouco, os céus se enegreceram, com nuvens e vento, e caiu grande chuva. Acabe subiu ao carro e foi para Jezreel.
46 A mão do SENHOR veio sobre Elias, o qual cingiu os lombos e correu adiante de Acabe, até à entrada de Jezreel.


I REIS 19


1 Acabe fez saber a Jezabel tudo quanto Elias havia feito e como matara todos os profetas à espada.
2 Então, Jezabel mandou um mensageiro a Elias a dizer-lhe: Façam-me os deuses como lhes aprouver se amanhã a estas horas não fizer eu à tua vida como fizeste a cada um deles.
3 Temendo, pois, Elias, levantou-se, e, para salvar sua vida, se foi, e chegou a Berseba, que pertence a Judá; e ali deixou o seu moço.
4 Ele mesmo, porém, se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte e disse: Basta; toma agora, ó SENHOR, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais.
5 Deitou-se e dormiu debaixo do zimbro; eis que um anjo o tocou e lhe disse: Levanta-te e come.
6 Olhou ele e viu, junto à cabeceira, um pão cozido sobre pedras em brasa e uma botija de água. Comeu, bebeu e tornou a dormir.
7 Voltou segunda vez o anjo do SENHOR, tocou-o e lhe disse: Levanta-te e come, porque o caminho te será sobremodo longo.
8 Levantou-se, pois, comeu e bebeu; e, com a força daquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus.
9 Ali, entrou numa caverna, onde passou a noite; e eis que lhe veio a palavra do SENHOR e lhe disse: Que fazes aqui, Elias?
10 Ele respondeu: Tenho sido zeloso pelo SENHOR, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida.
11 Disse-lhe Deus: Sai e põe-te neste monte perante o SENHOR. Eis que passava o SENHOR; e um grande e forte vento fendia os montes e despedaçava as penhas diante do SENHOR, porém o SENHOR não estava no vento; depois do vento, um terremoto, mas o SENHOR não estava no terremoto;
12 depois do terremoto, um fogo, mas o SENHOR não estava no fogo; e, depois do fogo, um cicio tranqüilo e suave.
13 Ouvindo-o Elias, envolveu o rosto no seu manto e, saindo, pôs-se à entrada da caverna. Eis que lhe veio uma voz e lhe disse: Que fazes aqui, Elias?
14 Ele respondeu: Tenho sido em extremo zeloso pelo SENHOR, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida.
15 Disse-lhe o SENHOR: Vai, volta ao teu caminho para o deserto de Damasco e, em chegando lá, unge a Hazael rei sobre a Síria.
16 A Jeú, filho de Ninsi, ungirás rei sobre Israel e também Eliseu, filho de Safate, de Abel-Meolá, ungirás profeta em teu lugar.
17 Quem escapar à espada de Hazael, Jeú o matará; quem escapar à espada de Jeú, Eliseu o matará.
18 Também conservei em Israel sete mil, todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que o não beijou.
19 Partiu, pois, Elias dali e achou a Eliseu, filho de Safate, que andava lavrando com doze juntas de bois adiante dele; ele estava com a duodécima. Elias passou por ele e lançou o seu manto sobre ele.
20 Então, deixou este os bois, correu após Elias e disse: Deixa-me beijar a meu pai e a minha mãe e, então, te seguirei. Elias respondeu-lhe: Vai e volta; pois já sabes o que fiz contigo.
21 Voltou Eliseu de seguir a Elias, tomou a junta de bois, e os imolou, e, com os aparelhos dos bois, cozeu as carnes, e as deu ao povo, e comeram. Então, se dispôs, e seguiu a Elias, e o servia.


I REIS 20


1 Ben-Hadade, rei da Síria, ajuntou todo o seu exército; havia com ele trinta e dois reis, e cavalos, e carros. Subiu, cercou a Samaria e pelejou contra ela.
2 Enviou mensageiros à cidade, a Acabe, rei de Israel,
3 que lhe disseram: Assim diz Ben-Hadade: A tua prata e o teu ouro são meus; tuas mulheres e os melhores de teus filhos são meus.
4 Respondeu o rei de Israel e disse: Seja conforme a tua palavra, ó rei, meu senhor; eu sou teu, e tudo o que tenho.
5 Tornaram a vir os mensageiros e disseram: Assim diz Ben-Hadade: Enviei-te, na verdade, mensageiros que dissessem: Tens de entregar-me a tua prata, o teu ouro, as tuas mulheres e os teus filhos.
6 Todavia, amanhã a estas horas enviar-te-ei os meus servos, que esquadrinharão a tua casa e as casas dos teus oficiais, meterão as mãos em tudo o que for aprazível aos teus olhos e o levarão.
7 Então, o rei de Israel chamou todos os anciãos da sua terra e lhes disse: Notai e vede como este homem procura o mal; pois me mandou exigir minhas mulheres, meus filhos, minha prata e meu ouro, e não lho neguei.
8 Todos os anciãos e todo o povo lhe disseram: Não lhe dês ouvidos, nem o consintas.
9 Pelo que disse aos mensageiros de Ben-Hadade: Dizei ao rei, meu senhor: Tudo o que primeiro demandaste do teu servo farei, porém isto, agora, não posso consentir. E se foram os mensageiros e deram esta resposta.
10 Ben-Hadade tornou a enviar mensageiros, dizendo: Façam-me os deuses como lhes aprouver, se o pó de Samaria bastar para encher as mãos de todo o povo que me segue.
11 Porém o rei de Israel respondeu e disse: Dizei-lhe: Não se gabe quem se cinge como aquele que vitorioso se descinge.
12 Tendo Ben-Hadade ouvido esta resposta, quando bebiam ele e os reis nas tendas, disse aos seus servos: Ponde-vos de prontidão. E eles se puseram de prontidão contra a cidade.
13 Eis que um profeta se chegou a Acabe, rei de Israel, e lhe disse: Assim diz o SENHOR: Viste toda esta grande multidão? Pois, hoje, a entregarei nas tuas mãos, e saberás que eu sou o SENHOR.
14 Perguntou Acabe: Por quem? Ele respondeu: Assim diz o SENHOR: Pelos moços dos chefes das províncias. E disse: Quem começará a peleja? Tu! —respondeu ele.
15 Então, contou os moços dos chefes das províncias, e eram duzentos e trinta e dois; depois, contou todo o povo, todos os filhos de Israel, sete mil.
16 Saíram ao meio-dia. Ben-Hadade, porém, estava bebendo e embriagando-se nas tendas, ele e os reis, os trinta e dois reis que o ajudavam.
17 Saíram primeiro os moços dos chefes das províncias; Ben-Hadade mandou observadores que lhe deram avisos, dizendo: Saíram de Samaria uns homens.
18 Ele disse: Quer venham tratar de paz, tomai-os vivos; quer venham pelejar, tomai-os vivos.
19 Saíram, pois, da cidade os moços dos chefes das províncias e o exército que os seguia.
20 Eles feriram, cada um ao homem que se lhe opunha; os siros fugiram, e Israel os perseguiu; porém Ben-Hadade, rei da Síria, escapou a cavalo, com alguns cavaleiros.
21 Saiu o rei de Israel e destroçou os cavalos e os carros; e feriu os siros com grande estrago.
22 Então, o profeta se chegou ao rei de Israel e lhe disse: Vai, sê forte, considera e vê o que hás de fazer; porque daqui a um ano subirá o rei da Síria contra ti.
23 Os servos do rei da Síria lhe disseram: Seus deuses são deuses dos montes; por isso, foram mais fortes do que nós; mas pelejemos contra eles em planície, e, por certo, seremos mais fortes do que eles.
24 Faze, pois, isto: tira os reis, cada um do seu lugar, e substitui-os por capitães,
25 e forma outro exército igual em número ao que perdeste, com outros tantos cavalos e outros tantos carros, e pelejemos contra eles em planície e, por certo, seremos mais fortes do que eles. Ele deu ouvidos ao que disseram e assim o fez.
26 Decorrido um ano, Ben-Hadade passou revista aos siros e subiu a Afeca para pelejar contra Israel.
27 Também aos filhos de Israel se passou revista, foram providos de víveres e marcharam contra eles. Os filhos de Israel acamparam-se defronte deles, como dois pequenos rebanhos de cabras; mas os siros enchiam a terra.
28 Chegou um homem de Deus, e falou ao rei de Israel, e disse: Assim diz o SENHOR: Porquanto os siros disseram: O SENHOR é deus dos montes e não dos vales, toda esta grande multidão entregarei nas tuas mãos, e assim sabereis que eu sou o SENHOR.
29 Sete dias estiveram acampados uns defronte dos outros. Ao sétimo dia, travou-se a batalha, e os filhos de Israel, num só dia, feriram dos siros cem mil homens de pé.
30 Os restantes fugiram para Afeca e entraram na cidade; e caiu o muro sobre os vinte e sete mil homens que restaram. Ben-Hadade fugiu, veio à cidade e se escondia de câmara em câmara.
31 Então, lhe disseram os seus servos: Eis que temos ouvido que os reis da casa de Israel são reis clementes; ponhamos, pois, panos de saco sobre os lombos e cordas à roda da cabeça e saiamos ao rei de Israel; pode ser que ele te poupe a vida.
32 Então, se cingiram com pano de saco pelos lombos, puseram cordas à roda da cabeça, vieram ao rei de Israel e disseram: Diz o teu servo Ben-Hadade: Poupa-me a vida. Disse Acabe: Pois ainda vive? É meu irmão.
33 Aqueles homens tomaram isto por presságio, valeram-se logo dessa palavra; e disseram: Teu irmão Ben-Hadade! Ele disse: Vinde, trazei-mo. Então, Ben-Hadade saiu a ter com ele, e ele o fez subir ao carro.
34 Ben-Hadade disse-lhe: As cidades que meu pai tomou a teu pai, eu tas restituirei; monta os teus bazares em Damasco, como meu pai o fez em Samaria. E eu, disse Acabe, com esta aliança, te deixarei livre. Fez com ele aliança e o despediu.
35 Então, um dos discípulos dos profetas disse ao seu companheiro por ordem do SENHOR: Esmurra-me; mas o homem recusou fazê-lo.
36 Ele lhe disse: Visto que não obedeceste à voz do SENHOR, eis que, em te apartando de mim, um leão te matará. Tendo ele se apartado, um leão o encontrou e o matou.
37 Encontrando o profeta outro homem, lhe disse: Esmurra-me. Ele o esmurrou e o feriu.
38 Então, se foi o profeta e se pôs no caminho do rei, disfarçado com uma venda sobre os olhos.
39 Ao passar o rei, gritou e disse: Teu servo estava no meio da peleja, quando, voltando-se-me um companheiro, me trouxe um homem e me disse: Vigia este homem; se vier a faltar, a tua vida responderá pela vida dele ou pagarás um talento de prata.
40 Estando o teu servo ocupado daqui e dali, ele se foi. Respondeu-lhe o rei de Israel: Esta é a tua sentença; tu mesmo a pronunciaste.
41 Então, ele se apressou e tirou a venda de sobre os seus olhos; e o rei de Israel reconheceu que era um dos profetas.
42 E disse-lhe: Assim diz o SENHOR: Porquanto soltaste da mão o homem que eu havia condenado, a tua vida será em lugar da sua vida, e o teu povo, em lugar do seu povo.
43 Foi-se o rei de Israel para sua casa, desgostoso e indignado, e chegou a Samaria.


I REIS 21


1 Sucedeu, depois disto, o seguinte: Nabote, o jezreelita, possuía uma vinha ao lado do palácio que Acabe, rei de Samaria, tinha em Jezreel.
2 Disse Acabe a Nabote: Dá-me a tua vinha, para que me sirva de horta, pois está perto, ao lado da minha casa. Dar-te-ei por ela outra, melhor; ou, se for do teu agrado, dar-te-ei em dinheiro o que ela vale.
3 Porém Nabote disse a Acabe: Guarde-me o SENHOR de que eu dê a herança de meus pais.
4 Então, Acabe veio desgostoso e indignado para sua casa, por causa da palavra que Nabote, o jezreelita, lhe falara, quando disse: Não te darei a herança de meus pais. E deitou-se na sua cama, voltou o rosto e não comeu pão.
5 Porém, vindo Jezabel, sua mulher, ter com ele, lhe disse: Que é isso que tens assim desgostoso o teu espírito e não comes pão?
6 Ele lhe respondeu: Porque falei a Nabote, o jezreelita, e lhe disse: Dá-me a tua vinha por dinheiro; ou, se te apraz, dar-te-ei outra em seu lugar. Porém ele disse: Não te darei a minha vinha.
7 Então, Jezabel, sua mulher, lhe disse: Governas tu, com efeito, sobre Israel? Levanta-te, come, e alegre-se o teu coração; eu te darei a vinha de Nabote, o jezreelita.
8 Então, escreveu cartas em nome de Acabe, selou-as com o sinete dele e as enviou aos anciãos e aos nobres que havia na sua cidade e habitavam com Nabote.
9 E escreveu nas cartas, dizendo: Apregoai um jejum e trazei Nabote para a frente do povo.
10 Fazei sentar defronte dele dois homens malignos, que testemunhem contra ele, dizendo: Blasfemaste contra Deus e contra o rei. Depois, levai-o para fora e apedrejai-o, para que morra.
11 Os homens da sua cidade, os anciãos e os nobres que nela habitavam fizeram como Jezabel lhes ordenara, segundo estava escrito nas cartas que lhes havia mandado.
12 Apregoaram um jejum e trouxeram Nabote para a frente do povo.
13 Então, vieram dois homens malignos, sentaram-se defronte dele e testemunharam contra ele, contra Nabote, perante o povo, dizendo: Nabote blasfemou contra Deus e contra o rei. E o levaram para fora da cidade e o apedrejaram, e morreu.
14 Então, mandaram dizer a Jezabel: Nabote foi apedrejado e morreu.
15 Tendo Jezabel ouvido que Nabote fora apedrejado e morrera, disse a Acabe: Levanta-te e toma posse da vinha que Nabote, o jezreelita, recusou dar-te por dinheiro; pois Nabote já não vive, mas é morto.
16 Tendo Acabe ouvido que Nabote era morto, levantou-se para descer para a vinha de Nabote, o jezreelita, para tomar posse dela.
17 Então, veio a palavra do SENHOR a Elias, o tesbita, dizendo:
18 Dispõe-te, desce para encontrar-te com Acabe, rei de Israel, que habita em Samaria; eis que está na vinha de Nabote, aonde desceu para tomar posse dela.
19 Falar-lhe-ás, dizendo: Assim diz o SENHOR: Mataste e, ainda por cima, tomaste a herança? Dir-lhe-ás mais: Assim diz o SENHOR: No lugar em que os cães lamberam o sangue de Nabote, cães lamberão o teu sangue, o teu mesmo.
20 Perguntou Acabe a Elias: Já me achaste, inimigo meu? Respondeu ele: Achei-te, porquanto já te vendeste para fazeres o que é mau perante o SENHOR.
21 Eis que trarei o mal sobre ti, arrancarei a tua posteridade e exterminarei de Acabe a todo do sexo masculino, quer escravo quer livre, em Israel.
22 Farei a tua casa como a casa de Jeroboão, filho de Nebate, e como a casa de Baasa, filho de Aías, por causa da provocação com que me irritaste e fizeste pecar a Israel.
23 Também de Jezabel falou o SENHOR: Os cães devorarão Jezabel dentro dos muros de Jezreel.
24 Quem morrer de Acabe na cidade, os cães o comerão, e quem morrer no campo, as aves do céu o comerão.
25 Ninguém houve, pois, como Acabe, que se vendeu para fazer o que era mau perante o SENHOR, porque Jezabel, sua mulher, o instigava;
26 que fez grandes abominações, seguindo os ídolos, segundo tudo o que fizeram os amorreus, os quais o SENHOR lançou de diante dos filhos de Israel.
27 Tendo Acabe ouvido estas palavras, rasgou as suas vestes, cobriu de pano de saco o seu corpo e jejuou; dormia em panos de saco e andava cabisbaixo.
28 Então, veio a palavra do SENHOR a Elias, o tesbita, dizendo:
29 Não viste que Acabe se humilha perante mim? Portanto, visto que se humilha perante mim, não trarei este mal nos seus dias, mas nos dias de seu filho o trarei sobre a sua casa.


I REIS 22


1 Três anos se passaram sem haver guerra entre a Síria e Israel.
2 Porém, no terceiro ano, desceu Josafá, rei de Judá, para avistar-se com o rei de Israel.
3 Disse o rei de Israel aos seus servos: Não sabeis vós que Ramote-Gileade é nossa, e nós hesitamos em tomá-la das mãos do rei da Síria?
4 Então, perguntou a Josafá: Irás tu comigo à peleja, a Ramote-Gileade? Respondeu Josafá ao rei de Israel: Serei como tu és, o meu povo, como o teu povo, os meus cavalos, como os teus cavalos.
5 Disse mais Josafá ao rei de Israel: Consulta primeiro a palavra do SENHOR.
6 Então, o rei de Israel ajuntou os profetas, cerca de quatrocentos homens, e lhes disse: Irei à peleja contra Ramote-Gileade ou deixarei de ir? Eles disseram: Sobe, porque o Senhor a entregará nas mãos do rei.
7 Disse, porém, Josafá: Não há aqui ainda algum profeta do SENHOR para o consultarmos?
8 Respondeu o rei de Israel a Josafá: Há um ainda, pelo qual se pode consultar o SENHOR, porém eu o aborreço, porque nunca profetiza de mim o que é bom, mas somente o que é mau. Este é Micaías, filho de Inlá. Disse Josafá: Não fale o rei assim.
9 Então, o rei de Israel chamou um oficial e disse: Traze-me depressa Micaías, filho de Inlá.
10 O rei de Israel e Josafá, rei de Judá, estavam assentados, cada um no seu trono, vestidos de trajes reais, numa eira à entrada da porta de Samaria; e todos os profetas profetizavam diante deles.
11 Zedequias, filho de Quenaana, fez para si uns chifres de ferro e disse: Assim diz o SENHOR: Com este escornearás os siros até de todo os consumir.
12 Todos os profetas profetizaram assim, dizendo: Sobe a Ramote-Gileade e triunfarás, porque o SENHOR a entregará nas mãos do rei.
13 O mensageiro que fora chamar a Micaías falou-lhe, dizendo: Eis que as palavras dos profetas a uma voz predizem coisas boas para o rei; seja, pois, a tua palavra como a palavra de um deles e fala o que é bom.
14 Respondeu Micaías: Tão certo como vive o SENHOR, o que o SENHOR me disser, isso falarei.
15 E, vindo ele ao rei, este lhe perguntou: Micaías, iremos a Ramote-Gileade à peleja ou deixaremos de ir? Ele lhe respondeu: Sobe e triunfarás, porque o SENHOR a entregará nas mãos do rei.
16 O rei lhe disse: Quantas vezes te conjurarei, que não me fales senão a verdade em nome do SENHOR?
17 Então, disse ele: Vi todo o Israel disperso pelos montes, como ovelhas que não têm pastor; e disse o SENHOR: Estes não têm dono; torne cada um em paz para a sua casa.
18 Então, o rei de Israel disse a Josafá: Não te disse eu que ele não profetiza a meu respeito o que é bom, mas somente o que é mau?
19 Micaías prosseguiu: Ouve, pois, a palavra do SENHOR: Vi o SENHOR assentado no seu trono, e todo o exército do céu estava junto a ele, à sua direita e à sua esquerda.
20 Perguntou o SENHOR: Quem enganará a Acabe, para que suba e caia em Ramote-Gileade? Um dizia desta maneira, e outro, de outra.
21 Então, saiu um espírito, e se apresentou diante do SENHOR, e disse: Eu o enganarei. Perguntou-lhe o SENHOR: Com quê?
22 Respondeu ele: Sairei e serei espírito mentiroso na boca de todos os seus profetas. Disse o SENHOR: Tu o enganarás e ainda prevalecerás; sai e faze-o assim.
23 Eis que o SENHOR pôs o espírito mentiroso na boca de todos estes teus profetas e o SENHOR falou o que é mau contra ti.
24 Então, Zedequias, filho de Quenaana, chegou, deu uma bofetada em Micaías e disse: Por onde saiu de mim o Espírito do SENHOR para falar a ti?
25 Disse Micaías: Eis que o verás naquele mesmo dia, quando entrares de câmara em câmara, para te esconderes.
26 Então, disse o rei de Israel: Tomai Micaías e devolvei-o a Amom, governador da cidade, e a Joás, filho do rei;
27 e direis: Assim diz o rei: Metei este homem na casa do cárcere e angustiai-o, com escassez de pão e de água, até que eu volte em paz.
28 Disse Micaías: Se voltares em paz, não falou o SENHOR, na verdade, por mim. Disse mais: Ouvi isto, vós, todos os povos!
29 Subiram o rei de Israel e Josafá, rei de Judá, a Ramote-Gileade.
30 Disse o rei de Israel a Josafá: Eu me disfarçarei e entrarei na peleja; tu, porém, traja as tuas vestes. Disfarçou-se, pois, o rei de Israel e entrou na peleja.
31 Ora, o rei da Síria dera ordem aos trinta e dois capitães dos seus carros, dizendo: Não pelejareis nem contra pequeno nem contra grande, mas somente contra o rei de Israel.
32 Vendo os capitães dos carros Josafá, disseram: Certamente, este é o rei de Israel. E a ele se dirigiram para o atacar. Porém Josafá gritou.
33 Vendo os capitães dos carros que não era o rei de Israel, deixaram de o perseguir.
34 Então, um homem entesou o arco e, atirando ao acaso, feriu o rei de Israel por entre as juntas da sua armadura; então, disse este ao seu cocheiro: Vira e leva-me para fora do combate, porque estou gravemente ferido.
35 A peleja tornou-se renhida naquele dia; quanto ao rei, seguraram-no de pé no carro defronte dos siros, mas à tarde morreu. O sangue corria da ferida para o fundo do carro.
36 Ao pôr-do-sol, fez-se ouvir um pregão pelo exército, que dizia: Cada um para a sua cidade, e cada um para a sua terra!
37 Morto o rei, levaram-no a Samaria, onde o sepultaram.
38 Quando lavaram o carro junto ao açude de Samaria, os cães lamberam o sangue do rei, segundo a palavra que o SENHOR tinha dito; as prostitutas banharam-se nestas águas.
39 Quanto aos mais atos de Acabe, e a tudo quanto fez, e à casa de marfim que construiu, e a todas as cidades que edificou, porventura, não estão escritos no Livro da História dos Reis de Israel?
40 Assim, descansou Acabe com seus pais; e Acazias, seu filho, reinou em seu lugar.
41 E Josafá, filho de Asa, começou a reinar sobre Judá no quarto ano de Acabe, rei de Israel.
42 Era Josafá da idade de trinta e cinco anos quando começou a reinar; e vinte e cinco anos reinou em Jerusalém. Sua mãe se chamava Azuba, filha de Sili. (22-43) Ele andou em todos os caminhos de Asa, seu pai; não se desviou deles e fez o que era reto perante o SENHOR.
43 Todavia, os altos não se tiraram; neles, o povo ainda sacrificava e queimava incenso.
44 Josafá viveu em paz com o rei de Israel.
45 Quanto aos mais atos de Josafá, e ao poder que mostrou, e como guerreou, porventura, não estão escritos no Livro da História dos Reis de Judá?
46 Também exterminou da terra os restantes dos prostitutos-cultuais que ficaram nos dias de Asa, seu pai.
47 Então, não havia rei em Edom, porém reinava um governador.
48 Fez Josafá navios de Társis, para irem a Ofir em busca de ouro; porém não foram, porque os navios se quebraram em Eziom-Geber.
49 Então, Acazias, filho de Acabe, disse a Josafá: Vão os meus servos embarcados com os teus. Porém Josafá não quis.
50 Josafá descansou com seus pais e foi sepultado na Cidade de Davi, seu pai; e Jeorão, seu filho, reinou em seu lugar.
51 Acazias, filho de Acabe, começou a reinar sobre Israel em Samaria, no décimo sétimo ano de Josafá, rei de Judá; e reinou dois anos sobre Israel.
52 Fez o que era mau perante o SENHOR; porque andou nos caminhos de seu pai, como também nos caminhos de sua mãe e nos caminhos de Jeroboão, filho de Nebate, que fez pecar a Israel.
53 Ele serviu a Baal, e o adorou, e provocou à ira ao SENHOR, Deus de Israel, segundo tudo quanto fizera seu pai.


II REIS 1


1 Depois da morte de Acabe, revoltou-se Moabe contra Israel.
2 E caiu Acazias pelas grades de um quarto alto, em Samaria, e adoeceu; enviou mensageiros e disse-lhes: Ide e consultai a Baal-Zebube, deus de Ecrom, se sararei desta doença.
3 Mas o Anjo do SENHOR disse a Elias, o tesbita: Dispõe-te, e sobe para te encontrares com os mensageiros do rei de Samaria, e dize-lhes: Porventura, não há Deus em Israel, para irdes consultar Baal-Zebube, deus de Ecrom?
4 Por isso, assim diz o SENHOR: Da cama a que subiste, não descerás, mas, sem falta, morrerás. Então, Elias partiu.
5 E os mensageiros voltaram para o rei, e este lhes perguntou: Que há, por que voltastes?
6 Eles responderam: Um homem nos subiu ao encontro e nos disse: Ide, voltai para o rei que vos mandou e dizei-lhe: Assim diz o SENHOR: Porventura, não há Deus em Israel, para que mandes consultar Baal-Zebube, deus de Ecrom? Portanto, da cama a que subiste, não descerás, mas, sem falta, morrerás.
7 Ele lhes perguntou: Qual era a aparência do homem que vos veio ao encontro e vos falou tais palavras?
8 Eles lhe responderam: Era homem vestido de pêlos, com os lombos cingidos de um cinto de couro. Então, disse ele: É Elias, o tesbita.
9 Então, lhe enviou o rei um capitão de cinqüenta, com seus cinqüenta soldados, que subiram ao profeta, pois este estava assentado no cimo do monte; disse-lhe o capitão: Homem de Deus, o rei diz: Desce.
10 Elias, porém, respondeu ao capitão de cinqüenta: Se eu sou homem de Deus, desça fogo do céu e te consuma a ti e aos teus cinqüenta. Então, fogo desceu do céu e o consumiu a ele e aos seus cinqüenta.
11 Tornou o rei a enviar-lhe outro capitão de cinqüenta, com os seus cinqüenta; este lhe falou e disse: Homem de Deus, assim diz o rei: Desce depressa.
12 Respondeu Elias e disse-lhe: Se eu sou homem de Deus, desça fogo do céu e te consuma a ti e aos teus cinqüenta. Então, fogo de Deus desceu do céu e o consumiu a ele e aos seus cinqüenta.
13 Tornou o rei a enviar terceira vez um capitão de cinqüenta, com os seus cinqüenta; então, subiu o capitão de cinqüenta. Indo ele, pôs-se de joelhos diante de Elias, e suplicou-lhe, e disse-lhe: Homem de Deus, seja, peço-te, preciosa aos teus olhos a minha vida e a vida destes cinqüenta, teus servos;
14 pois fogo desceu do céu e consumiu aqueles dois primeiros capitães de cinqüenta, com os seus cinqüenta; porém, agora, seja preciosa aos teus olhos a minha vida.
15 Então, o Anjo do SENHOR disse a Elias: Desce com este, não temas. Levantou-se e desceu com ele ao rei.
16 E disse a este: Assim diz o SENHOR: Por que enviaste mensageiros a consultar Baal-Zebube, deus de Ecrom? Será, acaso, por não haver Deus em Israel, cuja palavra se consultasse? Portanto, desta cama a que subiste, não descerás, mas, sem falta, morrerás.
17 Assim, pois, morreu, segundo a palavra do SENHOR, que Elias falara; e Jorão, seu irmão, começou a reinar no seu lugar, no ano segundo de Jeorão, filho de Josafá, rei de Judá, porquanto Acazias não tinha filhos.
18 Quanto aos mais atos de Acazias e ao que fez, porventura, não estão escritos no Livro da História dos Reis de Israel?


II REIS 2


1 Quando estava o SENHOR para tomar Elias ao céu por um redemoinho, Elias partiu de Gilgal em companhia de Eliseu.
2 Disse Elias a Eliseu: Fica-te aqui, porque o SENHOR me enviou a Betel. Respondeu Eliseu: Tão certo como vive o SENHOR e vive a tua alma, não te deixarei. E, assim, desceram a Betel.
3 Então, os discípulos dos profetas que estavam em Betel saíram ao encontro de Eliseu e lhe disseram: Sabes que o SENHOR, hoje, tomará o teu senhor, elevando-o por sobre a tua cabeça? Respondeu ele: Também eu o sei; calai-vos.
4 Disse Elias a Eliseu: Fica-te aqui, porque o SENHOR me enviou a Jericó. Porém ele disse: Tão certo como vive o SENHOR e vive a tua alma, não te deixarei. E, assim, foram a Jericó.
5 Então, os discípulos dos profetas que estavam em Jericó se chegaram a Eliseu e lhe disseram: Sabes que o SENHOR, hoje, tomará o teu senhor, elevando-o por sobre a tua cabeça? Respondeu ele: Também eu o sei; calai-vos.
6 Disse-lhe, pois, Elias: Fica-te aqui, porque o SENHOR me enviou ao Jordão. Mas ele disse: Tão certo como vive o SENHOR e vive a tua alma, não te deixarei. E, assim, ambos foram juntos.
7 Foram cinqüenta homens dos discípulos dos profetas e pararam a certa distância deles; eles ambos pararam junto ao Jordão.
8 Então, Elias tomou o seu manto, enrolou-o e feriu as águas, as quais se dividiram para os dois lados; e passaram ambos em seco.
9 Havendo eles passado, Elias disse a Eliseu: Pede-me o que queres que eu te faça, antes que seja tomado de ti. Disse Eliseu: Peço-te que me toque por herança porção dobrada do teu espírito.
10 Tornou-lhe Elias: Dura coisa pediste. Todavia, se me vires quando for tomado de ti, assim se te fará; porém, se não me vires, não se fará.
11 Indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho.
12 O que vendo Eliseu, clamou: Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros! E nunca mais o viu; e, tomando as suas vestes, rasgou-as em duas partes.
13 Então, levantou o manto que Elias lhe deixara cair e, voltando-se, pôs-se à borda do Jordão.
14 Tomou o manto que Elias lhe deixara cair, feriu as águas e disse: Onde está o SENHOR, Deus de Elias? Quando feriu ele as águas, elas se dividiram para um e outro lado, e Eliseu passou.
15 Vendo-o, pois, os discípulos dos profetas que estavam defronte, em Jericó, disseram: O espírito de Elias repousa sobre Eliseu. Vieram-lhe ao encontro e se prostraram diante dele em terra.
16 E lhe disseram: Eis que entre os teus servos há cinqüenta homens valentes; ora, deixa-os ir em procura do teu senhor; pode ser que o Espírito do SENHOR o tenha levado e lançado nalgum dos montes ou nalgum dos vales. Porém ele respondeu: Não os envieis.
17 Mas eles apertaram com ele, até que, constrangido, lhes disse: Enviai. E enviaram cinqüenta homens, que o procuraram três dias, porém não o acharam.
18 Então, voltaram para ele, pois permanecera em Jericó; e ele lhes disse: Não vos disse que não fôsseis?
19 Os homens da cidade disseram a Eliseu: Eis que é bem situada esta cidade, como vê o meu senhor, porém as águas são más, e a terra é estéril.
20 Ele disse: Trazei-me um prato novo e ponde nele sal. E lho trouxeram.
21 Então, saiu ele ao manancial das águas e deitou sal nele; e disse: Assim diz o SENHOR: Tornei saudáveis estas águas; já não procederá daí morte nem esterilidade.
22 Ficaram, pois, saudáveis aquelas águas, até ao dia de hoje, segundo a palavra que Eliseu tinha dito.
23 Então, subiu dali a Betel; e, indo ele pelo caminho, uns rapazinhos saíram da cidade, e zombavam dele, e diziam-lhe: Sobe, calvo! Sobe, calvo!
24 Virando-se ele para trás, viu-os e os amaldiçoou em nome do SENHOR; então, duas ursas saíram do bosque e despedaçaram quarenta e dois deles.
25 Dali, foi ele para o monte Carmelo, de onde voltou para Samaria.


II REIS 3


1 Jorão, filho de Acabe, começou a reinar sobre Israel, em Samaria, no décimo oitavo ano de Josafá, rei de Judá; e reinou doze anos.
2 Fez o que era mau perante o SENHOR; porém não como seu pai, nem como sua mãe; porque tirou a coluna de Baal, que seu pai fizera.
3 Contudo, aderiu aos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, que fizera pecar a Israel; não se apartou deles.
4 Então, Mesa, rei dos moabitas, era criador de gado e pagava o seu tributo ao rei de Israel com cem mil cordeiros e a lã de cem mil carneiros.
5 Tendo, porém, morrido Acabe, revoltou-se o rei de Moabe contra o rei de Israel.
6 Por isso, Jorão, ao mesmo tempo, saiu de Samaria e fez revista de todo o Israel.
7 Mandou dizer a Josafá, rei de Judá: O rei de Moabe se revoltou contra mim; irás tu comigo à guerra contra Moabe? Respondeu ele: Subirei; serei como tu és, o meu povo, como o teu povo, os meus cavalos, como os teus cavalos.
8 Então, perguntou Jorão: Por que caminho subiremos? Respondeu ele: Pelo caminho do deserto de Edom.
9 Partiram o rei de Israel, o rei de Judá e o rei de Edom; após sete dias de marcha, não havia água para o exército e para o gado que os seguiam.
10 Então, disse o rei de Israel: Ai! O SENHOR chamou a estes três reis para os entregar nas mãos de Moabe.
11 Perguntou, porém, Josafá: Não há, aqui, algum profeta do SENHOR, para que consultemos o SENHOR por ele? Respondeu um dos servos do rei de Israel: Aqui está Eliseu, filho de Safate, que deitava água sobre as mãos de Elias.
12 Disse Josafá: Está com ele a palavra do SENHOR. Então, o rei de Israel, Josafá e o rei de Edom desceram a ter com ele.
13 Mas Eliseu disse ao rei de Israel: Que tenho eu contigo? Vai aos profetas de teu pai e aos profetas de tua mãe. Porém o rei de Israel lhe disse: Não, porque o SENHOR é quem chamou estes três reis para os entregar nas mãos de Moabe.
14 Disse Eliseu: Tão certo como vive o SENHOR dos Exércitos, em cuja presença estou, se eu não respeitasse a presença de Josafá, rei de Judá, não te daria atenção, nem te contemplaria.
15 Ora, pois, trazei-me um tangedor. Quando o tangedor tocava, veio o poder de Deus sobre Eliseu.
16 Este disse: Assim diz o SENHOR: Fazei, neste vale, covas e covas.
17 Porque assim diz o SENHOR: Não sentireis vento, nem vereis chuva; todavia, este vale se encherá de tanta água, que bebereis vós, e o vosso gado, e os vossos animais.
18 Isto é ainda pouco aos olhos do SENHOR; de maneira que também entregará Moabe nas vossas mãos.
19 Ferireis todas as cidades fortificadas e todas as cidades principais, e todas as boas árvores cortareis, e tapareis todas as fontes de água, e danificareis com pedras todos os bons campos.
20 Pela manhã, ao apresentar-se a oferta de manjares, eis que vinham as águas pelo caminho de Edom; e a terra se encheu de água.
21 Ouvindo, pois, todos os moabitas que os reis tinham subido para pelejar contra eles, todos os que cingiam cinto, desde o mais novo até ao mais velho, foram convocados e postos nas fronteiras.
22 Levantando-se de madrugada, em saindo o sol sobre as águas, viram os moabitas defronte deles as águas vermelhas como sangue.
23 E disseram: Isto é sangue; certamente, os reis se destruíram e se mataram um ao outro! Agora, pois, à presa, ó Moabe!
24 Porém, chegando eles ao arraial de Israel, os israelitas se levantaram e feriram aos moabitas, os quais fugiram diante deles; entraram os israelitas na terra e também aí feriram aos moabitas.
25 Arrasaram as cidades, e cada um lançou a sua pedra em todos os bons campos, e os entulharam, e taparam todas as fontes de águas, e cortaram todas as boas árvores, até que só Quir-Haresete ficou com seus muros; mas os que atiravam com fundas a cercaram e a feriram.
26 Vendo o rei de Moabe que a peleja prevalecia contra ele, tomou consigo setecentos homens que arrancavam espada, para romperem contra o rei de Edom, porém não puderam.
27 Então, tomou a seu filho primogênito, que havia de reinar em seu lugar, e o ofereceu em holocausto sobre o muro; pelo que houve grande ira contra Israel; por isso, se retiraram dali e voltaram para a sua própria terra.


II REIS 4


1 Certa mulher, das mulheres dos discípulos dos profetas, clamou a Eliseu, dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que ele temia ao SENHOR. É chegado o credor para levar os meus dois filhos para lhe serem escravos.
2 Eliseu lhe perguntou: Que te hei de fazer? Dize-me que é o que tens em casa. Ela respondeu: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite.
3 Então, disse ele: Vai, pede emprestadas vasilhas a todos os teus vizinhos; vasilhas vazias, não poucas.
4 Então, entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos, e deita o teu azeite em todas aquelas vasilhas; põe à parte a que estiver cheia.
5 Partiu, pois, dele e fechou a porta sobre si e sobre seus filhos; estes lhe chegavam as vasilhas, e ela as enchia.
6 Cheias as vasilhas, disse ela a um dos filhos: Chega-me, aqui, mais uma vasilha. Mas ele respondeu: Não há mais vasilha nenhuma. E o azeite parou.
7 Então, foi ela e fez saber ao homem de Deus; ele disse: Vai, vende o azeite e paga a tua dívida; e, tu e teus filhos, vivei do resto.
8 Certo dia, passou Eliseu por Suném, onde se achava uma mulher rica, a qual o constrangeu a comer pão. Daí, todas as vezes que passava por lá, entrava para comer.
9 Ela disse a seu marido: Vejo que este que passa sempre por nós é santo homem de Deus.
10 Façamos-lhe, pois, em cima, um pequeno quarto, obra de pedreiro, e ponhamos-lhe nele uma cama, uma mesa, uma cadeira e um candeeiro; quando ele vier à nossa casa, retirar-se-á para ali.
11 Um dia, vindo ele para ali, retirou-se para o quarto e se deitou.
12 Então, disse ao seu moço Geazi: Chama esta sunamita. Chamando-a ele, ela se pôs diante do profeta.
13 Este dissera ao seu moço: Dize-lhe: Eis que tu nos tens tratado com muita abnegação; que se há de fazer por ti? Haverá alguma coisa de que se fale a teu favor ao rei ou ao comandante do exército? Ela respondeu: Habito no meio do meu povo.
14 Então, disse o profeta: Que se há de fazer por ela? Geazi respondeu: Ora, ela não tem filho, e seu marido é velho.
15 Disse Eliseu: Chama-a. Chamando-a ele, ela se pôs à porta.
16 Disse-lhe o profeta: Por este tempo, daqui a um ano, abraçarás um filho. Ela disse: Não, meu senhor, homem de Deus, não mintas à tua serva.
17 Concebeu a mulher e deu à luz um filho, no tempo determinado, quando fez um ano, segundo Eliseu lhe dissera.
18 Tendo crescido o menino, saiu, certo dia, a ter com seu pai, que estava com os segadores.
19 Disse a seu pai: Ai! A minha cabeça! Então, o pai disse ao seu moço: Leva-o a sua mãe.
20 Ele o tomou e o levou a sua mãe, sobre cujos joelhos ficou sentado até ao meio-dia, e morreu.
21 Subiu ela e o deitou sobre a cama do homem de Deus; fechou a porta e saiu.
22 Chamou a seu marido e lhe disse: Manda-me um dos moços e uma das jumentas, para que eu corra ao homem de Deus e volte.
23 Perguntou ele: Por que vais a ele hoje? Não é dia de Festa da Lua Nova nem sábado. Ela disse: Não faz mal.
24 Então, fez ela albardar a jumenta e disse ao moço: Guia e anda, não te detenhas no caminhar, senão quando eu to disser.
25 Partiu ela, pois, e foi ter com o homem de Deus, ao monte Carmelo. Vendo-a de longe o homem de Deus, disse a Geazi, seu moço: Eis aí a sunamita;
26 corre ao seu encontro e dize-lhe: Vai tudo bem contigo, com teu marido, com o menino? Ela respondeu: Tudo bem.
27 Chegando ela, pois, ao homem de Deus, ao monte, abraçou-lhe os pés. Então, se chegou Geazi para arrancá-la; mas o homem de Deus lhe disse: Deixa-a, porque a sua alma está em amargura, e o SENHOR mo encobriu e não mo manifestou.
28 Disse ela: Pedi eu a meu senhor algum filho? Não disse eu: Não me enganes?
29 Disse o profeta a Geazi: Cinge os lombos, toma o meu bordão contigo e vai. Se encontrares alguém, não o saúdes, e, se alguém te saudar, não lhe respondas; põe o meu bordão sobre o rosto do menino.
30 Porém disse a mãe do menino: Tão certo como vive o SENHOR e vive a tua alma, não te deixarei. Então, ele se levantou e a seguiu.
31 Geazi passou adiante deles e pôs o bordão sobre o rosto do menino; porém não houve nele voz nem sinal de vida; então, voltou a encontrar-se com Eliseu, e lhe deu aviso, e disse: O menino não despertou.
32 Tendo o profeta chegado à casa, eis que o menino estava morto sobre a cama.
33 Então, entrou, fechou a porta sobre eles ambos e orou ao SENHOR.
34 Subiu à cama, deitou-se sobre o menino e, pondo a sua boca sobre a boca dele, os seus olhos sobre os olhos dele e as suas mãos sobre as mãos dele, se estendeu sobre ele; e a carne do menino aqueceu.
35 Então, se levantou, e andou no quarto uma vez de lá para cá, e tornou a subir, e se estendeu sobre o menino; este espirrou sete vezes e abriu os olhos.
36 Então, chamou a Geazi e disse: Chama a sunamita. Ele a chamou, e, apresentando-se ela ao profeta, este lhe disse: Toma o teu filho.
37 Ela entrou, lançou-se aos pés dele e prostrou-se em terra; tomou o seu filho e saiu.
38 Voltou Eliseu para Gilgal. Havia fome naquela terra, e, estando os discípulos dos profetas assentados diante dele, disse ao seu moço: Põe a panela grande ao lume e faze um cozinhado para os discípulos dos profetas.
39 Então, saiu um ao campo a apanhar ervas e achou uma trepadeira silvestre; e, colhendo dela, encheu a sua capa de colocíntidas; voltou e cortou-as em pedaços, pondo-os na panela, visto que não as conheciam.
40 Depois, deram de comer aos homens. Enquanto comiam do cozinhado, exclamaram: Morte na panela, ó homem de Deus! E não puderam comer.
41 Porém ele disse: Trazei farinha. Ele a deitou na panela e disse: Tira de comer para o povo. E já não havia mal nenhum na panela.
42 Veio um homem de Baal-Salisa e trouxe ao homem de Deus pães das primícias, vinte pães de cevada, e espigas verdes no seu alforje. Disse Eliseu: Dá ao povo para que coma.
43 Porém seu servo lhe disse: Como hei de eu pôr isto diante de cem homens? Ele tornou a dizer: Dá-o ao povo, para que coma; porque assim diz o SENHOR: Comerão, e sobejará.
44 Então, lhos pôs diante; comeram, e ainda sobrou, conforme a palavra do SENHOR.


II REIS 5


1 Naamã, comandante do exército do rei da Síria, era grande homem diante do seu senhor e de muito conceito, porque por ele o SENHOR dera vitória à Síria; era ele herói da guerra, porém leproso.
2 Saíram tropas da Síria, e da terra de Israel levaram cativa uma menina, que ficou ao serviço da mulher de Naamã.
3 Disse ela à sua senhora: Tomara o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra.
4 Então, foi Naamã e disse ao seu senhor: Assim e assim falou a jovem que é da terra de Israel.
5 Respondeu o rei da Síria: Vai, anda, e enviarei uma carta ao rei de Israel. Ele partiu e levou consigo dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez vestes festivais.
6 Levou também ao rei de Israel a carta, que dizia: Logo, em chegando a ti esta carta, saberás que eu te enviei Naamã, meu servo, para que o cures da sua lepra.
7 Tendo lido o rei de Israel a carta, rasgou as suas vestes e disse: Acaso, sou Deus com poder de tirar a vida ou dá-la, para que este envie a mim um homem para eu curá-lo de sua lepra? Notai, pois, e vede que procura um pretexto para romper comigo.
8 Ouvindo, porém, Eliseu, homem de Deus, que o rei de Israel rasgara as suas vestes, mandou dizer ao rei: Por que rasgaste as tuas vestes? Deixa-o vir a mim, e saberá que há profeta em Israel.
9 Veio, pois, Naamã com os seus cavalos e os seus carros e parou à porta da casa de Eliseu.
10 Então, Eliseu lhe mandou um mensageiro, dizendo: Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será restaurada, e ficarás limpo.
11 Naamã, porém, muito se indignou e se foi, dizendo: Pensava eu que ele sairia a ter comigo, pôr-se-ia de pé, invocaria o nome do SENHOR, seu Deus, moveria a mão sobre o lugar da lepra e restauraria o leproso.
12 Não são, porventura, Abana e Farfar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Não poderia eu lavar-me neles e ficar limpo? E voltou-se e se foi com indignação.
13 Então, se chegaram a ele os seus oficiais e lhe disseram: Meu pai, se te houvesse dito o profeta alguma coisa difícil, acaso, não a farias? Quanto mais, já que apenas te disse: Lava-te e ficarás limpo.
14 Então, desceu e mergulhou no Jordão sete vezes, consoante a palavra do homem de Deus; e a sua carne se tornou como a carne de uma criança, e ficou limpo.
15 Voltou ao homem de Deus, ele e toda a sua comitiva; veio, pôs-se diante dele e disse: Eis que, agora, reconheço que em toda a terra não há Deus, senão em Israel; agora, pois, te peço aceites um presente do teu servo.
16 Porém ele disse: Tão certo como vive o SENHOR, em cuja presença estou, não o aceitarei. Instou com ele para que o aceitasse, mas ele recusou.
17 Disse Naamã: Se não queres, peço-te que ao teu servo seja dado levar uma carga de terra de dois mulos; porque nunca mais oferecerá este teu servo holocausto nem sacrifício a outros deuses, senão ao SENHOR.
18 Nisto perdoe o SENHOR a teu servo; quando o meu senhor entra na casa de Rimom para ali adorar, e ele se encosta na minha mão, e eu também me tenha de encurvar na casa de Rimom, quando assim me prostrar na casa de Rimom, nisto perdoe o SENHOR a teu servo.
19 Eliseu lhe disse: Vai em paz. Quando Naamã se tinha afastado certa distância,
20 Geazi, o moço de Eliseu, homem de Deus, disse consigo: Eis que meu senhor impediu a este siro Naamã que da sua mão se lhe desse alguma coisa do que trazia; porém, tão certo como vive o SENHOR, hei de correr atrás dele e receberei dele alguma coisa.
21 Então, foi Geazi em alcance de Naamã; Naamã, vendo que corria atrás dele, saltou do carro a encontrá-lo e perguntou: Vai tudo bem?
22 Ele respondeu: Tudo vai bem; meu senhor me mandou dizer: Eis que, agora mesmo, vieram a mim dois jovens, dentre os discípulos dos profetas da região montanhosa de Efraim; dá-lhes, pois, um talento de prata e duas vestes festivais.
23 Disse Naamã: Sê servido tomar dois talentos. Instou com ele e amarrou dois talentos de prata em dois sacos e duas vestes festivais; pô-los sobre dois dos seus moços, os quais os levaram adiante dele.
24 Tendo ele chegado ao outeiro, tomou-os das suas mãos e os depositou na casa; e despediu aqueles homens, que se foram.
25 Ele, porém, entrou e se pôs diante de seu senhor. Perguntou-lhe Eliseu: Donde vens, Geazi? Respondeu ele: Teu servo não foi a parte alguma.
26 Porém ele lhe disse: Porventura, não fui contigo em espírito quando aquele homem voltou do seu carro, a encontrar-te? Era isto ocasião para tomares prata e para tomares vestes, olivais e vinhas, ovelhas e bois, servos e servas?
27 Portanto, a lepra de Naamã se pegará a ti e à tua descendência para sempre. Então, saiu de diante dele leproso, branco como a neve.


II REIS 6


1 Disseram os discípulos dos profetas a Eliseu: Eis que o lugar em que habitamos contigo é estreito demais para nós.
2 Vamos, pois, até ao Jordão, tomemos de lá, cada um de nós uma viga, e construamos um lugar em que habitemos. Respondeu ele: Ide.
3 Disse um: Serve-te de ires com os teus servos. Ele tornou: Eu irei.
4 E foi com eles. Chegados ao Jordão, cortaram madeira.
5 Sucedeu que, enquanto um deles derribava um tronco, o machado caiu na água; ele gritou e disse: Ai! Meu senhor! Porque era emprestado.
6 Perguntou o homem de Deus: Onde caiu? Mostrou-lhe ele o lugar. Então, Eliseu cortou um pau, e lançou-o ali, e fez flutuar o ferro,
7 e disse: Levanta-o. Estendeu ele a mão e o tomou.
8 O rei da Síria fez guerra a Israel e, em conselho com os seus oficiais, disse: Em tal e tal lugar, estará o meu acampamento.
9 Mas o homem de Deus mandou dizer ao rei de Israel: Guarda-te de passares por tal lugar, porque os siros estão descendo para ali.
10 O rei de Israel enviou tropas ao lugar de que o homem de Deus lhe falara e de que o tinha avisado, e, assim, se salvou, não uma nem duas vezes.
11 Então, tendo-se turbado com este incidente o coração do rei da Síria, chamou ele os seus servos e lhes disse: Não me fareis saber quem dos nossos é pelo rei de Israel?
12 Respondeu um dos seus servos: Ninguém, ó rei, meu senhor; mas o profeta Eliseu, que está em Israel, faz saber ao rei de Israel as palavras que falas na tua câmara de dormir.
13 Ele disse: Ide e vede onde ele está, para que eu mande prendê-lo. Foi-lhe dito: Eis que está em Dotã.
14 Então, enviou para lá cavalos, carros e fortes tropas; chegaram de noite e cercaram a cidade.
15 Tendo-se levantado muito cedo o moço do homem de Deus e saído, eis que tropas, cavalos e carros haviam cercado a cidade; então, o seu moço lhe disse: Ai! Meu senhor! Que faremos?
16 Ele respondeu: Não temas, porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles.
17 Orou Eliseu e disse: SENHOR, peço-te que lhe abras os olhos para que veja. O SENHOR abriu os olhos do moço, e ele viu que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu.
18 E, como desceram contra ele, orou Eliseu ao SENHOR e disse: Fere, peço-te, esta gente de cegueira. Feriu-a de cegueira, conforme a palavra de Eliseu.
19 Então, Eliseu lhes disse: Não é este o caminho, nem esta a cidade; segui-me, e guiar-vos-ei ao homem que buscais. E os guiou a Samaria.
20 Tendo eles chegado a Samaria, disse Eliseu: Ó SENHOR, abre os olhos destes homens para que vejam. Abriu-lhes o SENHOR os olhos, e viram; e eis que estavam no meio de Samaria.
21 Quando o rei de Israel os viu, perguntou a Eliseu: Feri-los-ei, feri-los-ei, meu pai?
22 Respondeu ele: Não os ferirás; fere aqueles que fizeres prisioneiros com a tua espada e o teu arco. Porém a estes, manda pôr-lhes diante pão e água, para que comam, e bebam, e tornem a seu senhor.
23 Ofereceu-lhes o rei grande banquete, e comeram e beberam; despediu-os, e foram para seu senhor; e da parte da Síria não houve mais investidas na terra de Israel.
24 Depois disto, ajuntou Ben-Hadade, rei da Síria, todo o seu exército, subiu e sitiou a Samaria.
25 Houve grande fome em Samaria; eis que a sitiaram, a ponto de se vender a cabeça de um jumento por oitenta siclos de prata e um pouco de esterco de pombas por cinco siclos de prata.
26 Passando o rei de Israel pelo muro, gritou-lhe uma mulher: Acode-me, ó rei, meu senhor!
27 Ele lhe disse: Se o SENHOR te não acode, donde te acudirei eu? Da eira ou do lagar?
28 Perguntou-lhe o rei: Que tens? Respondeu ela: Esta mulher me disse: Dá teu filho, para que, hoje, o comamos e, amanhã, comeremos o meu.
29 Cozemos, pois, o meu filho e o comemos; mas, dizendo-lhe eu ao outro dia: Dá o teu filho, para que o comamos, ela o escondeu.
30 Tendo o rei ouvido as palavras da mulher, rasgou as suas vestes, quando passava pelo muro; o povo olhou e viu que trazia pano de saco por dentro, sobre a pele.
31 Disse o rei: Assim me faça Deus o que bem lhe aprouver se a cabeça de Eliseu, filho de Safate, lhe ficar, hoje, sobre os ombros.
32 Estava, porém, Eliseu sentado em sua casa, juntamente com os anciãos. Enviou o rei um homem de diante de si; mas, antes que o mensageiro chegasse a Eliseu, disse este aos anciãos: Vedes como o filho do homicida mandou tirar-me a cabeça? Olhai, quando vier o mensageiro, fechai-lhe a porta e empurrai-o com ela; porventura, não vem após ele o ruído dos pés de seu senhor?
33 Falava ele ainda com eles, quando lhe chegou o mensageiro; disse o rei: Eis que este mal vem do SENHOR; que mais, pois, esperaria eu do SENHOR?


II REIS 7


1 Então, disse Eliseu: Ouvi a palavra do SENHOR; assim diz o SENHOR: Amanhã, a estas horas mais ou menos, dar-se-á um alqueire de flor de farinha por um siclo, e dois de cevada, por um siclo, à porta de Samaria.
2 Porém o capitão a cujo braço o rei se apoiava respondeu ao homem de Deus: Ainda que o SENHOR fizesse janelas no céu, poderia suceder isso? Disse o profeta: Eis que tu o verás com os teus olhos, porém disso não comerás.
3 Quatro homens leprosos estavam à entrada da porta, os quais disseram uns aos outros: Para que estaremos nós aqui sentados até morrermos?
4 Se dissermos: entremos na cidade, há fome na cidade, e morreremos lá; se ficarmos sentados aqui, também morreremos. Vamos, pois, agora, e demos conosco no arraial dos siros; se nos deixarem viver, viveremos; se nos matarem, tão-somente morreremos.
5 Levantaram-se ao anoitecer para se dirigirem ao arraial dos siros; e, tendo chegado à entrada do arraial, eis que não havia lá ninguém.
6 Porque o Senhor fizera ouvir no arraial dos siros ruído de carros e de cavalos e o ruído de um grande exército; de maneira que disseram uns aos outros: Eis que o rei de Israel alugou contra nós os reis dos heteus e os reis dos egípcios, para virem contra nós.
7 Pelo que se levantaram, e, fugindo ao anoitecer, deixaram as suas tendas, os seus cavalos, e os seus jumentos, e o arraial como estava; e fugiram para salvar a sua vida.
8 Chegando, pois, aqueles leprosos à entrada do arraial, entraram numa tenda, e comeram, e beberam, e tomaram dali prata, e ouro, e vestes, e se foram, e os esconderam; voltaram, e entraram em outra tenda, e dali também tomaram alguma coisa, e a esconderam.
9 Então, disseram uns para os outros: Não fazemos bem; este dia é dia de boas-novas, e nós nos calamos; se esperarmos até à luz da manhã, seremos tidos por culpados; agora, pois, vamos e o anunciemos à casa do rei.
10 Vieram, pois, e bradaram aos porteiros da cidade, e lhes anunciaram, dizendo: Fomos ao arraial dos siros, e eis que lá não havia ninguém, voz de ninguém, mas somente cavalos e jumentos atados, e as tendas como estavam.
11 Então, os porteiros gritaram e fizeram anunciar a nova no interior da casa do rei.
12 Levantou-se o rei de noite e disse a seus servos: Agora, eu vos direi o que é que os siros nos fizeram. Bem sabem eles que estamos esfaimados; por isso, saíram do arraial, a esconder-se pelo campo, dizendo: Quando saírem da cidade, então, os tomaremos vivos e entraremos nela.
13 Então, um dos seus servos respondeu e disse: Tomem-se, pois, cinco dos cavalos que ainda restam na cidade, pois toda a multidão de Israel que ficou aqui de resto terá a mesma sorte da multidão dos israelitas que já pereceram; enviemos homens e vejamos.
14 Tomaram, pois, dois carros com cavalos; e o rei enviou os homens após o exército dos siros, dizendo: Ide e vede.
15 Foram após eles até ao Jordão; e eis que todo o caminho estava cheio de vestes e de armas que os siros, na sua pressa, tinham lançado fora. Voltaram os mensageiros e o anunciaram ao rei.
16 Então, saiu o povo e saqueou o arraial dos siros; e, assim, se vendia um alqueire de flor de farinha por um siclo, e dois de cevada, por um siclo, segundo a palavra do SENHOR.
17 Dera o rei a guarda da porta ao capitão em cujo braço se apoiara, mas o povo o atropelou na porta, e ele morreu, como falara o homem de Deus, o que falou quando o rei descera a ele.
18 Assim se cumpriu o que falara o homem de Deus ao rei: Amanhã, a estas horas mais ou menos, vender-se-ão dois alqueires de cevada por um siclo, e um de flor de farinha, por um siclo, à porta de Samaria.
19 Aquele capitão respondera ao homem de Deus: Ainda que o SENHOR fizesse janelas no céu, poderia suceder isso, segundo essa palavra? Dissera o profeta: Eis que tu o verás com os teus olhos, porém disso não comerás.
20 Assim lhe sucedeu, porque o povo o atropelou na porta, e ele morreu.


II REIS 8


1 Falou Eliseu àquela mulher cujo filho ele restaurara à vida, dizendo: Levanta-te, vai com os de tua casa e mora onde puderes; porque o SENHOR chamou a fome, a qual virá sobre a terra por sete anos.
2 Levantou-se a mulher e fez segundo a palavra do homem de Deus: saiu com os de sua casa e habitou por sete anos na terra dos filisteus.
3 Ao cabo dos sete anos, a mulher voltou da terra dos filisteus e saiu a clamar ao rei pela sua casa e pelas suas terras.
4 Ora, o rei falava a Geazi, moço do homem de Deus, dizendo: Conta-me, peço-te, todas as grandes obras que Eliseu tem feito.
5 Contava ele ao rei como Eliseu restaurara à vida a um morto, quando a mulher cujo filho ele havia restaurado à vida clamou ao rei pela sua casa e pelas suas terras; então, disse Geazi: Ó rei, meu senhor, esta é a mulher, e este, o seu filho, a quem Eliseu restaurou à vida.
6 Interrogou o rei a mulher, e ela lhe contou tudo. Então, o rei lhe deu um oficial, dizendo: Faze restituir-se-lhe tudo quanto era seu e todas as rendas do campo desde o dia em que deixou a terra até agora.
7 Veio Eliseu a Damasco. Estava doente Ben-Hadade, rei da Síria; e lhe anunciaram, dizendo: O homem de Deus é chegado aqui.
8 Então, o rei disse a Hazael: Toma presentes contigo, e vai encontrar-te com o homem de Deus, e, por seu intermédio, pergunta ao SENHOR, dizendo: Sararei eu desta doença?
9 Foi, pois, Hazael encontrar-se com ele, levando consigo um presente, a saber, quarenta camelos carregados de tudo que era bom de Damasco; chegou, apresentou-se diante dele e disse: Teu filho Ben-Hadade, rei da Síria, me enviou a perguntar-te: Sararei eu desta doença?
10 Eliseu lhe respondeu: Vai e dize-lhe: Certamente, sararás. Porém o SENHOR me mostrou que ele morrerá.
11 Olhou Eliseu para Hazael e tanto lhe fitou os olhos, que este ficou embaraçado; e chorou o homem de Deus.
12 Então, disse Hazael: Por que chora o meu senhor? Ele respondeu: Porque sei o mal que hás de fazer aos filhos de Israel; deitarás fogo às suas fortalezas, matarás à espada os seus jovens, esmagarás os seus pequeninos e rasgarás o ventre de suas mulheres grávidas.
13 Tornou Hazael: Pois que é teu servo, este cão, para fazer tão grandes coisas? Respondeu Eliseu: O SENHOR me mostrou que tu hás de ser rei da Síria.
14 Então, deixou a Eliseu e veio a seu senhor, o qual lhe perguntou: Que te disse Eliseu? Respondeu ele: Disse-me que certamente sararás.
15 No dia seguinte, Hazael tomou um cobertor, molhou-o em água e o estendeu sobre o rosto do rei até que morreu; e Hazael reinou em seu lugar.
16 No ano quinto do reinado de Jorão, filho de Acabe, rei de Israel, reinando ainda Josafá em Judá, começou a reinar Jeorão, filho de Josafá, rei de Judá.
17 Era ele da idade de trinta e dois anos quando começou a reinar e reinou oito anos em Jerusalém.
18 Andou nos caminhos dos reis de Israel, como também fizeram os da casa de Acabe, porque a filha deste era sua mulher; e fez o que era mau perante o SENHOR.
19 Porém o SENHOR não quis destruir a Judá por amor de Davi, seu servo, segundo a promessa que lhe havia feito de lhe dar sempre uma lâmpada e a seus filhos.
20 Nos dias de Jeorão, se revoltaram os edomitas contra o poder de Judá e constituíram o seu próprio rei.
21 Pelo que Jeorão passou a Zair, e todos os carros, com ele; ele se levantou de noite e feriu os edomitas que o cercavam e os capitães dos carros; o povo de Jeorão, porém, fugiu para as suas tendas.
22 Assim se rebelou Edom para livrar-se do poder de Judá até ao dia de hoje; ao mesmo tempo, se rebelou também Libna.
23 Quanto aos mais atos de Jeorão e a tudo quanto fez, porventura, não estão escritos no Livro da História dos Reis de Judá?
24 Descansou Jeorão com seus pais e com eles foi sepultado na Cidade de Davi; e Acazias, seu filho, reinou em seu lugar.
25 No décimo segundo ano de Jorão, filho de Acabe, rei de Israel, começou a reinar Acazias, filho de Jeorão, rei de Judá.
26 Era Acazias de vinte e dois anos de idade quando começou a reinar e reinou um ano em Jerusalém. Sua mãe, filha de Onri, rei de Israel, chamava-se Atalia.
27 Ele andou no caminho da casa de Acabe e fez o que era mau perante o SENHOR, como a casa de Acabe, porque era genro da casa de Acabe.
28 Foi com Jorão, filho de Acabe, a Ramote-Gileade, à peleja contra Hazael, rei da Síria; e os siros feriram Jorão.
29 Então, voltou o rei Jorão para Jezreel, para curar-se das feridas que os siros lhe fizeram em Ramá, quando pelejou contra Hazael, rei da Síria; e desceu Acazias, filho de Jeorão, rei de Judá, para ver a Jorão, filho de Acabe, em Jezreel, porquanto estava doente.


II REIS 9


1 Então, o profeta Eliseu chamou um dos discípulos dos profetas e lhe disse: Cinge os lombos, leva contigo este vaso de azeite e vai-te a Ramote-Gileade;
2 em lá chegando, vê onde está Jeú, filho de Josafá, filho de Ninsi; entra, e faze-o levantar-se do meio de seus irmãos, e leva-o à câmara interior.
3 Toma o vaso de azeite, derrama-lho sobre a cabeça e dize: Assim diz o SENHOR: Ungi-te rei sobre Israel. Então, abre a porta, foge e não te detenhas.
4 Foi, pois, o moço, o jovem profeta, a Ramote-Gileade.
5 Entrando ele, eis que os capitães do exército estavam assentados; ele disse: Capitão, tenho mensagem que te dizer. Perguntou-lhe Jeú: A qual de todos nós? Respondeu-lhe ele: A ti, capitão!
6 Então, se levantou Jeú e entrou na casa; o jovem derramou-lhe o azeite sobre a cabeça e lhe disse: Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Ungi-te rei sobre o povo do SENHOR, sobre Israel.
7 Ferirás a casa de Acabe, teu senhor, para que eu vingue da mão de Jezabel o sangue de meus servos, os profetas, e o sangue de todos os servos do SENHOR.
8 Toda a casa de Acabe perecerá; exterminarei de Acabe todos do sexo masculino, quer escravo, quer livre, em Israel.
9 Porque farei à casa de Acabe como à casa de Jeroboão, filho de Nebate, e como à casa de Baasa, filho de Aías.
10 Os cães devorarão Jezabel no campo de Jezreel; não haverá quem a enterre. Dito isto, abriu a porta e fugiu.
11 Saindo Jeú aos servos de seu senhor, disseram-lhe: Vai tudo bem? Por que veio a ti este louco? Ele lhes respondeu: Bem conheceis esse homem e o seu falar.
12 Mas eles disseram: É mentira; agora, faze-nos sabê-lo, te pedimos. Então, disse Jeú: Assim e assim me falou, a saber: Assim diz o SENHOR: Ungi-te rei sobre Israel.
13 Então, se apressaram, e, tomando cada um o seu manto, os puseram debaixo dele, sobre os degraus, e tocaram a trombeta, e disseram: Jeú é rei!
14 Assim, Jeú, filho de Josafá, filho de Ninsi, conspirou contra Jorão. Tinha, porém, Jorão cercado a Ramote-Gileade, ele e todo o Israel, por causa de Hazael, rei da Síria.
15 Porém o rei Jorão voltou para se curar em Jezreel das feridas que os siros lhe fizeram, quando pelejou contra Hazael, rei da Síria. Disse Jeú: Se é da vossa vontade, ninguém saia furtivamente da cidade, para ir anunciar isto em Jezreel.
16 Então, Jeú subiu a um carro e foi-se a Jezreel, porque Jorão estava de cama ali. Também Acazias, rei de Judá, descera para ver a Jorão.
17 Ora, o atalaia estava na torre de Jezreel, e viu a tropa de Jeú, que vinha, e disse: Vejo uma tropa. Então, disse Jorão: Toma um cavaleiro e envia-o ao seu encontro, para que lhe pergunte: Há paz?
18 Foi-lhe o cavaleiro ao encontro e disse: Assim diz o rei: Há paz? Respondeu Jeú: Que tens tu com a paz? Passa para trás de mim. O atalaia deu aviso, dizendo: Chegou a eles o mensageiro, porém não volta.
19 Então, enviou Jorão outro cavaleiro; chegando este a eles, disse: Assim diz o rei: Há paz? Respondeu Jeú: Que tens tu com a paz? Passa para trás de mim.
20 O atalaia deu aviso, dizendo: Também este chegou a eles, porém não volta; e o guiar do carro parece como o de Jeú, filho de Ninsi, porque guia furiosamente.
21 Disse Jorão: Aparelha o carro. E lhe aparelharam o carro. Saiu Jorão, rei de Israel, e Acazias, rei de Judá, cada um em seu carro, e foram ao encontro de Jeú, e o acharam no campo de Nabote, o jezreelita.
22 Sucedeu que, vendo Jorão a Jeú, perguntou: Há paz, Jeú? Ele respondeu: Que paz, enquanto perduram as prostituições de tua mãe Jezabel e as suas muitas feitiçarias?
23 Então, Jorão voltou as rédeas, fugiu e disse a Acazias: Há traição, Acazias!
24 Mas Jeú entesou o seu arco com toda a força e feriu a Jorão entre as espáduas; a flecha saiu-lhe pelo coração, e ele caiu no seu carro.
25 Então, Jeú disse a Bidcar, seu capitão: Toma-o, lança-o no campo da herdade de Nabote, o jezreelita; pois, lembra-te de que, indo eu e tu, juntos, montados, após Acabe, seu pai, o SENHOR pronunciou contra ele esta sentença:
26 Tão certo como vi ontem à tarde o sangue de Nabote e o sangue de seus filhos, diz o SENHOR, assim to retribuirei neste campo, diz o SENHOR. Agora, pois, toma-o e lança-o neste campo, segundo a palavra do SENHOR.
27 À vista disto, Acazias, rei de Judá, fugiu pelo caminho de Bete-Hagã; porém Jeú o perseguiu e disse: Feri também a este; e o feriram no carro, à subida de Gur, que está junto a Ibleão. E fugiu para Megido, onde morreu.
28 Levaram-no os seus servos, num carro, a Jerusalém e o enterraram na sua sepultura junto a seus pais, na Cidade de Davi.
29 No ano undécimo de Jorão, filho de Acabe, começara Acazias a reinar sobre Judá.
30 Tendo Jeú chegado a Jezreel, Jezabel o soube; então, se pintou em volta dos olhos, enfeitou a cabeça e olhou pela janela.
31 Ao entrar Jeú pelo portão do palácio, disse ela: Teve paz Zinri, que matou a seu senhor?
32 Levantou ele o rosto para a janela e disse: Quem é comigo? Quem? E dois ou três eunucos olharam para ele.
33 Então, disse ele: Lançai-a daí abaixo. Lançaram-na abaixo; e foram salpicados com o seu sangue a parede e os cavalos, e Jeú a atropelou.
34 Entrando ele e havendo comido e bebido, disse: Olhai por aquela maldita e sepultai-a, porque é filha de rei.
35 Foram para a sepultar; porém não acharam dela senão a caveira, os pés e as palmas das mãos.
36 Então, voltaram e lho fizeram saber. Ele disse: Esta é a palavra do SENHOR, que falou por intermédio de Elias, o tesbita, seu servo, dizendo: No campo de Jezreel, os cães comerão a carne de Jezabel.
37 O cadáver de Jezabel será como esterco sobre o campo da herdade de Jezreel, de maneira que já não dirão: Esta é Jezabel.


II REIS 10


1 Achando-se em Samaria setenta filhos de Acabe, Jeú escreveu cartas e as enviou a Samaria, aos chefes da cidade, aos anciãos e aos tutores dos filhos de Acabe, dizendo:
2 Logo, em chegando a vós outros esta carta (pois estão convosco os filhos de vosso senhor, como também os carros, os cavalos, a cidade fortalecida e as armas),
3 escolhei o melhor e mais capaz dos filhos de vosso senhor, ponde-o sobre o trono de seu pai e pelejai pela casa de vosso senhor.
4 Porém eles temeram muitíssimo e disseram: Dois reis não puderam resistir a ele; como, pois, poderemos nós fazê-lo?
5 Então, o responsável pelo palácio, e o responsável pela cidade, e os anciãos, e os tutores mandaram dizer a Jeú: Teus servos somos e tudo quanto nos ordenares faremos; a ninguém constituiremos rei; faze o que bem te parecer.
6 Então, lhes escreveu outra carta, dizendo: Se estiverdes do meu lado e quiserdes obedecer-me, tomai as cabeças dos homens, filhos de vosso senhor, e amanhã a estas horas vinde a mim a Jezreel. Ora, os filhos do rei, que eram setenta, estavam com os grandes da cidade, que os criavam.
7 Chegada a eles a carta, tomaram os filhos do rei, e os mataram, setenta pessoas, e puseram as suas cabeças nuns cestos, e lhas mandaram a Jezreel.
8 Veio um mensageiro e lhe disse: Trouxeram as cabeças dos filhos do rei. Ele disse: Ponde-as em dois montões à entrada da porta, até pela manhã.
9 Saindo ele pela manhã, parou e disse a todo o povo: Vós estais sem culpa; eis que eu conspirei contra o meu senhor e o matei; mas quem feriu todos estes?
10 Sabei, pois, agora, que, da palavra do SENHOR, pronunciada contra a casa de Acabe, nada cairá em terra, porque o SENHOR fez o que falou por intermédio do seu servo Elias.
11 Jeú feriu também todos os restantes da casa de Acabe em Jezreel, como também todos os seus grandes, os seus conhecidos e os seus sacerdotes, até que nem um sequer lhe deixou ficar de resto.
12 Então, se dispôs, partiu e foi a Samaria. E, estando no caminho, em Bete-Equede dos Pastores,
13 encontrou Jeú parentes de Acazias, rei de Judá, e perguntou: Quem sois vós? Eles responderam: Parentes de Acazias; voltamos de saudar os filhos do rei e os da rainha-mãe.
14 Então, disse Jeú: Apanhai-os vivos. Eles os apanharam vivos e os mataram junto ao poço de Bete-Equede, quarenta e dois homens; e a nenhum deles deixou de resto.
15 Tendo partido dali, encontrou a Jonadabe, filho de Recabe, que lhe vinha ao encontro; Jeú saudou-o e lhe perguntou: Tens tu sincero o coração para comigo, como o meu o é para contigo? Respondeu Jonadabe: Tenho. Então, se tens, dá-me a mão. Jonadabe deu-lhe a mão; e Jeú fê-lo subir consigo ao carro
16 e lhe disse: Vem comigo e verás o meu zelo para com o SENHOR. E, assim, Jeú o levou no seu carro.
17 Tendo Jeú chegado a Samaria, feriu todos os que ali ficaram de Acabe, até destruí-los, segundo a palavra que o SENHOR dissera a Elias.
18 Ajuntou Jeú a todo o povo e lhe disse: Acabe serviu pouco a Baal; Jeú, porém, muito o servirá.
19 Pelo que chamai-me, agora, todos os profetas de Baal, todos os seus servidores e todos os seus sacerdotes; não falte nenhum, porque tenho grande sacrifício a oferecer a Baal; todo aquele que faltar não viverá. Porém Jeú fazia isto com astúcia, para destruir os servidores de Baal.
20 Disse mais Jeú: Consagrai uma assembléia solene a Baal; e a proclamaram.
21 Também Jeú enviou mensageiros por todo o Israel; vieram todos os adoradores de Baal, e nenhum homem deles ficou que não viesse. Entraram na casa de Baal, que se encheu de uma extremidade à outra.
22 Então, disse Jeú ao vestiário: Tira as vestimentas para todos os adoradores de Baal. E o fez.
23 Entrou Jeú com Jonadabe, filho de Recabe, na casa de Baal e disse aos adoradores de Baal: Examinai e vede bem não esteja aqui entre vós algum dos servos do SENHOR, mas somente os adoradores de Baal.
24 E, entrando eles a oferecerem sacrifícios e holocaustos, Jeú preparou da parte de fora oitenta homens e disse-lhes: Se escapar algum dos homens que eu entregar em vossas mãos, a vida daquele que o deixar escapar responderá pela vida dele.
25 Sucedeu que, acabado o oferecimento do holocausto, ordenou Jeú aos da sua guarda e aos capitães: Entrai, feri-os, que nenhum escape. Feriram-nos a fio de espada; e os da guarda e os capitães os lançaram fora, e penetraram no mais interior da casa de Baal,
26 e tiraram as colunas que estavam na casa de Baal, e as queimaram.
27 Também quebraram a própria coluna de Baal, e derribaram a casa de Baal, e a transformaram em latrinas até ao dia de hoje.
28 Assim, Jeú exterminou de Israel a Baal.
29 Porém não se apartou Jeú de seguir os pecados de Jeroboão, filho de Nebate, que fez pecar a Israel, a saber, dos bezerros de ouro que estavam em Betel e em Dã.
30 Pelo que disse o SENHOR a Jeú: Porquanto bem executaste o que é reto perante mim e fizeste à casa de Acabe segundo tudo quanto era do meu propósito, teus filhos até à quarta geração se assentarão no trono de Israel.
31 Mas Jeú não teve cuidado de andar de todo o seu coração na lei do SENHOR, Deus de Israel, nem se apartou dos pecados que Jeroboão fez pecar a Israel.
32 Naqueles dias, começou o SENHOR a diminuir os limites de Israel, que foi ferido por Hazael em todas as suas fronteiras,
33 desde o Jordão para o nascente do sol, toda a terra de Gileade, os gaditas, os rubenitas e os manassitas, desde Aroer, que está junto ao vale de Arnom, a saber, Gileade e Basã.
34 Ora, os mais atos de Jeú, e tudo quanto fez, e todo o seu poder, porventura, não estão escritos no Livro da História dos Reis de Israel?
35 Descansou Jeú com seus pais, e o sepultaram em Samaria; e Jeoacaz, seu filho, reinou em seu lugar.
36 Os dias que Jeú reinou sobre Israel em Samaria foram vinte e oito anos.


II REIS 11


1 Vendo Atalia, mãe de Acazias, que seu filho era morto, levantou-se e destruiu toda a descendência real.
2 Mas Jeoseba, filha do rei Jorão e irmã de Acazias, tomou a Joás, filho de Acazias, e o furtou dentre os filhos do rei, aos quais matavam, e pôs a ele e a sua ama numa câmara interior; e, assim, o esconderam de Atalia, e não foi morto.
3 Jeoseba o teve escondido na Casa do SENHOR seis anos; neste tempo, Atalia reinava sobre a terra.
4 No sétimo ano, mandou Joiada chamar os capitães dos cários e da guarda e os fez entrar à sua presença na Casa do SENHOR; fez com eles aliança, e ajuramentou-os na Casa do SENHOR, e lhes mostrou o filho do rei.
5 Então, lhes deu ordem, dizendo: Esta é a obra que haveis de fazer: uma terça parte de vós, que entrais no sábado, fará a guarda da casa do rei;
6 e outra terça parte estará ao portão Sur; e a outra terça parte, ao portão detrás da guarda; assim, fareis a guarda e defesa desta casa.
7 Os dois grupos que saem no sábado, estes todos farão a guarda da Casa do SENHOR, junto ao rei.
8 Rodeareis o rei, cada um de armas na mão, e qualquer que pretenda penetrar nas fileiras, seja morto; estareis com o rei quando sair e quando entrar.
9 Fizeram, pois, os capitães de cem segundo tudo quanto lhes ordenara o sacerdote Joiada; tomaram cada um os seus homens, tanto os que entravam como os que saíam no sábado, e vieram ao sacerdote Joiada.
10 O sacerdote entregou aos capitães de cem as lanças e os escudos que haviam sido do rei Davi e estavam na Casa do SENHOR.
11 Os da guarda se puseram, cada um de armas na mão, desde o lado direito da casa real até ao lado esquerdo, e até ao altar, e até ao templo, para rodear o rei.
12 Então, Joiada fez sair o filho do rei, pôs-lhe a coroa e lhe deu o Livro do Testemunho; eles o constituíram rei, e o ungiram, e bateram palmas, e gritaram: Viva o rei!
13 Ouvindo Atalia o clamor dos da guarda e do povo, veio para onde este se achava na Casa do SENHOR.
14 Olhou, e eis que o rei estava junto à coluna, segundo o costume, e os capitães e os tocadores de trombetas, junto ao rei, e todo o povo da terra se alegrava, e se tocavam trombetas. Então, Atalia rasgou os seus vestidos e clamou: Traição! Traição!
15 Porém o sacerdote Joiada deu ordem aos capitães que comandavam as tropas e disse-lhes: Fazei-a sair por entre as fileiras; se alguém a seguir, matai-o à espada. Porque o sacerdote tinha dito: Não a matem na Casa do SENHOR.
16 Lançaram mão dela; e ela, pelo caminho da entrada dos cavalos, foi à casa do rei, onde a mataram.
17 Joiada fez aliança entre o SENHOR, e o rei, e o povo, para serem eles o povo do SENHOR; como também entre o rei e o povo.
18 Então, todo o povo da terra entrou na casa de Baal, e a derribaram; despedaçaram os seus altares e as suas imagens e a Matã, sacerdote de Baal, mataram perante os altares; então, o sacerdote pôs guardas sobre a Casa do SENHOR.
19 Tomou os capitães dos cários, os da guarda e todo o povo da terra, e todos estes conduziram da Casa do SENHOR o rei e, pelo caminho da porta dos da guarda, vieram à casa real; e Joás sentou-se no trono dos reis.
20 Alegrou-se todo o povo da terra, e a cidade ficou tranqüila, depois que mataram Atalia à espada, junto à casa do rei.
21 Era Joás da idade de sete anos quando o fizeram rei.


II REIS 12


1 No ano sétimo de Jeú, começou Joás a reinar e quarenta anos reinou em Jerusalém. Era o nome de sua mãe Zíbia, de Berseba.
2 Fez Joás o que era reto perante o SENHOR, todos os dias em que o sacerdote Joiada o dirigia.
3 Tão-somente os altos não se tiraram; e o povo ainda sacrificava e queimava incenso nos altos.
4 Disse Joás aos sacerdotes: Todo o dinheiro das coisas santas que se trouxer à Casa do SENHOR, a saber, a taxa pessoal, o resgate de pessoas segundo a sua avaliação e todo o dinheiro que cada um trouxer voluntariamente para a Casa do SENHOR,
5 recebam-no os sacerdotes, cada um dos seus conhecidos; e eles reparem os estragos da casa onde quer que se encontrem.
6 Sucedeu, porém, que, no ano vigésimo terceiro do rei Joás, os sacerdotes ainda não tinham reparado os estragos da casa.
7 Então, o rei Joás chamou o sacerdote Joiada e os mais sacerdotes e lhes disse: Por que não reparais os estragos da casa? Agora, pois, não recebais mais dinheiro de vossos conhecidos, mas entregai-o para a reparação dos estragos da casa.
8 Consentiram os sacerdotes, assim, em não receberem mais dinheiro do povo, como em não repararem os estragos da casa.
9 Porém o sacerdote Joiada tomou uma caixa, e lhe fez na tampa um buraco, e a pôs ao pé do altar, à mão direita dos que entravam na Casa do SENHOR; os sacerdotes que guardavam a entrada da porta depositavam ali todo o dinheiro que se trazia à Casa do SENHOR.
10 Quando viam que já havia muito dinheiro na caixa, o escrivão do rei subia com um sumo sacerdote, e contavam e ensacavam o dinheiro que se achava na Casa do SENHOR.
11 O dinheiro, depois de pesado, davam nas mãos dos que dirigiam a obra e tinham a seu cargo a Casa do SENHOR; estes pagavam aos carpinteiros e aos edificadores que reparavam a Casa do SENHOR,
12 como também aos pedreiros e aos cabouqueiros, e compravam madeira e pedras lavradas para repararem os estragos da Casa do SENHOR, e custeavam todo o necessário para a conservação da Casa do SENHOR.
13 Mas, do dinheiro que se trazia à Casa do SENHOR, não se faziam nem taças de prata, nem espevitadeiras, nem bacias, nem trombetas, nem vaso algum de ouro ou de prata para a Casa do SENHOR.
14 Porque o davam aos que dirigiam a obra e reparavam com ele a Casa do SENHOR.
15 Também não pediam contas aos homens em cujas mãos entregavam aquele dinheiro, para o dar aos que faziam a obra, porque procediam com fidelidade.
16 Mas o dinheiro de oferta pela culpa e o dinheiro de oferta pelos pecados não se traziam à Casa do SENHOR; eram para os sacerdotes.
17 Então, subiu Hazael, rei da Síria, e pelejou contra Gate, e a tomou; depois, Hazael resolveu marchar contra Jerusalém.
18 Porém Joás, rei de Judá, tomou todas as coisas santas que Josafá, Jeorão e Acazias, seus pais, reis de Judá, haviam dedicado, como também todo o ouro que se achava nos tesouros da Casa do SENHOR e na casa do rei e os mandou a Hazael, rei da Síria; e este se retirou de Jerusalém.
19 Quanto aos mais atos de Joás e a tudo o que fez, porventura, não estão escritos no Livro da História dos Reis de Judá?
20 Levantaram-se os seus servos, conspiraram e feriram Joás na casa de Milo, que está na descida para Sila.
21 Porque Jozacar, filho de Simeate, e Jozabade, filho de Somer, seus servos, o feriram, e morreu; e o sepultaram com seus pais na Cidade de Davi. E Amazias, seu filho, reinou em seu lugar.


II REIS 13


1 No vigésimo terceiro ano de Joás, filho de Acazias, rei de Judá, começou a reinar Jeoacaz, filho de Jeú, sobre Israel, em Samaria, e reinou dezessete anos.
2 E fez o que era mau perante o SENHOR; porque andou nos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, que fez pecar a Israel; não se apartou deles.
3 Pelo que se acendeu contra Israel a ira do SENHOR, o qual os entregou nas mãos de Hazael, rei da Síria, e nas mãos de Ben-Hadade, filho de Hazael, todos aqueles dias.
4 Porém Jeoacaz fez súplicas diante do SENHOR, e o SENHOR o ouviu; pois viu a opressão com que o rei da Síria atormentava a Israel.
5 O SENHOR deu um salvador a Israel, de modo que os filhos de Israel saíram de sob o poder dos siros e habitaram, de novo, em seus lares, como dantes.
6 Contudo, não se apartaram dos pecados da casa de Jeroboão, que fez pecar a Israel, porém andaram neles; e também o poste-ídolo permaneceu em Samaria.
7 E foi o caso que não se deixaram a Jeoacaz, do exército, senão cinqüenta cavaleiros, dez carros e dez mil homens de pé; porquanto o rei da Síria os havia destruído e feito como o pó, trilhando-os.
8 Ora, os mais atos de Jeoacaz, e tudo o que fez, e o seu poder, porventura, não estão escritos no Livro da História dos Reis de Israel?
9 Jeoacaz descansou com seus pais, e o sepultaram em Samaria; e Jeoás, seu filho, reinou em seu lugar.
10 No trigésimo sétimo ano de Joás, rei de Judá, começou Jeoás, filho de Jeoacaz, a reinar sobre Israel, em Samaria; e reinou dezesseis anos.
11 Fez o que era mau perante o SENHOR; não se apartou de nenhum dos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, que fez pecar a Israel; porém andou neles.
12 Quanto aos mais atos de Jeoás, e a tudo o que fez, e ao seu poder, com que pelejou contra Amazias, rei de Judá, porventura, não estão escritos no Livro da História dos Reis de Israel?
13 Descansou Jeoás com seus pais, e no seu trono se assentou Jeroboão. Jeoás foi sepultado em Samaria, junto aos reis de Israel.
14 Estando Eliseu padecendo da enfermidade de que havia de morrer, Jeoás, rei de Israel, desceu a visitá-lo, chorou sobre ele e disse: Meu pai, meu pai! Carros de Israel e seus cavaleiros!
15 Então, lhe disse Eliseu: Toma um arco e flechas; ele tomou um arco e flechas.
16 Disse ao rei de Israel: Retesa o arco; e ele o fez. Então, Eliseu pôs as mãos sobre as mãos do rei.
17 E disse: Abre a janela para o oriente; ele a abriu. Disse mais Eliseu: Atira; e ele atirou. Prosseguiu: Flecha da vitória do SENHOR! Flecha da vitória contra os siros! Porque ferirás os siros em Afeca, até os consumir.
18 Disse ainda: Toma as flechas. Ele as tomou. Então, disse ao rei de Israel: Atira contra a terra; ele a feriu três vezes e cessou.
19 Então, o homem de Deus se indignou muito contra ele e disse: Cinco ou seis vezes a deverias ter ferido; então, feririas os siros até os consumir; porém, agora, só três vezes ferirás os siros.
20 Morreu Eliseu, e o sepultaram. Ora, bandos dos moabitas costumavam invadir a terra, à entrada do ano.
21 Sucedeu que, enquanto alguns enterravam um homem, eis que viram um bando; então, lançaram o homem na sepultura de Eliseu; e, logo que o cadáver tocou os ossos de Eliseu, reviveu o homem e se levantou sobre os pés.
22 Hazael, rei da Síria, oprimiu a Israel todos os dias de Jeoacaz.
23 Porém o SENHOR teve misericórdia de Israel, e se compadeceu dele, e se tornou para ele, por amor da aliança com Abraão, Isaque e Jacó; e não o quis destruir e não o lançou ainda da sua presença.
24 Morreu Hazael, rei da Síria; e Ben-Hadade, seu filho, reinou em seu lugar.
25 Jeoás, filho de Jeoacaz, retomou as cidades das mãos de Ben-Hadade, que este havia tomado das mãos de Jeoacaz, seu pai, na guerra; três vezes Jeoás o feriu e recuperou as cidades de Israel.


II REIS 14


1 No segundo ano de Jeoás, filho de Jeoacaz, rei de Israel, começou a reinar Amazias, filho de Joás, rei de Judá.
2 Tinha vinte e cinco anos quando começou a reinar e vinte e nove reinou em Jerusalém. Era o nome de sua mãe Jeoadã, de Jerusalém.
3 Fez ele o que era reto perante o SENHOR, ainda que não como Davi, seu pai; fez, porém, segundo tudo o que fizera Joás, seu pai.
4 Tão-somente os altos não se tiraram; o povo ainda sacrificava e queimava incenso nos altos.
5 Uma vez confirmado o reino em sua mão, matou os seus servos que tinham assassinado o rei, seu pai.
6 Porém os filhos dos assassinos não matou, segundo está escrito no Livro da Lei de Moisés, no qual o SENHOR deu ordem, dizendo: Os pais não serão mortos por causa dos filhos, nem os filhos por causa dos pais; cada qual será morto pelo seu próprio pecado.
7 Ele feriu dez mil edomitas no vale do Sal e tomou a Sela na guerra; e chamou o seu nome Jocteel, até ao dia de hoje.
8 Então, Amazias enviou mensageiros a Jeoás, filho de Jeoacaz, filho de Jeú, rei de Israel, dizendo: Vem, meçamos armas.
9 Porém Jeoás, rei de Israel, respondeu a Amazias, rei de Judá: O cardo que está no Líbano mandou dizer ao cedro que lá está: Dá tua filha por mulher a meu filho; mas os animais do campo, que estavam no Líbano, passaram e pisaram o cardo.
10 Na verdade, feriste os edomitas, e o teu coração se ensoberbeceu; gloria-te disso e fica em casa; por que provocarias o mal para caíres tu, e Judá, contigo?
11 Mas Amazias não quis atendê-lo. Subiu, então, Jeoás, rei de Israel, e Amazias, rei de Judá, e mediram armas em Bete-Semes, que está em Judá.
12 Judá foi derrotado diante de Israel, e fugiu cada um para sua casa.
13 Jeoás, rei de Israel, prendeu Amazias, rei de Judá, filho de Joás, filho de Acazias, em Bete-Semes; e veio a Jerusalém, cujo muro ele rompeu desde a Porta de Efraim até à Porta da Esquina, quatrocentos côvados.
14 Tomou todo o ouro, e a prata, e todos os utensílios que se acharam na Casa do SENHOR e nos tesouros da casa do rei, como também reféns; e voltou para Samaria.
15 Ora, os mais atos de Jeoás, o que fez, o seu poder e como pelejou contra Amazias, rei de Judá, porventura, não estão escritos no Livro da História dos Reis de Israel?
16 Descansou Jeoás com seus pais e foi sepultado em Samaria, junto aos reis de Israel; e Jeroboão, seu filho, reinou em seu lugar.
17 Amazias, filho de Joás, rei de Judá, viveu quinze anos depois da morte de Jeoás, filho de Jeoacaz, rei de Israel.
18 Ora, os mais atos de Amazias, porventura, não estão escritos no Livro da História dos Reis de Judá?
19 Conspiraram contra ele em Jerusalém, e ele fugiu para Laquis; porém enviaram após ele homens até Laquis; e o mataram ali.
20 Trouxeram-no sobre cavalos e o sepultaram em Jerusalém, junto a seus pais, na Cidade de Davi.
21 Todo o povo de Judá tomou a Uzias, que era de dezesseis anos, e o constituiu rei em lugar de Amazias, seu pai.
22 Ele edificou a Elate e a restituiu a Judá, depois que o rei descansou com seus pais.
23 No décimo quinto ano de Amazias, filho de Joás, rei de Judá, começou a reinar em Samaria Jeroboão, filho de Jeoás, rei de Israel; e reinou quarenta e um anos.
24 Fez o que era mau perante o SENHOR; jamais se apartou de nenhum dos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, que fez pecar a Israel.
25 Restabeleceu ele os limites de Israel, desde a entrada de Hamate até ao mar da Planície, segundo a palavra do SENHOR, Deus de Israel, a qual falara por intermédio de seu servo Jonas, filho de Amitai, o profeta, o qual era de Gate-Hefer.
26 Porque viu o SENHOR que a aflição de Israel era mui amarga, porque não havia nem escravo, nem livre, nem quem socorresse a Israel.
27 Ainda não falara o SENHOR em apagar o nome de Israel de debaixo do céu; porém os livrou por intermédio de Jeroboão, filho de Jeoás.
28 Quanto aos mais atos de Jeroboão, tudo quanto fez, o seu poder, como pelejou e como reconquistou Damasco e Hamate, pertencentes a Judá, para Israel, porventura, não estão escritos no Livro da História dos Reis de Israel?
29 Descansou Jeroboão com seus pais, com os reis de Israel; e Zacarias, seu filho, reinou em seu lugar.


II REIS 15


1 No vigésimo sétimo ano de Jeroboão, rei de Israel, começou a reinar Azarias, filho de Amazias, rei de Judá.
2 Tinha dezesseis anos quando começou a reinar e cinqüenta e dois anos reinou em Jerusalém. Era o nome de sua mãe Jecolias, de Jerusalém.
3 Ele fez o que era reto perante o SENHOR, segundo tudo o que fizera Amazias, seu pai.
4 Tão-somente os altos não se tiraram; o povo ainda sacrificava e queimava incenso nos altos.
5 O SENHOR feriu ao rei, e este ficou leproso até ao dia da sua morte e habitava numa casa separada. Jotão, filho do rei, tinha o cargo da casa e governava o povo da terra.
6 Ora, os mais atos de Azarias e tudo o que fez, porventura, não estão escritos no Livro da História dos Reis de Judá?
7 Descansou Azarias com seus pais, e o sepultaram junto a seus pais, na Cidade de Davi; e Jotão, seu filho, reinou em seu lugar.
8 No trigésimo oitavo ano de Azarias, rei de Judá, reinou Zacarias, filho de Jeroboão, sobre Israel, em Samaria, seis meses.
9 Fez o que era mau perante o SENHOR, como tinham feito seus pais; não se apartou dos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, que fez pecar a Israel.
10 Salum, filho de Jabes, conspirou contra ele, feriu-o diante do povo, matou-o e reinou em seu lugar.
11 Quanto aos mais atos de Zacarias, eis que estão escritos no Livro da História dos Reis de Israel.
12 Esta foi a palavra que o SENHOR falou a Jeú: Teus filhos, até à quarta geração, se assentarão no trono de Israel. E assim sucedeu.
13 Salum, filho de Jabes, começou a reinar no trigésimo nono ano de Uzias, rei de Judá; e reinou durante um mês em Samaria.
14 Subindo de Tirza, Menaém, filho de Gadi, veio a Samaria, feriu ali a Salum, filho de Jabes, matou-o e reinou em seu lugar.
15 Quanto aos mais atos de Salum e a conspiração que fez, eis que estão escritos no Livro da História dos Reis de Israel.
16 Então, Menaém feriu a Tifsa e todos os que nela havia, como também seus limites desde Tirza. Porque não lha abriram, a devastou e todas as mulheres grávidas fez rasgar pelo ventre.
17 Desde o trigésimo nono ano de Azarias, rei de Judá, Menaém, filho de Gadi, começou a reinar sobre Israel e reinou dez anos em Samaria.
18 Fez o que era mau perante o SENHOR; todos os seus dias, não se apartou dos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, que fez pecar a Israel.
19 Então, veio Pul, rei da Assíria, contra a terra; Menaém deu a Pul mil talentos de prata, para que este o ajudasse a consolidar o seu reino.
20 Menaém arrecadou este dinheiro de Israel para pagar ao rei da Assíria, de todos os poderosos e ricos, cinqüenta siclos de prata por cabeça; assim, voltou o rei da Assíria e não se demorou ali na terra.
21 Quanto aos mais atos de Menaém e a tudo quanto fez, porventura, não estão escritos no Livro da História dos Reis de Israel?
22 Descansou Menaém com seus pais; e Pecaías, seu filho, reinou em seu lugar.
23 No qüinquagésimo ano de Azarias, rei de Judá, começou a reinar Pecaías, filho de Menaém; e reinou sobre Israel, em Samaria, dois anos.
24 Fez o que era mau perante o SENHOR; não se apartou dos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, que fez pecar a Israel.
25 Peca, seu capitão, filho de Remalias, conspirou contra ele e o feriu em Samaria, na fortaleza da casa do rei, juntamente com Argobe e com Arié; com Peca estavam cinqüenta homens dos gileaditas; Peca o matou e reinou em seu lugar.
26 Quanto aos mais atos de Pecaías e a tudo quanto fez, eis que estão escritos no Livro da História dos Reis de Israel.
27 No qüinquagésimo segundo ano de Azarias, rei de Judá, começou a reinar Peca, filho de Remalias, e reinou sobre Israel, em Samaria, vinte anos.
28 Fez o que era mau perante o SENHOR; não se apartou dos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, que fez pecar a Israel.
29 Nos dias de Peca, rei de Israel, veio Tiglate-Pileser, rei da Assíria, e tomou a Ijom, a Abel-Bete-Maaca, a Janoa, a Quedes, a Hazor, a Gileade e à Galiléia, a toda a terra de Naftali, e levou os seus habitantes para a Assíria.
30 Oséias, filho de Elá, conspirou contra Peca, filho de Remalias, e o feriu, e o matou, e reinou em seu lugar, no vigésimo ano de Jotão, filho de Uzias.
31 Quanto aos mais atos de Peca e a tudo quanto fez, eis que estão escritos no Livro da História dos Reis de Israel.
32 No ano segundo de Peca, filho de Remalias, rei de Israel, começou a reinar Jotão, filho de Uzias, rei de Judá.
33 Tinha vinte e cinco anos de idade quando começou a reinar e reinou dezesseis anos em Jerusalém. Era o nome de sua mãe Jerusa, filha de Zadoque.
34 Fez o que era reto perante o SENHOR; e em tudo procedeu segundo fizera Uzias, seu pai.
35 Tão-somente os altos não se tiraram; o povo ainda sacrificava e queimava incenso nos altos. Ele edificou a Porta de Cima da Casa do SENHOR.
36 Quanto aos mais atos de Jotão e a tudo quanto fez, porventura, não estão escritos no Livro da História dos Reis de Judá?
37 Naqueles dias, começou o SENHOR a enviar contra Judá a Rezim, rei da Síria, e a Peca, filho de Remalias.
38 Descansou Jotão com seus pais e foi sepultado junto a seus pais, na Cidade de Davi, seu pai. Em seu lugar reinou Acaz, seu filho.


II REIS 16


1 No décimo sétimo ano de Peca, filho de Remalias, começou a reinar Acaz, filho de Jotão, rei de Judá.
2 Tinha Acaz vinte anos de idade quando começou a reinar e reinou dezesseis anos em Jerusalém. Não fez o que era reto perante o SENHOR, seu Deus, como Davi, seu pai.
3 Porque andou no caminho dos reis de Israel e até queimou a seu filho como sacrifício, segundo as abominações dos gentios, que o SENHOR lançara de diante dos filhos de Israel.
4 Também sacrificou e queimou incenso nos altos e nos outeiros, como também debaixo de toda árvore frondosa.
5 Então, subiu Rezim, rei da Síria, com Peca, filho de Remalias, rei de Israel, a Jerusalém para pelejarem contra ela; cercaram Acaz, porém não puderam prevalecer contra ele.
6 Naquele tempo, Rezim, rei da Síria, restituiu Elate à Síria e lançou fora dela os judeus; os siros vieram a Elate e ficaram habitando ali até ao dia de hoje.
7 Acaz enviou mensageiros a Tiglate-Pileser, rei da Assíria, dizendo: Eu sou teu servo e teu filho; sobe e livra-me do poder do rei da Síria e do poder do rei de Israel, que se levantam contra mim.
8 Tomou Acaz a prata e o ouro que se acharam na Casa do SENHOR e nos tesouros da casa do rei e mandou de presente ao rei da Assíria.
9 O rei da Assíria lhe deu ouvidos, subiu contra Damasco, tomou-a, levou o povo para Quir e matou a Rezim.
10 Então, o rei Acaz foi a Damasco, a encontrar-se com Tiglate-Pileser, rei da Assíria; e, vendo ali um altar, enviou dele ao sacerdote Urias a planta e o modelo, segundo toda a sua obra.
11 Urias, o sacerdote, edificou um altar segundo tudo o que o rei Acaz tinha ordenado de Damasco; assim o fez o sacerdote Urias, antes que o rei Acaz viesse de Damasco.
12 Vindo, pois, de Damasco o rei, viu o altar, chegou-se a ele e nele sacrificou.
13 Queimou o seu holocausto e a sua oferta de manjares, derramou a sua libação e aspergiu o sangue das suas ofertas pacíficas naquele altar.
14 Porém o altar de bronze, que estava perante o SENHOR, tirou ele de diante da casa, de entre o seu altar e a Casa do SENHOR e o pôs ao lado do seu altar, do lado norte.
15 Ordenou também o rei Acaz ao sacerdote Urias, dizendo: Queima, no grande altar, o holocausto da manhã, como também a oferta de manjares da tarde, e o holocausto do rei, e a sua oferta de manjares, e o holocausto de todo o povo da terra, e a sua oferta de manjares, e as suas libações; todo sangue dos holocaustos e todo sangue dos sacrifícios aspergirás nele; porém o altar de bronze ficará para a minha deliberação posterior.
16 Fez Urias, o sacerdote, segundo tudo quanto o rei Acaz lhe ordenara.
17 O rei Acaz cortou os painéis dos suportes, e de cima deles tomou a pia, e o mar, tirou-o de sobre os bois de bronze, que estavam debaixo dele, e o pôs sobre um pavimento de pedra.
18 Também o passadiço coberto para uso no sábado, que edificaram na casa, e a entrada real pelo lado de fora retirou da Casa do SENHOR, por causa do rei da Assíria.
19 Quanto aos mais atos de Acaz e ao que fez, porventura, não estão escritos no Livro da História dos Reis de Judá?
20 Descansou Acaz com seus pais e foi sepultado junto a seus pais, na Cidade de Davi; e Ezequias, seu filho, reinou em seu lugar.


II REIS 17


1 No ano duodécimo de Acaz, rei de Judá, começou a reinar Oséias, filho de Elá; e reinou sobre Israel, em Samaria, nove anos.
2 Fez o que era mau perante o SENHOR; contudo, não como os reis de Israel que foram antes dele.
3 Contra ele subiu Salmaneser, rei da Assíria; Oséias ficou sendo servo dele e lhe pagava tributo.
4 Porém o rei da Assíria achou Oséias em conspiração, porque enviara mensageiros a Sô, rei do Egito, e não pagava tributo ao rei da Assíria, como dantes fazia de ano em ano; por isso, o rei da Assíria o encerrou em grilhões, num cárcere.
5 Porque o rei da Assíria passou por toda a terra, subiu a Samaria e a sitiou por três anos.
6 No ano nono de Oséias, o rei da Assíria tomou a Samaria e transportou a Israel para a Assíria; e os fez habitar em Hala, junto a Habor e ao rio Gozã, e nas cidades dos medos.
7 Tal sucedeu porque os filhos de Israel pecaram contra o SENHOR, seu Deus, que os fizera subir da terra do Egito, de debaixo da mão de Faraó, rei do Egito; e temeram a outros deuses.
8 Andaram nos estatutos das nações que o SENHOR lançara de diante dos filhos de Israel e nos costumes estabelecidos pelos reis de Israel.
9 Os filhos de Israel fizeram contra o SENHOR, seu Deus, o que não era reto; edificaram para si altos em todas as suas cidades, desde as atalaias dos vigias até à cidade fortificada.
10 Levantaram para si colunas e postes-ídolos, em todos os altos outeiros e debaixo de todas as árvores frondosas.
11 Queimaram ali incenso em todos os altos, como as nações que o SENHOR expulsara de diante deles; cometeram ações perversas para provocarem o SENHOR à ira
12 e serviram os ídolos, dos quais o SENHOR lhes tinha dito: Não fareis estas coisas.
13 O SENHOR advertiu a Israel e a Judá por intermédio de todos os profetas e de todos os videntes, dizendo: Voltai-vos dos vossos maus caminhos e guardai os meus mandamentos e os meus estatutos, segundo toda a Lei que prescrevi a vossos pais e que vos enviei por intermédio dos meus servos, os profetas.
14 Porém não deram ouvidos; antes, se tornaram obstinados, de dura cerviz como seus pais, que não creram no SENHOR, seu Deus.
15 Rejeitaram os estatutos e a aliança que fizera com seus pais, como também as suas advertências com que protestara contra eles; seguiram os ídolos, e se tornaram vãos, e seguiram as nações que estavam em derredor deles, das quais o SENHOR lhes havia ordenado que não as imitassem.
16 Desprezaram todos os mandamentos do SENHOR, seu Deus, e fizeram para si imagens de fundição, dois bezerros; fizeram um poste-ídolo, e adoraram todo o exército do céu, e serviram a Baal.
17 Também queimaram a seus filhos e a suas filhas como sacrifício, deram-se à prática de adivinhações e criam em agouros; e venderam-se para fazer o que era mau perante o SENHOR, para o provocarem à ira.
18 Pelo que o SENHOR muito se indignou contra Israel e o afastou da sua presença; e nada mais ficou, senão a tribo de Judá.
19 Também Judá não guardou os mandamentos do SENHOR, seu Deus; antes, andaram nos costumes que Israel introduziu.
20 Pelo que o SENHOR rejeitou a toda a descendência de Israel, e os afligiu, e os entregou nas mãos dos despojadores, até que os expulsou da sua presença.
21 Pois, quando ele rasgou a Israel da casa de Davi, e eles fizeram rei a Jeroboão, filho de Nebate, Jeroboão apartou a Israel de seguir o SENHOR e o fez cometer grande pecado.
22 Assim, andaram os filhos de Israel em todos os pecados que Jeroboão tinha cometido; nunca se apartaram deles,
23 até que o SENHOR afastou a Israel da sua presença, como falara pelo ministério de todos os seus servos, os profetas; assim, foi Israel transportado da sua terra para a Assíria, onde permanece até ao dia de hoje.
24 O rei da Assíria trouxe gente de Babilônia, de Cuta, de Ava, de Hamate e de Sefarvaim e a fez habitar nas cidades de Samaria, em lugar dos filhos de Israel; tomaram posse de Samaria e habitaram nas suas cidades.
25 A princípio, quando passaram a habitar ali, não temeram o SENHOR; então, mandou o SENHOR para o meio deles leões, os quais mataram a alguns do povo.
26 Pelo que se disse ao rei da Assíria: As gentes que transportaste e fizeste habitar nas cidades de Samaria não sabem a maneira de servir o deus da terra; por isso, enviou ele leões para o meio delas, os quais as matam, porque não sabem como servir o deus da terra.
27 Então, o rei da Assíria mandou dizer: Levai para lá um dos sacerdotes que de lá trouxestes; que ele vá, e lá habite, e lhes ensine a maneira de servir o deus da terra.
28 Foi, pois, um dos sacerdotes que haviam levado de Samaria, e habitou em Betel, e lhes ensinava como deviam temer o SENHOR.
29 Porém cada nação fez ainda os seus próprios deuses nas cidades em que habitava, e os puseram nos santuários dos altos que os samaritanos tinham feito.
30 Os de Babilônia fizeram Sucote-Benote; os de Cuta fizeram Nergal; os de Hamate fizeram Asima;
31 os aveus fizeram Nibaz e Tartaque; e os sefarvitas queimavam seus filhos a Adrameleque e a Anameleque, deuses de Sefarvaim.
32 Mas temiam também ao SENHOR; dentre os do povo constituíram sacerdotes dos lugares altos, os quais oficiavam a favor deles nos santuários dos altos.
33 De maneira que temiam o SENHOR e, ao mesmo tempo, serviam aos seus próprios deuses, segundo o costume das nações dentre as quais tinham sido transportados.
34 Até ao dia de hoje fazem segundo os antigos costumes; não temem o SENHOR, não fazem segundo os seus estatutos e juízos, nem segundo a lei e o mandamento que o SENHOR prescreveu aos filhos de Jacó, a quem deu o nome de Israel.
35 Ora, o SENHOR tinha feito aliança com eles e lhes ordenara, dizendo: Não temereis outros deuses, nem vos prostrareis diante deles, nem os servireis, nem lhes oferecereis sacrifícios;
36 mas ao SENHOR, que vos fez subir da terra do Egito com grande poder e com braço estendido, a ele temereis, e a ele vos prostrareis, e a ele oferecereis sacrifícios.
37 Os estatutos e os juízos, a lei e o mandamento que ele vos escreveu, tereis cuidado de os observar todos os dias; não temereis outros deuses.
38 Da aliança que fiz convosco não vos esquecereis; nem temereis outros deuses.
39 Mas ao SENHOR, vosso Deus, temereis, e ele vos livrará das mãos de todos os vossos inimigos.
40 Porém eles não deram ouvidos a isso; antes, procederam segundo o seu antigo costume.
41 Assim, estas nações temiam o SENHOR e serviam as suas próprias imagens de escultura; como fizeram seus pais, assim fazem também seus filhos e os filhos de seus filhos, até ao dia de hoje.


II REIS 18


1 No terceiro ano de Oséias, filho de Elá, rei de Israel, começou a reinar Ezequias, filho de Acaz, rei de Judá.
2 Tinha vinte e cinco anos de idade quando começou a reinar e reinou vinte e nove anos em Jerusalém; sua mãe se chamava Abi e era filha de Zacarias.
3 Fez ele o que era reto perante o SENHOR, segundo tudo o que fizera Davi, seu pai.
4 Removeu os altos, quebrou as colunas e deitou abaixo o poste-ídolo; e fez em pedaços a serpente de bronze que Moisés fizera, porque até àquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso e lhe chamavam Neustã.
5 Confiou no SENHOR, Deus de Israel, de maneira que depois dele não houve seu semelhante entre todos os reis de Judá, nem entre os que foram antes dele.
6 Porque se apegou ao SENHOR, não deixou de segui-lo e guardou os mandamentos que o SENHOR ordenara a Moisés.
7 Assim, foi o SENHOR com ele; para onde quer que saía, lograva bom êxito; rebelou-se contra o rei da Assíria e não o serviu.
8 Feriu ele os filisteus até Gaza e seus limites, desde as atalaias dos vigias até à cidade fortificada.
9 No quarto ano do rei Ezequias, que era o sétimo de Oséias, filho de Elá, rei de Israel, subiu Salmaneser, rei da Assíria, contra Samaria e a cercou.
10 Ao cabo de três anos, foi tomada; sim, no ano sexto de Ezequias, que era o nono de Oséias, rei de Israel, Samaria foi tomada.
11 O rei da Assíria transportou a Israel para a Assíria e o fez habitar em Hala, junto a Habor e ao rio Gozã, e nas cidades dos medos;
12 porquanto não obedeceram à voz do SENHOR, seu Deus; antes, violaram a sua aliança e tudo quanto Moisés, servo do SENHOR, tinha ordenado; não o ouviram, nem o fizeram.
13 No ano décimo quarto do rei Ezequias, subiu Senaqueribe, rei da Assíria, contra todas as cidades fortificadas de Judá e as tomou.
14 Então, Ezequias, rei de Judá, enviou mensageiros ao rei da Assíria, a Laquis, dizendo: Errei; retira-te de mim; tudo o que me impuseres suportarei. Então, o rei da Assíria impôs a Ezequias, rei de Judá, trezentos talentos de prata e trinta talentos de ouro.
15 Deu-lhe Ezequias toda a prata que se achou na Casa do SENHOR e nos tesouros da casa do rei.
16 Foi quando Ezequias arrancou das portas do templo do SENHOR e das ombreiras o ouro de que ele, rei de Judá, as cobrira, e o deu ao rei da Assíria.
17 Contudo, o rei da Assíria enviou, de Laquis, a Tartã, a Rabe-Saris e a Rabsaqué, com um grande exército, ao rei Ezequias, a Jerusalém; subiram e vieram a Jerusalém. Tendo eles subido e chegado, pararam na extremidade do aqueduto do açude superior, junto ao caminho do campo do Lavandeiro.
18 Tendo eles chamado o rei, saíram-lhes ao encontro Eliaquim, filho de Hilquias, o mordomo, Sebna, o escrivão, e Joá, filho de Asafe, o cronista.
19 Rabsaqué lhes disse: Dizei a Ezequias: Assim diz o sumo rei, o rei da Assíria: Que confiança é essa em que te estribas?
20 Bem posso dizer-te que teu conselho e poder para guerra não passam de vãs palavras; em quem, pois, agora, confias, para que te rebeles contra mim?
21 Confias no Egito, esse bordão de cana esmagada, o qual, se alguém nele apoiar-se, lhe entrará pela mão e a traspassará; assim é Faraó, rei do Egito, para com todos os que nele confiam.
22 Mas, se me dizeis: Confiamos no SENHOR, nosso Deus, não é esse aquele cujos altos e altares Ezequias removeu, dizendo a Judá e a Jerusalém: Perante este altar adorareis em Jerusalém?
23 Ora, pois, empenha-te com meu senhor, rei da Assíria, e dar-te-ei dois mil cavalos, se de tua parte achares cavaleiros para os montar.
24 Como, pois, se não podes afugentar um só capitão dos menores dos servos do meu senhor, confias no Egito, por causa dos carros e cavaleiros?
25 Acaso, subi eu, agora, sem o SENHOR contra este lugar, para o destruir? Pois o SENHOR mesmo me disse: Sobe contra a terra e destrói-a.
26 Então, disseram Eliaquim, filho de Hilquias, Sebna e Joá a Rabsaqué: Rogamos-te que fales em aramaico aos teus servos, porque o entendemos, e não nos fales em judaico, aos ouvidos do povo que está sobre as muralhas.
27 Mas Rabsaqué lhes respondeu: Mandou-me, acaso, o meu senhor para dizer-te estas palavras a ti somente e a teu senhor? E não, antes, aos homens que estão sentados sobre as muralhas, para que comam convosco o seu próprio excremento e bebam a sua própria urina?
28 Então, Rabsaqué se pôs em pé, e clamou em alta voz em judaico, e disse: Ouvi as palavras do sumo rei, do rei da Assíria.
29 Assim diz o rei: Não vos engane Ezequias; porque não vos poderá livrar da sua mão;
30 nem tampouco vos faça Ezequias confiar no SENHOR, dizendo: O SENHOR, certamente, nos livrará, e esta cidade não será entregue nas mãos do rei da Assíria.
31 Não deis ouvidos a Ezequias; porque assim diz o rei da Assíria: Fazei as pazes comigo e vinde para mim; e comei, cada um da sua própria vide e da sua própria figueira, e bebei, cada um da água da sua própria cisterna.
32 Até que eu venha e vos leve para uma terra como a vossa, terra de cereal e de vinho, terra de pão e de vinhas, terra de oliveiras e de mel, para que vivais e não morrais. Não deis ouvidos a Ezequias, porque vos engana, dizendo: O SENHOR nos livrará.
33 Acaso, os deuses das nações puderam livrar, cada um a sua terra, das mãos do rei da Assíria?
34 Onde estão os deuses de Hamate e de Arpade? Onde estão os deuses de Sefarvaim, Hena e Iva? Acaso, livraram eles a Samaria das minhas mãos?
35 Quais são, dentre todos os deuses destes países, os que livraram a sua terra das minhas mãos, para que o SENHOR possa livrar a Jerusalém das minhas mãos?
36 Calou-se, porém, o povo e não lhe respondeu palavra; porque assim lhe havia ordenado o rei: Não lhe respondereis.
37 Então, Eliaquim, filho de Hilquias, o mordomo, e Sebna, o escrivão, e Joá, filho de Asafe, o cronista, vieram ter com Ezequias, com suas vestes rasgadas, e lhe referiram as palavras de Rabsaqué.


II REIS 19


1 Tendo o rei Ezequias ouvido isto, rasgou as suas vestes, cobriu-se de pano de saco e entrou na Casa do SENHOR.
2 Então, enviou a Eliaquim, o mordomo, a Sebna, o escrivão, e os anciãos dos sacerdotes cobertos de pano de saco, ao profeta Isaías, filho de Amoz;
3 os quais lhe disseram: Assim diz Ezequias: Este dia é dia de angústia, de disciplina e de opróbrio; porque filhos são chegados à hora de nascer, e não há força para dá-los à luz.
4 Porventura, o SENHOR, teu Deus, terá ouvido todas as palavras de Rabsaqué, a quem o rei da Assíria, seu senhor, enviou para afrontar o Deus vivo, e repreenderá as palavras que ouviu; ergue, pois, orações pelos que ainda subsistem.
5 Foram, pois, os servos do rei Ezequias a ter com Isaías;
6 Isaías lhes disse: Dizei isto a vosso senhor: Assim diz o SENHOR: Não temas por causa das palavras que ouviste, com as quais os servos do rei da Assíria blasfemaram de mim.
7 Eis que meterei nele um espírito, e ele, ao ouvir certo rumor, voltará para a sua terra; e nela eu o farei cair morto à espada.
8 Voltou, pois, Rabsaqué e encontrou o rei da Assíria pelejando contra Libna; porque ouvira que o rei já se havia retirado de Laquis.
9 O rei ouviu que a respeito de Tiraca, rei da Etiópia, se dizia: Eis saiu para guerrear contra ti. Assim, tornou a enviar mensageiros a Ezequias, dizendo:
10 Assim falareis a Ezequias, rei de Judá: Não te engane o teu Deus, em quem confias, dizendo: Jerusalém não será entregue nas mãos do rei da Assíria.
11 Já tens ouvido o que fizeram os reis da Assíria a todas as terras, como as destruíram totalmente; e crês tu que te livrarias?
12 Porventura, os deuses das nações livraram os povos que meus pais destruíram, Gozã, Harã e Rezefe e os filhos de Éden, que estavam em Telassar?
13 Onde está o rei de Hamate, e o rei de Arpade, e o rei da cidade de Sefarvaim, de Hena e de Iva?
14 Tendo Ezequias recebido a carta das mãos dos mensageiros, leu-a; então, subiu à Casa do SENHOR, estendeu-a perante o SENHOR
15 e orou perante o SENHOR, dizendo: Ó SENHOR, Deus de Israel, que estás entronizado acima dos querubins, tu somente és o Deus de todos os reinos da terra; tu fizeste os céus e a terra.
16 Inclina, ó SENHOR, o ouvido e ouve; abre, SENHOR, os olhos e vê; ouve todas as palavras de Senaqueribe, as quais ele enviou para afrontar o Deus vivo.
17 Verdade é, SENHOR, que os reis da Assíria assolaram todas as nações e suas terras
18 e lançaram no fogo os deuses deles, porque deuses não eram, senão obra de mãos de homens, madeira e pedra; por isso, os destruíram.
19 Agora, pois, ó SENHOR, nosso Deus, livra-nos das suas mãos, para que todos os reinos da terra saibam que só tu és o SENHOR Deus.
20 Então, Isaías, filho de Amoz, mandou dizer a Ezequias: Assim diz o SENHOR, o Deus de Israel: Quanto ao que me pediste acerca de Senaqueribe, rei da Assíria, eu te ouvi,
21 e esta é a palavra que o SENHOR falou a respeito dele: A virgem, filha de Sião, te despreza e zomba de ti; a filha de Jerusalém meneia a cabeça por detrás de ti.
22 A quem afrontaste e de quem blasfemaste? E contra quem alçaste a voz e arrogantemente ergueste os olhos? Contra o Santo de Israel.
23 Por meio dos teus mensageiros, afrontaste o SENHOR e disseste: Com a multidão dos meus carros subi ao cimo dos montes, ao mais interior do Líbano; deitarei abaixo os seus altos cedros e seus ciprestes escolhidos, chegarei a suas pousadas extremas, ao seu denso e fértil pomar.
24 Eu mesmo cavei, e bebi as águas de estrangeiros, e com as plantas de meus pés sequei todos os rios do Egito.
25 Acaso, não ouviste que já há muito dispus eu estas coisas, já desde os dias remotos o tinha planejado? Agora, porém, as faço executar e eu quis que tu reduzisses a montões de ruínas as cidades fortificadas.
26 Por isso, os seus moradores, debilitados, andaram cheios de temor e envergonhados; tornaram-se como a erva do campo, e a erva verde, e o capim dos telhados, e o cereal queimado antes de amadurecer.
27 Mas eu conheço o teu assentar, e o teu sair, e o teu entrar, e o teu furor contra mim.
28 Por causa do teu furor contra mim e porque a tua arrogância subiu até aos meus ouvidos, eis que porei o meu anzol no teu nariz e o meu freio na tua boca e te farei voltar pelo caminho por onde vieste.
29 Isto te será por sinal: este ano, se comerá o que espontaneamente nascer e, no segundo ano, o que daí proceder; no terceiro ano, porém, semeai, e colhei, e plantai vinhas, e comei os seus frutos.
30 O que escapou da casa de Judá e ficou de resto tornará a lançar raízes para baixo e dará fruto por cima;
31 porque de Jerusalém sairá o restante, e do monte Sião, o que escapou. O zelo do SENHOR fará isto.
32 Pelo que assim diz o SENHOR acerca do rei da Assíria: Não entrará nesta cidade, nem lançará nela flecha alguma, não virá perante ela com escudo, nem há de levantar tranqueiras contra ela.
33 Pelo caminho por onde vier, por esse voltará; mas, nesta cidade, não entrará, diz o SENHOR.
34 Porque eu defenderei esta cidade, para a livrar, por amor de mim e por amor de meu servo Davi.
35 Então, naquela mesma noite, saiu o Anjo do SENHOR e feriu, no arraial dos assírios, cento e oitenta e cinco mil; e, quando se levantaram os restantes pela manhã, eis que todos estes eram cadáveres.
36 Retirou-se, pois, Senaqueribe, rei da Assíria, e se foi; voltou e ficou em Nínive.
37 Sucedeu que, estando ele a adorar na casa de Nisroque, seu deus, Adrameleque e Sarezer, seus filhos, o feriram à espada; e fugiram para a terra de Ararate; e Esar-Hadom, seu filho, reinou em seu lugar.


II REIS 20


1 Naqueles dias, Ezequias adoeceu de uma enfermidade mortal; veio ter com ele o profeta Isaías, filho de Amoz, e lhe disse: Assim diz o SENHOR: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás e não viverás.
2 Então, virou Ezequias o rosto para a parede e orou ao SENHOR, dizendo:
3 Lembra-te, SENHOR, peço-te, de que andei diante de ti com fidelidade, com inteireza de coração, e fiz o que era reto aos teus olhos; e chorou muitíssimo.
4 Antes que Isaías tivesse saído da parte central da cidade, veio a ele a palavra do SENHOR, dizendo:
5 Volta e dize a Ezequias, príncipe do meu povo: Assim diz o SENHOR, o Deus de Davi, teu pai: Ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas; eis que eu te curarei; ao terceiro dia, subirás à Casa do SENHOR.
6 Acrescentarei aos teus dias quinze anos e das mãos do rei da Assíria te livrarei, a ti e a esta cidade; e defenderei esta cidade por amor de mim e por amor de Davi, meu servo.
7 Disse mais Isaías: Tomai uma pasta de figos; tomaram-na e a puseram sobre a úlcera; e ele recuperou a saúde.
8 Ezequias disse a Isaías: Qual será o sinal de que o SENHOR me curará e de que, ao terceiro dia, subirei à Casa do SENHOR?
9 Respondeu Isaías: Ser-te-á isto da parte do SENHOR como sinal de que ele cumprirá a palavra que disse: Adiantar-se-á a sombra dez graus ou os retrocederá?
10 Então, disse Ezequias: É fácil que a sombra adiante dez graus; tal, porém, não aconteça; antes, retroceda dez graus.
11 Então, o profeta Isaías clamou ao SENHOR; e fez retroceder dez graus a sombra lançada pelo sol declinante no relógio de Acaz.
12 Nesse tempo, Merodaque-Baladã, filho de Baladã, rei da Babilônia, enviou cartas e um presente a Ezequias, porque soube que estivera doente.
13 Ezequias se agradou dos mensageiros e lhes mostrou toda a casa do seu tesouro, a prata, o ouro, as especiarias, os óleos finos, o seu arsenal e tudo quanto se achava nos seus tesouros; nenhuma coisa houve, nem em sua casa, nem em todo o seu domínio que Ezequias não lhes mostrasse.
14 Então, Isaías, o profeta, veio ao rei Ezequias e lhe disse: Que foi que aqueles homens disseram e donde vieram a ti? Respondeu Ezequias: De uma terra longínqua vieram, da Babilônia.
15 Perguntou ele: Que viram em tua casa? Respondeu Ezequias: Viram tudo quanto há em minha casa; coisa nenhuma há nos meus tesouros que eu não lhes mostrasse.
16 Então, disse Isaías a Ezequias: Ouve a palavra do SENHOR:
17 Eis que virão dias em que tudo quanto houver em tua casa, com o que entesouraram teus pais até ao dia de hoje, será levado para a Babilônia; não ficará coisa alguma, disse o SENHOR.
18 Dos teus próprios filhos, que tu gerares, tomarão, para que sejam eunucos no palácio do rei da Babilônia.
19 Então, disse Ezequias a Isaías: Boa é a palavra do SENHOR que disseste. Pois pensava: Haverá paz e segurança em meus dias.
20 Quanto aos mais atos de Ezequias, e todo o seu poder, e como fez o açude e o aqueduto, e trouxe água para dentro da cidade, porventura, não estão escritos no Livro da História dos Reis de Judá?
21 Descansou Ezequias com seus pais; e Manassés, seu filho, reinou em seu lugar.


II REIS 21


1 Tinha Manassés doze anos de idade quando começou a reinar e reinou cinqüenta e cinco anos em Jerusalém. Sua mãe chamava-se Hefzibá.
2 Fez ele o que era mau perante o SENHOR, segundo as abominações dos gentios que o SENHOR expulsara de suas possessões, de diante dos filhos de Israel.
3 Pois tornou a edificar os altos que Ezequias, seu pai, havia destruído, e levantou altares a Baal, e fez um poste-ídolo como o que fizera Acabe, rei de Israel, e se prostrou diante de todo o exército dos céus, e o serviu.
4 Edificou altares na Casa do SENHOR, da qual o SENHOR tinha dito: Em Jerusalém porei o meu nome.
5 Também edificou altares a todo o exército dos céus nos dois átrios da Casa do SENHOR.
6 E queimou a seu filho como sacrifício, adivinhava pelas nuvens, era agoureiro e tratava com médiuns e feiticeiros; prosseguiu em fazer o que era mau perante o SENHOR, para o provocar à ira.
7 Também pôs a imagem de escultura do poste-ídolo que tinha feito na casa de que o SENHOR dissera a Davi e a Salomão, seu filho: Nesta casa e em Jerusalém, que escolhi de todas as tribos de Israel, porei o meu nome para sempre;
8 e não farei que os pés de Israel andem errantes da terra que dei a seus pais, contanto que tenham cuidado de fazer segundo tudo o que lhes tenho mandado e conforme toda a lei que Moisés, meu servo, lhes ordenou.
9 Eles, porém, não ouviram; e Manassés de tal modo os fez errar, que fizeram pior do que as nações que o SENHOR tinha destruído de diante dos filhos de Israel.
10 Então, o SENHOR falou por intermédio dos profetas, seus servos, dizendo:
11 Visto que Manassés, rei de Judá, cometeu estas abominações, fazendo pior que tudo que fizeram os amorreus antes dele, e também a Judá fez pecar com os ídolos dele,
12 assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Eis que hei de trazer tais males sobre Jerusalém e Judá, que todo o que os ouvir, lhe tinirão ambos os ouvidos.
13 Estenderei sobre Jerusalém o cordel de Samaria e o prumo da casa de Acabe; eliminarei Jerusalém, como quem elimina a sujeira de um prato, elimina-a e o emborca.
14 Abandonarei o resto da minha herança, entregá-lo-ei nas mãos de seus inimigos; servirá de presa e despojo para todos os seus inimigos.
15 Porquanto fizeram o que era mau perante mim e me provocaram à ira, desde o dia em que seus pais saíram do Egito até ao dia de hoje.
16 Além disso, Manassés derramou muitíssimo sangue inocente, até encher Jerusalém de um ao outro extremo, afora o seu pecado, com que fez pecar a Judá, praticando o que era mau perante o SENHOR.
17 Quanto aos mais atos de Manassés, e a tudo quanto fez, e ao seu pecado, que cometeu, porventura, não estão escritos no Livro da História dos Reis de Judá?
18 Manassés descansou com seus pais e foi sepultado no jardim da sua própria casa, no jardim de Uzá; e Amom, seu filho, reinou em seu lugar.
19 Tinha Amom vinte e dois anos de idade quando começou a reinar e reinou dois anos em Jerusalém. Sua mãe se chamava Mesulemete e era filha de Haruz, de Jotbá.
20 Fez o que era mau perante o SENHOR, como fizera Manassés, seu pai.
21 Andou em todo o caminho em que andara seu pai, serviu os ídolos a que ele servira e os adorou.
22 Assim, abandonou ele o SENHOR, Deus de seus pais, e não andou no caminho do SENHOR.
23 Os servos do rei Amom conspiraram contra ele e o mataram em sua própria casa.
24 Porém o povo da terra feriu todos os que conspiraram contra o rei Amom e constituiu a Josias, seu filho, rei em seu lugar.
25 Quanto aos mais atos de Amom e a tudo que fez, porventura, não estão escritos no Livro da História dos Reis de Judá?
26 Foi ele enterrado na sua sepultura, no jardim de Uzá; e Josias, seu filho, reinou em seu lugar.


II REIS 22


1 Tinha Josias oito anos de idade quando começou a reinar e reinou trinta e um anos em Jerusalém. Sua mãe se chamava Jedida e era filha de Adaías, de Bozcate.
2 Fez ele o que era reto perante o SENHOR, andou em todo o caminho de Davi, seu pai, e não se desviou nem para a direita nem para a esquerda.
3 No décimo oitavo ano do seu reinado, o rei Josias mandou o escrivão Safã, filho de Azalias, filho de Mesulão, à Casa do SENHOR,
4 dizendo: Sobe a Hilquias, o sumo sacerdote, para que conte o dinheiro que se trouxe à Casa do SENHOR, o qual os guardas da porta ajuntaram do povo;
5 que o dêem nas mãos dos que dirigem a obra e têm a seu cargo a Casa do SENHOR, para que paguem àqueles que fazem a obra que há na Casa do SENHOR, para repararem os estragos da casa:
6 aos carpinteiros, aos edificadores e aos pedreiros; e comprem madeira e pedras lavradas, para repararem os estragos da casa.
7 Porém não se pediu conta do dinheiro que se lhes entregara nas mãos, porquanto procediam com fidelidade.
8 Então, disse o sumo sacerdote Hilquias ao escrivão Safã: Achei o Livro da Lei na Casa do SENHOR. Hilquias entregou o livro a Safã, e este o leu.
9 Então, o escrivão Safã veio ter com o rei e lhe deu relatório, dizendo: Teus servos contaram o dinheiro que se achou na casa e o entregaram nas mãos dos que dirigem a obra e têm a seu cargo a Casa do SENHOR.
10 Relatou mais o escrivão Safã ao rei, dizendo: O sacerdote Hilquias me entregou um livro. E Safã o leu diante do rei.
11 Tendo o rei ouvido as palavras do Livro da Lei, rasgou as suas vestes.
12 Ordenou o rei a Hilquias, o sacerdote, a Aicão, filho de Safã, a Acbor, filho de Micaías, a Safã, o escrivão, e a Asaías, servo do rei, dizendo:
13 Ide e consultai o SENHOR por mim, pelo povo e por todo o Judá, acerca das palavras deste livro que se achou; porque grande é o furor do SENHOR que se acendeu contra nós, porquanto nossos pais não deram ouvidos às palavras deste livro, para fazerem segundo tudo quanto de nós está escrito.
14 Então, o sacerdote Hilquias, Aicão, Acbor, Safã e Asaías foram ter com a profetisa Hulda, mulher de Salum, o guarda-roupa, filho de Ticva, filho de Harás, e lhe falaram. Ela habitava na cidade baixa de Jerusalém.
15 Ela lhes disse: Assim diz o SENHOR, o Deus de Israel: Dizei ao homem que vos enviou a mim:
16 Assim diz o SENHOR: Eis que trarei males sobre este lugar e sobre os seus moradores, a saber, todas as palavras do livro que leu o rei de Judá.
17 Visto que me deixaram e queimaram incenso a outros deuses, para me provocarem à ira com todas as obras das suas mãos, o meu furor se acendeu contra este lugar e não se apagará.
18 Porém ao rei de Judá, que vos enviou a consultar o SENHOR, assim lhe direis: Assim diz o SENHOR, o Deus de Israel, acerca das palavras que ouviste:
19 Porquanto o teu coração se enterneceu, e te humilhaste perante o SENHOR, quando ouviste o que falei contra este lugar e contra os seus moradores, que seriam para assolação e para maldição, e rasgaste as tuas vestes, e choraste perante mim, também eu te ouvi, diz o SENHOR.
20 Pelo que, eis que eu te reunirei a teus pais, e tu serás recolhido em paz à tua sepultura, e os teus olhos não verão todo o mal que hei de trazer sobre este lugar. Então, levaram eles ao rei esta resposta.


II REIS 23


1 Então, deu ordem o rei, e todos os anciãos de Judá e de Jerusalém se ajuntaram a ele.
2 O rei subiu à Casa do SENHOR, e com ele todos os homens de Judá, todos os moradores de Jerusalém, os sacerdotes, os profetas e todo o povo, desde o menor até ao maior; e leu diante deles todas as palavras do Livro da Aliança que fora encontrado na Casa do SENHOR.
3 O rei se pôs em pé junto à coluna e fez aliança ante o SENHOR, para o seguirem, guardarem os seus mandamentos, os seus testemunhos e os seus estatutos, de todo o coração e de toda a alma, cumprindo as palavras desta aliança, que estavam escritas naquele livro; e todo o povo anuiu a esta aliança.
4 Então, o rei ordenou ao sumo sacerdote Hilquias, e aos sacerdotes da segunda ordem, e aos guardas da porta que tirassem do templo do SENHOR todos os utensílios que se tinham feito para Baal, e para o poste-ídolo, e para todo o exército dos céus, e os queimou fora de Jerusalém, nos campos de Cedrom, e levou as cinzas deles para Betel.
5 Também destituiu os sacerdotes que os reis de Judá estabeleceram para incensarem sobre os altos nas cidades de Judá e ao redor de Jerusalém, como também os que incensavam a Baal, ao sol, e à lua, e aos mais planetas, e a todo o exército dos céus.
6 Também tirou da Casa do SENHOR o poste-ídolo, que levou para fora de Jerusalém até ao vale de Cedrom, no qual o queimou e o reduziu a pó, que lançou sobre as sepulturas do povo.
7 Também derribou as casas da prostituição-cultual que estavam na Casa do SENHOR, onde as mulheres teciam tendas para o poste-ídolo.
8 A todos os sacerdotes trouxe das cidades de Judá e profanou os altos em que os sacerdotes incensavam, desde Geba até Berseba; e derribou os altares das portas, que estavam à entrada da porta de Josué, governador da cidade, à mão esquerda daquele que entrava por ela.
9 (Mas os sacerdotes dos altos não sacrificavam sobre o altar do SENHOR, em Jerusalém; porém comiam pães asmos no meio de seus irmãos.)
10 Também profanou a Tofete, que está no vale dos filhos de Hinom, para que ninguém queimasse a seu filho ou a sua filha como sacrifício a Moloque.
11 Também tirou os cavalos que os reis de Judá tinham dedicado ao sol, à entrada da Casa do SENHOR, perto da câmara de Natã-Meleque, o camareiro, a qual ficava no átrio; e os carros do sol queimou.
12 Também o rei derribou os altares que estavam sobre a sala de Acaz, sobre o terraço, altares que foram feitos pelos reis de Judá, como também os altares que fizera Manassés nos dois átrios da Casa do SENHOR; e, esmigalhados, os tirou dali e lançou o pó deles no ribeiro de Cedrom.
13 O rei profanou também os altos que estavam defronte de Jerusalém, à mão direita do monte da Destruição, os quais edificara Salomão, rei de Israel, para Astarote, abominação dos sidônios, e para Quemos, abominação dos moabitas, e para Milcom, abominação dos filhos de Amom.
14 Semelhantemente, fez em pedaços as colunas e cortou os postes-ídolos; e o lugar onde estavam encheu ele de ossos humanos.
15 Também o altar que estava em Betel e o alto que fez Jeroboão, filho de Nebate, que tinha feito pecar a Israel, esse altar junto com o alto o rei derribou; destruiu o alto, reduziu a pó o seu altar e queimou o poste-ídolo.
16 Olhando Josias ao seu redor, viu as sepulturas que estavam ali no monte; mandou tirar delas os ossos, e os queimou sobre o altar, e assim o profanou, segundo a palavra do SENHOR, que apregoara o homem de Deus que havia anunciado estas coisas.
17 Então, perguntou: Que monumento é este que vejo? Responderam-lhe os homens da cidade: É a sepultura do homem de Deus que veio de Judá e apregoou estas coisas que fizeste contra o altar de Betel.
18 Josias disse: Deixai-o estar; ninguém mexa nos seus ossos. Assim, deixaram estar os seus ossos com os ossos do profeta que viera de Samaria.
19 Também tirou Josias todos os santuários dos altos que havia nas cidades de Samaria e que os reis de Israel tinham feito para provocarem o SENHOR à ira; e lhes fez segundo todos os atos que tinha praticado em Betel.
20 E matou todos os sacerdotes dos altos que havia ali, sobre os altares, e queimou ossos humanos sobre eles; depois, voltou para Jerusalém.
21 Deu ordem o rei a todo o povo, dizendo: Celebrai a Páscoa ao SENHOR, vosso Deus, como está escrito neste Livro da Aliança.
22 Porque nunca se celebrou tal Páscoa como esta desde os dias dos juízes que julgaram Israel, nem durante os dias dos reis de Israel, nem nos dias dos reis de Judá.
23 Corria o ano décimo oitavo do rei Josias, quando esta Páscoa se celebrou ao SENHOR, em Jerusalém.
24 Aboliu também Josias os médiuns, os feiticeiros, os ídolos do lar, os ídolos e todas as abominações que se viam na terra de Judá e em Jerusalém, para cumprir as palavras da lei, que estavam escritas no livro que o sacerdote Hilquias achara na Casa do SENHOR.
25 Antes dele, não houve rei que lhe fosse semelhante, que se convertesse ao SENHOR de todo o seu coração, e de toda a sua alma, e de todas as suas forças, segundo toda a Lei de Moisés; e, depois dele, nunca se levantou outro igual.
26 Nada obstante, o SENHOR não desistiu do furor da sua grande ira, ira com que ardia contra Judá, por todas as provocações com que Manassés o tinha irritado.
27 Disse o SENHOR: Também a Judá removerei de diante de mim, como removi Israel, e rejeitarei esta cidade de Jerusalém, que escolhi, e a casa da qual eu dissera: Estará ali o meu nome.
28 Quanto aos mais atos de Josias e a tudo quanto fez, porventura, não estão escritos no Livro da História dos Reis de Judá?
29 Nos dias de Josias, subiu Faraó-Neco, rei do Egito, contra o rei da Assíria, ao rio Eufrates; e, tendo saído contra ele o rei Josias, Neco o matou, em Megido, no primeiro encontro.
30 De Megido, os seus servos o levaram morto e, num carro, o transportaram para Jerusalém, onde o sepultaram no seu jazigo. O povo da terra tomou a Jeoacaz, filho de Josias, e o ungiu, e o fez rei em lugar de seu pai.
31 Tinha Jeoacaz vinte e três anos de idade quando começou a reinar e reinou três meses em Jerusalém. Sua mãe chamava-se Hamutal e era filha de Jeremias, de Libna.
32 Fez ele o que era mau perante o SENHOR, segundo tudo que fizeram seus pais.
33 Porém Faraó-Neco o mandou prender em Ribla, na terra de Hamate, para que não reinasse em Jerusalém; e impôs à terra a pena de cem talentos de prata e um de ouro.
34 Faraó-Neco também constituiu rei a Eliaquim, filho de Josias, em lugar de Josias, seu pai, e lhe mudou o nome para Jeoaquim; porém levou consigo para o Egito a Jeoacaz, que ali morreu.
35 Jeoaquim deu aquela prata e aquele ouro a Faraó; porém estabeleceu imposto sobre a terra, para dar esse dinheiro segundo o mandado de Faraó; do povo da terra exigiu prata e ouro, de cada um segundo a sua avaliação, para o dar a Faraó-Neco.
36 Tinha Jeoaquim a idade de vinte e cinco anos quando começou a reinar e reinou onze anos em Jerusalém. Sua mãe se chamava Zebida e era filha de Pedaías, de Ruma.
37 Fez ele o que era mau perante o SENHOR, segundo tudo quanto fizeram seus pais.


II REIS 24


1 Nos dias de Jeoaquim, subiu Nabucodonosor, rei da Babilônia, contra ele, e ele, por três anos, ficou seu servo; então, se rebelou contra ele.
2 Enviou o SENHOR contra Jeoaquim bandos de caldeus, e bandos de siros, e de moabitas, e dos filhos de Amom; enviou-os contra Judá para o destruir, segundo a palavra que o SENHOR falara pelos profetas, seus servos.
3 Com efeito, isto sucedeu a Judá por mandado do SENHOR, que o removeu da sua presença, por causa de todos os pecados cometidos por Manassés,
4 como também por causa do sangue inocente que ele derramou, com o qual encheu a cidade de Jerusalém; por isso, o SENHOR não o quis perdoar.
5 Quanto aos mais atos de Jeoaquim e a tudo quanto fez, porventura, não estão escritos no Livro da História dos Reis de Judá?
6 Descansou Jeoaquim com seus pais; e Joaquim, seu filho, reinou em seu lugar.
7 O rei do Egito nunca mais saiu da sua terra; porque o rei da Babilônia tomou tudo quanto era dele, desde o ribeiro do Egito até ao rio Eufrates.
8 Tinha Joaquim dezoito anos de idade quando começou a reinar e reinou três meses em Jerusalém. Sua mãe se chamava Neústa e era filha de Elnatã, de Jerusalém.
9 Fez ele o que era mau perante o SENHOR, conforme tudo quanto fizera seu pai.
10 Naquele tempo, subiram os servos de Nabucodonosor, rei da Babilônia, a Jerusalém, e a cidade foi cercada.
11 Nabucodonosor, rei da Babilônia, veio à cidade, quando os seus servos a sitiavam.
12 Então, subiu Joaquim, rei de Judá, a encontrar-se com o rei da Babilônia, ele, sua mãe, seus servos, seus príncipes e seus oficiais; e o rei da Babilônia, no oitavo ano do seu reinado, o levou cativo.
13 Levou dali todos os tesouros da Casa do SENHOR e os tesouros da casa do rei; e, segundo tinha dito o SENHOR, cortou em pedaços todos os utensílios de ouro que fizera Salomão, rei de Israel, para o templo do SENHOR.
14 Transportou a toda a Jerusalém, todos os príncipes, todos os homens valentes, todos os artífices e ferreiros, ao todo dez mil; ninguém ficou, senão o povo pobre da terra.
15 Transferiu também a Joaquim para a Babilônia; a mãe do rei, as mulheres deste, seus oficiais e os homens principais da terra, ele os levou cativos de Jerusalém à Babilônia.
16 Todos os homens valentes, até sete mil, e os artífices, e ferreiros, até mil, todos eles destros na guerra, levou-os o rei da Babilônia cativos para a Babilônia.
17 O rei da Babilônia estabeleceu rei, em lugar de Joaquim, ao tio paterno deste, Matanias, de quem mudou o nome para Zedequias.
18 Tinha Zedequias a idade de vinte e um anos quando começou a reinar e reinou onze anos em Jerusalém. Sua mãe se chamava Hamutal e era filha de Jeremias, de Libna.
19 Fez ele o que era mau perante o SENHOR, conforme tudo quanto fizera Joaquim.
20 Assim sucedeu por causa da ira do SENHOR contra Jerusalém e contra Judá, a ponto de os rejeitar de sua presença. Zedequias rebelou-se contra o rei da Babilônia.


II REIS 25


1 Sucedeu que, no nono ano do reinado de Zedequias, aos dez dias do décimo mês, Nabucodonosor, rei da Babilônia, veio contra Jerusalém, ele e todo o seu exército, e se acamparam contra ela, e levantaram contra ela tranqueiras em redor.
2 A cidade ficou sitiada até ao undécimo ano do rei Zedequias.
3 Aos nove dias do quarto mês, quando a cidade se via apertada da fome, e não havia pão para o povo da terra,
4 então, a cidade foi arrombada, e todos os homens de guerra fugiram de noite pelo caminho da porta que está entre os dois muros perto do jardim do rei, a despeito de os caldeus se acharem contra a cidade em redor; o rei fugiu pelo caminho da Campina,
5 porém o exército dos caldeus perseguiu o rei Zedequias e o alcançou nas campinas de Jericó; e todo o exército deste se dispersou e o abandonou.
6 Então, o tomaram preso e o fizeram subir ao rei da Babilônia, a Ribla, o qual lhe pronunciou a sentença.
7 Aos filhos de Zedequias mataram à sua própria vista e a ele vazaram os olhos; ataram-no com duas cadeias de bronze e o levaram para a Babilônia.
8 No sétimo dia do quinto mês, do ano décimo nono de Nabucodonosor, rei da Babilônia, Nebuzaradã, chefe da guarda e servidor do rei da Babilônia, veio a Jerusalém.
9 E queimou a Casa do SENHOR e a casa do rei, como também todas as casas de Jerusalém; também entregou às chamas todos os edifícios importantes.
10 Todo o exército dos caldeus que estava com o chefe da guarda derribou os muros em redor de Jerusalém.
11 O mais do povo que havia ficado na cidade, e os desertores que se entregaram ao rei da Babilônia, e o mais da multidão, Nebuzaradã, o chefe da guarda, levou cativos.
12 Porém dos mais pobres da terra deixou o chefe da guarda ficar alguns para vinheiros e para lavradores.
13 Cortaram em pedaços os caldeus as colunas de bronze que estavam na Casa do SENHOR, como também os suportes e o mar de bronze que estavam na Casa do SENHOR; e levaram o bronze para a Babilônia.
14 Levaram também as panelas, as pás, as espevitadeiras, os recipientes de incenso e todos os utensílios de bronze, com que se ministrava.
15 Tomou também o chefe da guarda os braseiros, as bacias e tudo quanto fosse de ouro ou de prata.
16 Quanto às duas colunas, ao mar e aos suportes que Salomão fizera para a Casa do SENHOR, o peso do bronze de todos estes utensílios era incalculável.
17 A altura de uma coluna era de dezoito côvados, e sobre ela havia um capitel de bronze de três côvados de altura; a obra de rede e as romãs sobre o capitel ao redor, tudo era de bronze; semelhante a esta era a outra coluna com a rede.
18 Levou também o chefe da guarda a Seraías, sumo sacerdote, e a Sofonias, segundo sacerdote, e os três guardas da porta.
19 Da cidade tomou a um oficial, que era comandante das tropas de guerra, e cinco homens dos que eram conselheiros do rei e se achavam na cidade, como também ao escrivão-mor do exército, que alistava o povo da terra, e sessenta homens do povo do lugar, que se achavam na cidade.
20 Tomando-os, Nebuzaradã, o chefe da guarda, levou-os ao rei da Babilônia, a Ribla.
21 O rei da Babilônia os feriu e os matou em Ribla, na terra de Hamate. Assim, Judá foi levado cativo para fora da sua terra.
22 Quanto ao povo que ficara na terra de Judá, Nabucodonosor, rei da Babilônia, que o deixara ficar, nomeou governador sobre ele a Gedalias, filho de Aicão, filho de Safã.
23 Ouvindo, pois, os capitães dos exércitos, eles e os seus homens, que o rei da Babilônia nomeara governador a Gedalias, vieram ter com este em Mispa, a saber, Ismael, filho de Netanias, Joanã, filho de Careá, Seraías, filho de Tanumete, o netofatita, e Jazanias, filho do maacatita, eles e os seus homens.
24 Gedalias jurou a eles e aos seus homens e lhes disse: Nada temais da parte dos caldeus; ficai na terra, servi ao rei da Babilônia, e bem vos irá.
25 Sucedeu, porém, que, no sétimo mês, veio Ismael, filho de Netanias, filho de Elisama, de família real, e dez homens, com ele, e feriram Gedalias, e ele morreu, como também aos judeus e aos caldeus que estavam com ele em Mispa.
26 Então, se levantou todo o povo, tanto os pequenos como os grandes, como também os capitães das tropas, e foram para o Egito, porque temiam aos caldeus.
27 No trigésimo sétimo ano do cativeiro de Joaquim, rei de Judá, no dia vinte e sete do duodécimo mês, Evil-Merodaque, rei da Babilônia, no ano em que começou a reinar, libertou do cárcere a Joaquim, rei de Judá.
28 Falou com ele benignamente e lhe deu lugar de mais honra do que a dos reis que estavam com ele na Babilônia.
29 Mudou-lhe as vestes do cárcere, e Joaquim passou a comer pão na sua presença todos os dias da sua vida.
30 E da parte do rei lhe foi dada subsistência vitalícia, uma pensão diária, durante os dias da sua vida.